Pesquisa: a realidade dos entregadores de apps de delivery

Além de ser uma nova opção de trabalho, as entregas por app trouxeram a perspectiva de aumento de renda para muitos brasileiros.

Você sabe quem são os entregadores que levam até a sua casa a comida que você
pediu pelo aplicativo? A maioria é jovem, gosta da profissão, valoriza
trabalhar de forma mais livre e sonha em, um dia, ter a casa própria.

Essas são algumas nuances da pesquisa “Raio-x dos Entregadores no Brasil”, que
revela a realidade e as perspectivas dos profissionais que atuam em diversas
plataformas de delivery de alimentos no Brasil. O estudo foi encomendado pelo
iFood e realizado pelo Instituto Locomotiva em fevereiro de 2021 com 2.643
entregadores em 11 grandes cidades brasileiras.

Entre os entrevistados que já tiveram outros trabalhos, a maioria (67%)
prefere a atual atividade. Dos que chegaram a ter carteira assinada, 66% dizem
que preferem o modelo de trabalho mais flexível, sem patrão, sem horário e
ainda com a possibilidade de conciliar com outra ocupação.

A pesquisa também revela que 76% consideram
continuar fazendo entregas mesmo após a pandemia e que a grande maioria (92%)
sente orgulho de trabalhar como entregador por meio de plataformas digitais.
“Esse novo modelo de relação de trabalho já fincou raízes no mercado
brasileiro, sobretudo com a digitalização da economia e a ascensão do setor de
food delivery, que passou a ser considerado essencial na pandemia”, afirma
Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. “A questão agora é olhar
para os trabalhadores que ajudam a girar essa roda.”

Entregas por aplicativo geram aumento de renda

Além de ser uma nova opção de trabalho, as entregas
por aplicativo trouxeram a perspectiva de aumento de renda para muitos
brasileiros. Dos entrevistados, 59% afirmam que a renda atual é maior que no
trabalho anterior. Além disso, o valor recebido via aplicativos também é 35%
mais alto que a renda de quem trabalha direto para restaurantes, que é de
1.592 reais.

O food delivery também tem se mostrado uma boa porta
de entrada para o mercado de trabalho. Entre os entrevistados, 13% citam as
entregas de comida como sua primeira experiência profissional. O percentual
sobe para 32% entre os jovens de 18 a 24 anos.

A crescente entrada de novos entregadores no setor
só reforça quão urgente são as discussões acerca da necessidade de se regular
o trabalho em plataformas digitais. “O Brasil precisa de uma regulamentação
que garanta segurança, ganhos mínimos e proteção social ao entregador que
trabalha com plataformas digitais, sem comprometer sua autonomia e liberdade
de escolha ao exercer a atividade”, afirma Diego Barreto, vice-presidente de
finanças e estratégia do iFood.

Infográfico com detalhes.

Esse conteúdo foi útil para você?
SimNão

Publicações relacionadas