No Brasil, futebol e churrasco são dois costumes que já caminham juntos. Se o jogo é entre Brasil e Coreia, o hábito de assar carnes e outros alimentos na grelha é ainda mais justificado. Afinal, o churrasco coreano também é muito tradicional: tem uma história de mais de 2.000 anos.
Foi no longínquo ano de 37 a.C. que um grupo de nômades errantes partiu da Ásia Central para ocupar o trecho peninsular onde fica hoje a maior parte da Coreia, no nordeste asiático.
Nesse deslocamento, esses viajantes levaram consigo um tipo de comida que os deixasse bem nutridos durante a árdua caminhada. O prato em questão, chamado Mekjeok, era uma carne salgada previamente para não estragar.
Esse foi o primeiro churrasco coreano de que se tem notícia. Entre idas e vindas de mudanças sociais e econômicas ao longo do tempo, o preparado ganhou novo impulso com a chegada das máquinas de fatiar à Coreia, na década de 1950.
Em fatias
Quem levou esse tipo de maquinário ao país oriental foi o exército americano, durante a Guerra da Coreia. A introdução desses equipamentos na região foi decisiva para uma das principais características atuais do churrasco coreano: ele é degustado principalmente em fatias finas de carne. Na década de 1990, a iguaria se popularizou de vez em terras coreanas.
Um dos principais componentes de uma autêntica churrascada da Coreia é o bulgogi. O prato pode ser feito com alcatra ou lombo bovinos. O corte é marinado com gengibre, alho, cebola, açúcar, pimenta e molho de soja. A receita leva ainda óleo de gergelim.
A barriga do boi (usangyeop) e o peito do animal (chadolbaegi) também são cortados em tiras para o churrasco coreano.
Outra carne bastante utilizada é a de porco. A barriga do suíno, conhecida como sangyeopsal, é uma das preferidas entre os apreciadores de um bom churrasco à moda coreana.
Faz sucesso também a costelinha, ou galbi, marinada em alho e molho de soja e frutas como pera e maçã para acentuar o agridoce do sabor do prato.
Acompanhamentos e bebidas
Não há churrasco que se preze, nem aqui nem na Coreia, sem os devidos acompanhamentos. Se, no estilo brasileiro, arroz, farofa, vinagrete e pão de alho estão entre os campeões, como indicam os próprios pedidos do iFood, o forte no jeito coreano de “churrascar” está nas pimentas verdes, verduras marinadas como agrião e espinafre, anchovas secas e fritas e até omeletes enroladas.
A cerveja é um clássico na hora de escolher as bebidas. No churrasco coreano, também é comum servir o destilado soju e o makgeolli, um vinho de arroz.
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