Pagamento instantâneo começa a ser mais usado pelos brasileiros para pagar compras
Em 16 de novembro de 2021, o Pix completou um ano em operação. E vem fazendo muito sucesso: desde março, essa modalidade de pagamento eletrônico e instantâneo já é mais usada do que TEDs, DOCs e transferências, e até o final de outubro tinha 112,6 milhões de usuários, que fizeram 1,18 bilhão de transações dessa forma, segundo o Banco Central.
Nesse primeiro ano de vida, o Pix foi usado majoritariamente nas transações entre pessoas físicas, que representam 75% do total de operações. Mas seu uso para pagar empresas cresceu: foi de 5% em novembro de 2020 para 16% em outubro de 2021.
O iFood, por exemplo, passou a receber pagamentos com Pix em testes feitos em março de 2021, em restaurantes de Campinas (SP) e Curitiba (PR) –e desde maio ampliou o raio para todo o Brasil. “Além de ser uma nova forma de pagamento, o Pix trouxe novos clientes que não tinham acesso a cartão de crédito”, afirma Julia Barroso, vice-presidente de fintech do iFood. “Hoje, ele está entre as opções de pagamento mais escolhidas, e a adesão continua crescendo.”
Segundo Barroso, o uso do Pix foi muito importante para que o iFood pudesse chegar a uma parcela da população que não tinha acesso a cartões de débito e crédito. “Por conta dos meios de autenticação e confirmação de pagamento online, ele se mostrou um recurso altamente confiável e seguro”, completa. “Até o momento não registramos nenhum caso de fraude envolvendo o Pix.”
O iFood implementou o Pix como chave, com botão “copia e cola” dinâmico e com prazo de expiração de cinco minutos a partir do momento que o pedido é fechado. Para pagar com Pix no app do iFood, basta selecionar essa opção no aplicativo, copiar o código gerado, entrar no banco de sua chave e finalizar a transação colando o código no campo “código QR ou QR Code”.
Para facilitar ainda mais a transação, o iFood fez uma parceria com o Itaú para concluir o pagamento de um pedido sem sair do app. Funciona assim: após fazer o pedido e escolher o Pix como meio do pagamento, o cliente é direcionado para o app do banco automaticamente, digita a senha e conclui a compra.
As novidades para 2022
Para o Banco Central, as maiores vantagens do Pix são a rapidez (pois a liquidação é feita em tempo real), a praticidade de pagar acessando a lista de contatos ou um QR Code, sem precisar de máquinas, cartões ou cédulas, e o baixo custo de aceitação por parte de quem recebe (por sua estrutura ter menos intermediários).
Mais novidades devem surgir no Pix em seu segundo ano de vida. Em 2022, novos serviços podem entrar em vigor, como débito automático e o pagamento por aproximação. Antes disso, a partir de 29 de novembro de 2021 passam a funcionar o Pix Saque e o Pix Troco.
O primeiro permitirá aos consumidores fazer saques em dinheiro em lojas, padarias, mercados, farmácias e outros estabelecimentos comerciais em caixas eletrônicos próprios ou terminais compartilhados. Já no segundo, o consumidor poderá sacar um valor associado a uma compra em forma de troco – comprar um produto de R$ 60 e pagar R$ 100 para receber, em espécie, R$ 40 de “troco”.
