CASE 2022: Inovar em tempos de recessão

Mais que pela volta ao formato presencial, a edição de 2022 do CASE – a Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo – será lembrada pela união de forças, trocas de experiências e resiliência do ecossistema para inovar em tempos de recessão mundial.

Neste ano, aproximadamente 11 mil participantes – entre profissionais de startups (45%), grandes corporações, aceleradoras, de hubs de inovação e estudantes – se reuniram entre os dias 17 e 18 de novembro na capital paulista para se conectar entre si, intercambiar aprendizados e gerar negócios. 

Com um cronograma intenso de painéis e palestras focados na jornada empreendedora e no papel tanto das hard quanto das soft skills. Também foram oferecidas mentorias individuais e coletivas – proporcionadas por hubs de inovação e fundos de investimentos – para apoiar startups em diferentes estágios de maturidade a se desenvolverem no atual contexto do ecossistema de inovação.

A seguir, confira a entrevista com Marcos Gurgel, painelista do evento. diretor de inovação do iFood. A empresa de tecnologia, referência em delivery na América Latina, conquistou o 2º lugar no ranking de Melhores Corporações para Startups.

  1. Quais foram os temas mais discutidos e o que elas apontam sobre os rumos do ecossistema de inovação?

Pessoas, Inovação, Investimento, Negócios e como a Diversidade impacta esse ciclo foram os temas mais discutidos. Eles foram tratados sob duas perspectivas: a das hard skills (habilidades técnicas) e a das soft skills (habilidades comportamentais), de forma a apresentar diferentes abordagens para resolver problemas que impactam o ecossistema como um todo.

  1. Que lições os participantes puderam tirar do CASE 2022?

    Nossa grande lição foi que, num momento econômico difícil, de muito respeito ao capital e de incertezas pela frente, o empreendedor brasileiro segue com muita disposição, curiosidade e força de vontade. Nos fez lembrar aquela frase: “sou brasileiro e não desisto nunca”. 

O mercado está difícil, o mundo está em recessão, mas as pessoas estão lá, juntando as peças e acreditando no seu novo negócio. 

Mais interessante ainda foi ver a quantidade de empresas dispostas a “construir junto” – ao invés de uma corrida maluca por cheques. Quase nenhum empreendedor procurou o iFood atrás de dinheiro, recurso ou algo parecido. Fiquei positivamente surpreso ao ouvir – todo dia, ao longo do evento – a frase: “vamos construir algo juntos”.

  1. O que isso quer dizer na prática?

É o iFood cada vez mais sendo percebido como um catalisador de inovação e empreendedorismo. E, ao mesmo tempo, é o empreendedor cada vez mais reconhecendo que fazer algo perene, consistente e com visão de longo prazo é mais importante do que falar que vai construir algo gigante. 

4. Quais temas o iFood trouxe para discussão durante o evento?

Conversamos sobre a relevância da inovação aberta em corporações no painel que contou com a Marie Timoner, Head of Business Development & RX Ventures – fundo de Corporate Venture Capital (CVC) da Renner – e Luciano Palma, Solutions Architect na Stripe – fintech que conecta negócios digitais com processadores de pagamento. 

Falamos também da importância de ter o empreendedor ou a startup junto com a corporação-parceira desde o início do processo de inovação, para descobrir as dores e soluções juntos e, assim, ser efetivo na geração de novos negócios. 

5. Que recado você deixa para startups e novos empreendedores?Se você é empreendedor, está construindo um baita negócio, quer sonhar grande e voar alto com o iFood, conecta-se com o iFood Labs. Vamos criar juntos. 

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