Uma boa ideia somente não basta. A gestão da inovação é o modelo que surge para transformar o potencial de inovações dentro dos negócios em soluções concretas e lucrativas.
Um negócio que não inova fica estagnado, parado no tempo. Quando se fala de gestão da inovação, contudo, cria-se uma dialética: como estruturar o que é fruto da criatividade?
Fabrício Bloisi, CEO do iFood, diz que a solução é “ser extremamente inovador e ágil e, ao mesmo tempo, ter disciplina para organizar a comunicação e continuar crescendo”.
A cultura da inovação está crescendo e gerando sistemas que estimulam cada vez mais a criação de ideias que podem transformar as soluções ao consumidor. Venha saber mais sobre gestão da inovação, qual sua importância e os benefícios para os negócios.
O que é inovação?
Inovar é buscar formas inusitadas de melhorar tecnologias, processos, produtos e serviços segundo ideias ainda não utilizadas por concorrentes. A inovação bem implementada pode afetar positivamente todos os setores de uma empresa, além de, como consequência, gerar alto lucro.
Segundo o dicionário Michaelis, inovar significa tornar algo novo; restaurar. O processo de inovação aproveita uma solução já viável e a torna mais prática e vantajosa para as pessoas.
Proatividade, comunicação e agilidade sempre estiveram entre os termos mais desejados em um profissional. Agora, pode-se acrescentar a capacidade de inovar como um dos novos anseios de líderes e recrutadores.
Para o SEBRAE, inovação é a ideia de um novo produto, processo ou a agregação de novas funcionalidades que implique no aumento de ganho de qualidade ou produtividade. Ou seja, práticas que resultam em maior competitividade no mercado.
O que é gestão da inovação?
A gestão da inovação é a maneira de estruturar os processos criativos por trás da inovação. Ela vai estabelecer os caminhos e métodos para que as ideias saiam da cabeça e do papel e se tornem concretas.
A gestão da inovação engloba a busca por facilitar tarefas do dia a dia de empresas, bem como reduzir custos e redirecionar mão de obra. Da origem até a aplicação prática, uma ideia precisa percorrer um caminho a fim de se tornar viável e útil para a sociedade.
Segundo artigo publicado na Harvard Business Review, a gestão da inovação pode ser definida como um afastamento de princípios e práticas tradicionais de gestão. Com isso, ela altera significativamente a forma como o trabalho é realizado.
Estando há um tempo até em cursos de graduação e pós-graduação, a área de gestão da inovação é responsável por sistematizar os processos. Ela dita que rotinas e etapas, além de recursos humanos e financeiros, serão necessários para a viabilidade do objeto final.
Qual a importância da gestão da inovação nas empresas?
A importância da gestão de inovação é de que as empresas não fiquem paradas no tempo. Pautar uma empresa através da inovação traz a atenção para a sustentabilidade do negócio, nos pilares econômico, social e ambiental.
Quando uma empresa demonstra preocupação com todos os aspectos do negócio, mais pode se destacar no mercado. A visão integral gera confiabilidade e pode trazer novos clientes, parceiros de negócios e investidores.
Quais os benefícios da gestão da inovação para as organizações?
Os benefícios da gestão da inovação são o de tornar o ambiente empresarial um espaço livre para a concepção de novas ideias. A área vai estimular times de colaboradores a desenvolver e materializar novas soluções ao negócio.
O papel da gestão da inovação é de caráter estratégico. Portanto, não só traz ao centro da discussão a sustentabilidade empresarial, como torna-se um atrativo para a aquisição de novos talentos, sabendo-se que o local incentiva a criação e o progresso.
Entre os principais benefícios da gestão da inovação estão:
- Abertura de novos mercados: busca-se encontrar as carências de produtos e serviços já viabilizados para desenvolver novas soluções. Dessa maneira, é possível explorar novos mercados e segmentos.
- Competitividade e mais lucro: a gestão da inovação traz diferenciais exclusivos para os produtos e serviços do negócio. Ter vantagem em relação à concorrência traz novos consumidores, dispostos a pagarem um valor adicional pelas melhorias encontradas.
- Enaltecer a marca: demonstra a mercados, investidores e clientes que a empresa tem sede de inovação. Buscar novas tecnologias, processos e modelos de negócio vai auxiliar na continuidade da companhia.
Onde se aplica a gestão da inovação?
A gestão da inovação pode ser aplicada a qualquer setor de uma empresa. Na verdade, ela pode ser até mesmo um novo setor, que se dilui em cultura para os demais.
A gestão da inovação pode partir do RH da empresa, mas aparece no marketing, nos produtos, nos serviços, nos processos, no modelo de negócio, na logística e na tecnologia. É preciso ter espaços para erros.
Um componente indispensável para gestão da inovação é separar um time que tenha liberdade para fazer coisas inimagináveis e que não foram traçadas. Profissionais com possibilidades de arriscar, errar e aprender com as experiências.
Quais são os tipos de inovação?
Nos estudos da área, existem diferentes classificações para os tipos de inovação. A maioria delas focam na inovação aplicada a cada setor empresarial em que se aplica, mas vamos dividir em dois tipos mais abrangentes e que bifurcam essa tipificação:
Inovação disruptiva
A inovação disruptiva é a mais radical. É aquela que busca revolucionar o mercado através de uma solução única. Exemplos não faltam e o iFood é uma delas, que entrou para o nicho de delivery de alimentos como um grande facilitador de processos.
Como exemplo concreto de inovação disruptiva, o iFood, dentro dos seus times, criou o método Jet Ski. Nele, times temporários têm a missão de testar ideias. Enquanto isso, equipes enxutas selecionam inovações que surgem na companhia para desenvolver um projeto piloto por cerca de dois meses.
Inovação incremental
Já a inovação incremental não tem o intuito de “quebrar paredes” como a anterior, mas busca melhorar um produto ou serviço já existente. É um modo que busca otimização e modernização.
Grandes exemplos são os computadores, que ano após ano passam por melhorias e inovações incrementais: na interface, no desempenho, nos recursos etc.
Inovação aberta
Não necessariamente um terceiro caminho, mas uma classificação que permeia as anteriores, a inovação aberta procura atrair clientes e fornecedores para participar do desenvolvimento de novas ideias.
A inovação aberta abre as portas para que diferentes empresas realizem projetos de maneira colaborativa, com mais velocidade e com trocas amplas de conhecimento e dados.
Como fazer a gestão da inovação?
A gestão da inovação precisa de ambientes onde há abertura para as novas ideias e pessoas dispostas a errar e aprender com os erros. Para tal, é necessária a criação de uma cultura organizacional, o que demanda palestras, treinamentos, cursos e uma mensagem clara da direção sobre o incentivo a este anseio por inovação.
Para a inovação fazer parte da estratégia de negócios, gestores devem adequar a organização para que ela seja capaz de aplicar as ideias desenvolvidas. Pode se dar pelo uso de dados coletados e exemplos práticos como cases de sucesso.
O retorno sobre investimento em inovação nem sempre é tão evidente, pelo menos no princípio. Ele pode ser visto na melhoria da imagem da empresa e na ampliação da base de clientes, isto é, sem conversão direta em termos financeiros no momento em que a inovação é posta em prática.
Um exemplo é o início dos testes de delivery feitos por robô no iFood. É evidente que não será de um dia para a noite que vários lugares do país estarão com entregas via robôs. Mas é o princípio dos testes da tecnologia, além do avanço das discussões por menos uso de combustíveis fósseis na entrega. Uma série de novos debates.
Gestão da inovação e iFood
O iFood recentemente entrou no ranking das dez empresas mais inovadoras da América Latina. Realizado anualmente pela revista Fast Company, a publicação destaca a presença do iFood em 1250 cidades e elogia a parceria com a Movile e a Zoop, ao lançar o maior banco de restaurantes do mundo.
O iFood é uma empresa de tecnologia de ponta e investe em inovação para melhorar a vida das pessoas – clientes, restaurantes e entregadores. A empresa usa ciência de dados de maneira bem próxima às equipes de negócios.
Segundo Marcos Gurgel, diretor de inovação do iFood, “a empresa tem gente de qualidade para fazer análise de dados dentro do time de negócios, o que tira um gargalo do resto da equipe e reduz absurdamente o tempo dos projetos”.
Já de acordo com Fabrício Bloisi, CEO da foodtech, “nada na história do iFood ‘foi ideia e deu certo’. Tudo foram ideias que passaram por inúmeros testes, com erros, problemas, melhorias, até que se descobriu o que era o certo.
Na gestão da inovação, o iFood segue contando com os times Jet Skis para desafiar o status quo da empresa e explorar novas fronteiras. É um time que quer inovação radical, que faz o que ninguém ainda ousou. Um espírito que move a companhia em diversas direções.
Veja mais sobre o modelo de gestão do iFood: