Ele fica em Bruges, na Bélgica, que jura ser a inventora do alimento. Mas não é o que dizem os franceses
Ela serve de acompanhamento para pratos de restaurantes três chic, para o nosso PF de todos os dias e faz uma dobradinha maravilhosa com lanches, em especial o hambúrguer, o homenageado de alguns dias atrás. Sim, ela mesmo, a batata frita.
Há quem não veja muita graça em batata-frita, mas a verdade é que a batata frita, seja em forma de palito, chips, rústica, em espiral (crinkle), com queijo ou só com o sal, feita em casa ou no seu restaurante favorito, é uma delícia e uma paixão das multidões.
Tanto é que existe um museu só pra ela, o Frietmuseum, que fica na cidade de Bruges da Bélgica. O povo belga, não vive sem uma batatinha frita e o jeito mais tradicional de comê-la é envolvida em um cone de papel acompanhado de alguns molhinhos.
No museu é possível conhecer a história da batata, nativa da América do Sul (da Cordilheira dos Andes) levada para a Europa durante a época das Grandes Navegações para ganhar o mundo. Os visitantes também conhecem a história da criação da batata frita que os belgas juram que é de lá.
Quem também diz ser o dono da criação são os franceses. French fries potato ou batata frita à francesa é o termo usado para se referir ao alimento nos Estados Unidos. Diz a história que um oficial do exército da França conheceu a batata na Alemanha, quando se tornou prisioneiro na Guerra dos Sete Anos (1756 a 1763). Depois de solto, o agrônomo e nutricionista teria feito alguns experimentos com a batata, entre eles jogar o tubérculo cortado em palitos em uma panela com óleo quente. Familiar, não é mesmo?
Hoje a batata é base de muitas refeições e melhor amiga de muitos pratos e lanches. Segundo a Embrapa, estima-se que 1 bilhão de pessoas (de 7,8 bilhões no total) consomem o tubérculo diariamente no mundo (nas suas mais variadas formas). A produção anual em todo o planeta supera 330 milhões de toneladas.
Terra das batatas
No Brasil é comum termos cidades que se autointitulam a terra de um determinado produto. Não temos a terra das batatas fritas, mas sim a terra das batatas, a principal matéria prima dos palitinhos sequinhos e crocantes. É Ipuiúna, cidade de 9,5 mil habitantes do sul de Minas Gerais.
Minas Gerais, aliás, é um dos sete estados brasileiros produtores da primeira commodity que não é um grão. São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Bahia completam o time.
Como fazer uma batata sequinha
No Dia Mundial da Batata Frita, que tal fazer a sua em casa? Ao Paladar, o chef Maurício Lopes, professor de habilidades básicas de cozinha na Universidade Anhembi Morumbi, ensinou o jeito de fazer com que o acompanhamento fique crocante e sequinha.
Para isso, você vai precisar de batata, óleo e sal. Se não tiver esses ingredientes, é só pedir no iFood Mercado que a compra chega rapidamente. Vale também ter um termômetro culinário, específico para usar em alimentos e líquidos.
O segredo, diz ele, é evitar o papel toalha para secar os palitinhos e fritar a batata em dois tempos.
Confira o passo a passo
- Corte as batatas em forma de palito;
- Use um óleo limpo (primeiro uso) e aqueça-o entre 120°C e 140°C. Esse é o primeiro choque térmico da batata;
- A primeira fritura deve ser feita por alguns minutos, antes de os palitinhos ficarem corados. Importante: os palitos não podem ficar grudados um no outro;
- Batatas devem ser escorridas em uma peneira de metal e não no papel toalha. É isso que vai deixar a batata bem sequinha;
- O óleo deve ser aquecido de novo, desta vez a 180°C. Coloque as batatas que já passaram pela primeira fritura e deixe chegar na cor que você deseja;
- Aí é só passar na peneira de metal de novo, salgar e servir!