A primeira mulher a operar drones de delivery no Brasil

Você sabia que é uma mulher que opera os drones de delivery do iFood? Conheça a história da pilota Claudia Aguilera, da Speedbird Aero.

Você sabia que a operadora do drone do iFood é uma mulher? A Claudia Aguilera, operadora de aeronaves não tripuladas da Speedbird Aero, parceira da foodtech nessa operação, comanda os drones desde que os primeiros levantaram voo na rota de Campinas (SP), onde começaram os testes para entregar comida usando esses robôs.


Os primeiros experimentos foram feitos em dezembro de 2020
. Nessa etapa, o drone operado por Claudia percorria, em três minutos, um trajeto de 400 metros, do terraço ao iFood Hub do Iguatemi Campinas (o que, a pé, levaria 12 minutos).

“Foi um marco ser a primeira mulher no Brasil a fazer um voo BVLOS [além da linha de visão] de drone delivery”, conta Claudia. “Eu adoro operar o drone: é incrível ver pela câmera de navegação o pedido sendo entregue no droneport. Há momentos emocionantes a cada voo.”

Para chegar lá, Claudia teve uma trajetória de muita resiliência e estudo —além de um bom faro para oportunidades. Quando se formou em Tecnologia em Produção Sucroalcooleira pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), em 2010, já tinha o sonho de trabalhar com drones —mas na agricultura. Um dia, um novo campo de atuação chamou sua atenção. “Vi nas redes sociais algo sobre delivery com drones no Brasil. Fui pesquisar mais a respeito e me encantei”, lembra.

Depois de passar o ano de 2020 fazendo cursos de Agricultura de Precisão e de mapeamento com drones, ela começou a buscar uma vaga no mercado. “Fiz uma breve apresentação minha no Linkedin da Speedbird e pedi uma oportunidade. Disse que eu gostaria de ser operadora de drone. Logo em seguida, fui chamada para entrevista”, conta.

Deu certo: Claudia foi contratada pela Speedbird Aero em outubro de 2020. Logo depois, ela se uniu ao time que estava em campo na operação de voos automatizados nos testes realizados com o iFood em Campinas e, no ano seguinte, em Aracaju (SE), na rota experimental entre a capital e Barra dos Coqueiros.

“Minha responsabilidade hoje, em Aracaju, é fazer com que a operação aconteça com agilidade e segurança, junto com o nosso time em campo. É uma operação que necessita de muita disciplina e atenção desde a saída ao campo, onde são feitos os checklists do drone e dos equipamentos”, explica a pilota. “Essa rota é uma experiência única: um trajeto de 2,8 km feito via drone em cinco minutos, sendo que em terra demoraria de 35 a 55 minutos.”

Ela comenta que a profissão de operar drones exige resiliência. “É preciso gostar de trabalhar em campo, com sol, chuva, vento, montagem de estrutura. Precisamos ter atenção, saber fazer a leitura da meteorologia e da medição de ventos para uma ação rápida de tomada de decisão.”

Para o futuro, Claudia quer ajudar o iFood e a Speedbird Aero a implantar outras rotas de delivery com drones pelo país. Às mulheres que queiram seguir essa profissão, ela deixa um conselho: mostrar seu trabalho com competência e constância. “Não desistam dos seus sonhos. Sonhem grande e sejam ousadas.”

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