Conheça melhor o curso promovido pelo iFood e pelas prefeituras para ensinar segurança no trânsito e primeiros socorros
Por que alguns entregadores e entregadoras do iFood rodam por aí usando um capacete branco? Essa é a maneira de identificar que eles são Anjos de Capacete, ou seja, profissionais que fizeram um curso para aprender a pilotar de maneira segura e a prestar o atendimento básico quando presenciarem um acidente com vítimas.
Esses ensinamentos já foram colocados em prática por Vanessa Barbosa Muniz, uma das formandas do curso realizado em Belo Horizonte (MG), em pelo menos três situações desde que concluiu essa capacitação, em 2021.
“Graças ao curso, eu soube como chegar na vítima e fazer o que era preciso. Chamei o SAMU e também indiquei o que ela precisaria fazer. No caso mais grave, fiz massagem cardíaca na pessoa até o socorro chegar, mas infelizmente não teve como salvar”, relembra.
Essa formação contribui para criar nos entregadores a consciência de que eles podem exercer um papel muito importante na segurança no trânsito. “Poder treinar quem chega primeiro é super válido. Assim você consegue salvar mais pessoas, evitar sequelas e proporcionar um atendimento mais adequado quando a equipe de socorristas do SAMU chegar”, diz Leonardo Gomes, diretor-geral do SAMU Metropolitano do Recife (PE), que também teve uma turma de Anjos de Capacete.
Foi essa a sensação que Vanessa diz ter passado a sentir depois do curso. “Sou uma pessoa importante para o trânsito depois do curso porque posso ajudar as pessoas. Sinto segurança e não tenho mais medo de ver um acidente”, conta. “Faço questão de ajudar ao invés de virar as costas como eu fazia antes. Faço isso com prazer”.
Prevenção, segurança e primeiros socorros
Vanessa e outros 549 entregadores parceiros formam o esquadrão de Anjos de Capacete que auxilia o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de sete cidades brasileiras ao prestar o primeiro atendimento de quem sofre um acidente de trânsito.
Ainda que atinja apenas uma parte de um plano maior de segurança viária — que deve envolver também questões como mobilidade urbana, segurança das vias e fiscalização—, ações como o Anjos de Capacete contribuem para um trânsito mais seguro por dois motivos:
- Educação e conscientização de que todos têm responsabilidade pela segurança do trânsito e que se devem abolir comportamentos que coloquem vidas em risco;
- Primeiro atendimento às vítimas de trânsito (sem, é claro, substituir o trabalho feito pelos socorristas do SAMU).
“A responsabilidade do iFood é com seus entregadores parceiros. A gente quer entregadores saudáveis, felizes, fazendo o seu corre e chegando de volta em casa para a sua família”, comenta Tayara Calina, coordenadora sênior de projetos de políticas públicas no iFood.
O Anjos de Capacete é sustentado por três pilares — prevenção de acidentes, segurança no trânsito e a capacitação em primeiros socorros — e realizado de maneira híbrida, com aulas a distância — via iFood Decola — e presenciais.
Pelo computador, os entregadores aprendem sobre a segurança viária, quais comportamentos de direção levam a acidentes, como evitá-los e quais novos hábitos devem ser incorporados para diminuir a triste estatística do trânsito brasileiro (falamos um pouco sobre direção defensiva nesta matéria).
“É fundamental que os entregadores estejam conscientizados do impacto que é um trauma motociclístico. Entrar em contato com a rotina de um primeiro atendimento já mostra o que é esse impacto”, afirma Roger Lage Alves, referência técnica da Gerência de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
Já nas aulas presenciais, realizadas pelo SAMU nas dependências da autarquia responsável pela gestão do trânsito de uma das cidades que recebem o curso, os entregadores aprendem a atender vítimas de acidentes de trânsito (ou de qualquer outra situação) que demandem socorro imediato.
“Isso é muito positivo para os entregadores ganharem consciência sobre como têm de se comportar no trânsito e estarem preparados para fazer um primeiro atendimento. Quem está o tempo todo na rua acaba vendo muito acidente acontecer”, diz Tayara.
Mais Anjos no futuro
O Anjos de Capacete surgiu em 2020 e formou sua primeira turma de pilotos com noções de primeiros socorros em São Paulo (SP). A pandemia atrapalhou um pouco a formação de novas turmas naquele ano, uma vez que parte do curso é feita presencialmente.
Em 2021, o projeto foi retomado. Foi aí que a legião de Anjos ganhou mais adeptos. Belo Horizonte, Recife, Maceió (AL), João Pessoa (PB), Rio de Janeiro (RJ) e Londrina (PR) completam a lista das sete primeiras cidades. Campinas (SP), Salvador (BA), Brasília (DF) e Manaus (AM) devem ser as próximas a contar com os entregadores de capacete branco.
A primeira meta do Anjos de Capacete —conseguir levar o curso para as cinco regiões do país— está próxima de ser batida. O sonho grande do projeto é estar presente em todas as capitais brasileiras. E que vire um programa recorrente, formando cada vez mais Anjos de Capacete. “Isso depende de construir parcerias com as prefeituras e da agenda do SAMU. Mas temos tido uma boa receptividade por parte das prefeituras”, diz Tayara.
Por ser um projeto novo e devido à necessidade de fazer testes de viabilidade, o que norteou a escolha das cidades que receberam as primeiras turmas do curso foi o bom relacionamento entre iFood e a administração pública. Mas, a partir de 2022, os critérios serão expandidos.
“Um dos novos critérios será quantos entregadores temos por cidade e se existe uma demanda por parte dos entregadores”, explica a coordenadora de políticas públicas do iFood. “Não há como o iFood fugir do debate sobre segurança viária. Se a gente consegue contribuir de maneira positiva, por que não fazer isso?”
Como chamar pelo Anjos de Capacete
Prefeituras que se interessarem pela parceria podem entrar em contato com a área de Políticas Públicas do iFood para receber o Anjos de Capacete em suas cidades, pelo e-mail policy@ifood.com.br.