Parte da cultura do nosso país, as lendas do folclore brasileiro são uma representação rica e muito diversa dos nossos costumes, histórias e crenças, principalmente no que é relacionado à natureza — alô, floresta Amazônica!
O folclore brasileiro é um universo de histórias e personagens que refletem a diversidade cultural do país; fruto da miscigenação entre povos indígenas, africanos e europeus, as lendas brasileiras nos transportam para um mundo mágico onde a realidade se funde com a fantasia.
Mais importante que isso, essas histórias acabam ensinando valores, além de reforçar nossas tradições.
Passadas por gerações, as lendas do nosso folclore e seus personagens caricatos são mais frequentemente citadas na infância, principalmente no período escolar, onde as crianças se encantam com as aventuras de figuras como o saci e o curupira.
Mas essas histórias não são só coisa de criança: nossas lendas inspiram grandes produções da TV, que vão além do infantil e garantem narrativas de suspense e aventura.
Conhecer mais sobre o folclore do nosso país é reafirmar nossas raízes — e o iFood, como empresa 100% brasileira, leva isso bem a sério.
Separamos aqui um artigo para você conhecer (ou relembrar) as principais lendas do folclore brasileiro e conferir mais sobre a nossa rica cultura.
Acompanhe até o final e boa leitura!
Leia também:
- Acende a fogueira: as curiosidades da festa junina
- Cinema brasileiro: confira 5 filmes para abrir o apetite
Principais lendas do folclore brasileiro
Como citamos, o Brasil é um país rico em tradições e cultura — e uma parte essencial desse patrimônio é a história do folclore brasileiro, repleto de lendas e personagens fascinantes que encantam gerações.
Elencamos abaixo as principais dessas histórias e informações sobre elas; confira:
Curupira
A lenda do Curupira é uma das mais conhecidas e intrigantes do folclore brasileiro: ele é descrito como uma criatura mágica e protetora das florestas, com características únicas que o tornam facilmente reconhecível nas histórias populares.
O Curupira possui cabelos avermelhados, olhos brilhantes e uma característica marcante: os pés voltados para trás. Essa peculiaridade o ajuda a confundir e despistar aqueles que o seguem, deixando rastros que parecem indicar o caminho oposto.
O papel do Curupira nas lendas é o de ser o guardião das florestas e dos animais. Ele é conhecido por proteger a natureza e punir aqueles que desrespeitam o ambiente natural.
Diz a lenda que ele atrai caçadores, lenhadores e exploradores incautos para dentro da mata, fazendo-os se perder e jamais encontrarem o caminho de volta.
Apesar de suas travessuras e artimanhas para afastar os intrusos da floresta, o Curupira também é visto como um ser bondoso e protetor — ele cuida dos animais e das plantas, garantindo o equilíbrio ecológico e a preservação da biodiversidade.
Iara
Também conhecida como Mãe das Águas, a sereia Iara é uma das mais fascinantes lendas folclóricas brasileiras: ela é descrita como uma bela sereia de longos cabelos negros e pele pálida, com uma voz melodiosa que encanta aqueles que a ouvem.
Seu nome deriva do tupi-guarani “y-îara”, que significa “senhora das águas”, e diz a lenda que ela é uma sedutora irresistível, capaz de atrair os viajantes e pescadores para as profundezas das águas.
Segundo algumas versões da lenda, a Iara teria sido uma bela jovem indígena que vivia às margens de um rio.
Ela era conhecida por sua beleza e habilidade como guerreira, mas também por sua vaidade e egoísmo; após ser rejeitada pelo seu amado, ela teria se lançado nas águas e se transformado na poderosa sereia.
Apesar de sua natureza sedutora, a Iara também é vista como uma protetora das águas e dos seres aquáticos: ela é guardiã dos rios e lagos, castigando aqueles que desrespeitam o ambiente aquático. Diz a lenda que os pescadores que tentam capturar peixes em excesso ou de forma desonesta são alvo da fúria da Iara.
Já aqueles que resistem aos encantos da Iara são recompensados com riquezas e proteção: diz-se que ela concede tesouros escondidos nas profundezas das águas aos que demonstram respeito e devoção.
Boitatá
O Boitatá é conhecido como uma serpente de fogo, também chamada de Cobra de Fogo. Sua aparição é marcada por uma chama azulada que emana de seu corpo, iluminando a escuridão da noite.
Diz a lenda que ele é um guardião das matas e dos rios, protegendo os animais e castigando os desrespeitadores da natureza. Ele é descrito como um ser benevolente, que castiga os desmatadores, incendiários e aqueles que causam danos à natureza.
O Boitatá é frequentemente relatado por viajantes e moradores das regiões rurais, que afirmam ter visto sua chama azulada nas matas e nas margens dos rios.
Diz-se que ele é capaz de aparecer e desaparecer rapidamente, confundindo aqueles que o observam, e seu objetivo é proteger as áreas naturais e assustar os que ameaçam a vida selvagem.
Boto cor de rosa
O boto é um golfinho de água doce conhecido por sua cor rosada — e é descrito como um ser mágico que assume a forma de um homem sedutor durante a noite.
Diz a lenda que o boto é um ser sedutor que sai das águas durante as noites de lua cheia ou festas regionais: ele se transforma em um homem elegante, muitas vezes usando roupas brancas e um chapéu, e seduz as mulheres que se aventuram perto das margens dos rios. Suas habilidades de sedução são irresistíveis.
Apesar de sua reputação de sedutor, o boto é visto como um protetor dos rios e dos seres aquáticos. Na lenda, ele é respeitado e temido, mas também é considerado um guardião das águas; diz-se que ele ajuda pescadores em perigo e protege os animais aquáticos das ameaças humanas.
O boto é uma figura popular na cultura amazônica e brasileira como um todo: nessa, que é uma das famosas lendas folclóricas brasileiras, ele está em músicas, danças, festas e obras de arte, representando tanto a sedução quanto a proteção das águas.
Sua presença na mitologia reflete a relação complexa entre o homem e o ambiente natural da região.
Mula sem cabeça
A Mula Sem Cabeça é uma criatura sobrenatural que faz parte das lendas do folclore brasileiro: ela é representada como uma mula comum, exceto pelo fato de não possuir cabeça, sendo substituída por uma chama ou fogo que emana do pescoço.
Sua aparição é associada a eventos sobrenaturais e à punição de comportamentos condenáveis.
Isso porque diz a lenda que a Mula Sem Cabeça é o resultado de um castigo divino ou de uma maldição lançada sobre uma mulher que cometeu pecados graves, como adultério ou práticas proibidas. Ela é vista como uma figura amaldiçoada que vagará eternamente em busca de redenção ou libertação.
No entanto, existem variações da lenda em diferentes regiões do Brasil: algumas versões enfatizam a redenção da assombração após um determinado período de penitência, enquanto outras destacam o aspecto punitivo e amaldiçoado da criatura.
Cuca
Uma das personagens mais famosas do Sítio do Picapau Amarelo, a Cuca é uma das mais icônicas figuras do nosso folclore!
A Cuca é descrita como uma bruxa feia e cruel, com longos cabelos desgrenhados, unhas afiadas e um sorriso sinistro. Ela é representada de diferentes maneiras nas diversas regiões do Brasil, mas sua essência como uma criatura assustadora e maligna é comum em todas as versões.
Ela é conhecida por sua maldade e por assustar as crianças desobedientes. Diz a lenda que ela se esconde em locais sombrios, como florestas, rios ou debaixo das camas, esperando por aqueles que não obedecem aos pais ou que se comportam mal — e aí os leva embora ou os transforma em bichos.
A lenda da Cuca é usada para ensinar lições de obediência e respeito às crianças. Ela é frequentemente mencionada pelos pais como uma forma de disciplinar os filhos e garantir que eles se comportem adequadamente.
Vitória Régia
A vitória-régia é uma planta aquática nativa da Amazônia, conhecida por suas folhas circulares e largas, que podem chegar a até 2 metros de diâmetro.
Suas flores são brancas e se abrem durante a noite, exalando um perfume suave e atraindo polinizadores como besouros e abelhas — mas, além da perspectiva da biodiversidade, ela também é uma importante personagem das lendas do folclore brasileiro.
Na lenda da vitória-régia, a planta é associada a uma bela indígena chamada Naiá, que se apaixonou pela lua e desejava alcançá-la para estar ao lado de seu amado. Por sua devoção e pureza de coração, Naiá foi transformada em uma estrela, mas sua busca pelo amor continuou mesmo após a transformação.
Ao ver Naiá sofrendo por não poder alcançar a lua, Tupã, o deus dos trovões, decidiu transformá-la em uma planta aquática para que ela pudesse permanecer perto da água, onde a lua se reflete.
Assim, Naiá se tornou a Vitória-Régia, com suas grandes folhas flutuantes que refletem a luz da lua.
A planta é vista como um símbolo de pureza, amor e conexão com o divino, lembrando-nos da importância de sonhar e manter viva a esperança em nossos corações.
Saci
O Saci-Pererê, com sua carapuça vermelha e sua perna só, é um dos personagens mais queridos das histórias folclóricas do Brasil!
Ele é conhecido por sua travessura e malícia, mas também por sua inteligência e sabedoria; sua origem está ligada às tradições afro-brasileiras, sendo associado a entidades como Exu e Curupira.
Entre as brincadeiras do Saci, as mais famosas são travessuras como esconder objetos, apagar fogueiras e fazer trilhas de cinzas para confundir as pessoas. Ele também é conhecido por montar em redemoinhos de vento e se locomover rapidamente pela mata.
Mas, além disso, ele tem o poder de se comunicar com os seres da floresta e é considerado um guardião das matas e das águas. Sua presença está associada à vitalidade e ao equilíbrio do ambiente natural.
Lobisomem
O lobisomem é descrito como uma criatura que possui a capacidade de se transformar de humano para lobo e vice-versa.
Sua origem remonta a diversas culturas ancestrais, e a lenda do lobisomem se espalhou por todo o mundo, ganhando diferentes variações e interpretações ao longo dos séculos.
Na lenda brasileira, o lobisomem é geralmente associado às noites de lua cheia. Diz-se que, nesses períodos, aqueles que são amaldiçoados ou possuem uma maldição ancestral se transformam em lobisomens, perdendo o controle sobre suas ações e assumindo características lupinas.
Ainda, no Brasil, existem diversas variações da lenda do lobisomem, com diferentes características e origens.
Em algumas regiões, ele é retratado como uma criatura maligna que aterroriza vilarejos e caçadores, enquanto em outras, é visto como uma alma penada em busca de redenção.
O iFood é uma empresa 100% brasileira, como o nosso folclore!
As lendas do folclore brasileiro são um tesouro cultural inestimável, um mosaico de histórias, personagens e crenças que refletem a alma vibrante e diversa do nosso país.
Através delas, viajamos no tempo, nos conectamos com nossas raízes e celebramos a riqueza da nossa cultura popular!
O iFood como empresa brasileira valoriza a diversidade cultural do nosso país e quer sempre celebrar histórias que refletem nossas tradições: e o folclore é um convite para abraçarmos tradições, preservarmos a memória e perpetuarmos a magia das lendas para as futuras gerações.
Ainda, o iFood está, desde o seu início, comprometido com impactos positivos, com o propósito de alimentar o futuro do mundo — e a gente tem feito isso, um passo por vez, em diversos setores no Brasil. Vem saber mais sobre a gente e nossos negócios.
Para mais conteúdos como este, continue aqui no iFood News!