Grande tendência de 2023, a Inteligência Artificial (IA) é uma das maiores revoluções para a indústria contemporânea. De acordo com estudo conduzido pela empresa de soluções de negócios Accenture, até 2035 a IA pode aumentar o valor agregado bruto do Brasil em US$ 432 bilhões.
Aplicável em inúmeros setores, essa tecnologia vem beneficiando também o setor de alimentos. Por meio da combinação de algoritmos avançados, aprendizado de máquina e análise de dados, a Inteligência Artificial está revolucionando a forma como novos produtos alimentícios são concebidos, produzidos e distribuídos.
Entre os diversos usos da IA na indústria de alimentos, podem-se citar o desenvolvimento de alimentos mais sustentáveis e saudáveis, bem como a criação de novos sabores, a formulação de alimentos a partir de uma base 100% vegetal e a possibilidade de estudar os gostos e o comportamento dos consumidores ainda mais a fundo.
O papel da Inteligência Artificial em novos produtos alimentícios
Ao permitir a análise de dados, otimização de processos e desenvolvimento de alternativas inovadoras, o desenvolvimento da tecnologia de IA tem impulsionado a inovação na indústria de alimentos, que investe cada vez mais em produtos mais saudáveis e ecologicamente responsáveis para os consumidores exigentes do século 21.
Com o processamento de grandes volumes de dados, a Inteligência Artificial é capaz de identificar padrões que auxiliam na formulação de alimentos que atendam às demandas dos consumidores por opções mais saudáveis.
Por outro lado, algoritmos avançados permitem a análise de informações nutricionais e a avaliação de combinações de ingredientes para criar produtos nutritivos e saborosos.
Desenvolvimento de alimentos sustentáveis com IA
O auxílio da IA no desenvolvimento de alimentos sustentáveis tem proporcionado benefícios significativos para a indústria alimentícia e para o meio ambiente devido a sua capacidade de processar grandes quantidades de dados, analisar padrões e fornecer insights valiosos impulsiona a inovação, permitindo a criação de alimentos mais saudáveis e eficientes em termos de recursos, bem como ambientalmente conscientes.
Um exemplo disso é a formulação de alimentos 100% “plant based”, ou seja, que contêm apenas ingredientes vegetais e criar versões veganas de outros alimentos, como carnes, queijos, maionese, entre outros.
A empresa chilena NotCo utiliza IA no software Giuseppe, desenvolvido internamente para elaborar fórmulas de alimentos do dia a dia com base em produtos vegetais, imitando o sabor e a textura do alimento que será replicado.
Com Inteligência Artificial também é possível desenvolver novas combinações e sabores. Os softwares possuem bases de dados que são permanentemente atualizadas e catalogam um número enorme de ingredientes, além de serem capazes de fazer testes em alta velocidade.
A tecnologia pode ser aplicada também para realizar estudos mais abrangentes e precisos sobre o comportamento dos consumidores. Por meio da coleta de dados sobre a percepção das pessoas sobre os alimentos, sejam eles naturais ou formulados por IA, é possível analisar que sabores, texturas, cheiros, cores e outras características mais agradam o público, e aprimorar as fórmulas a partir dos resultados.
Conclusão
A partir do uso de algoritmos avançados, do aprendizado de máquina e da análise de grande volume de dados, a Inteligência Artificial está impulsionando a criação de novos produtos alimentícios sustentáveis e saudáveis. Dessa forma, transforma a maneira como as pessoas se relacionam com a comida.
E o que isso significa para as empresas?
O cenário atual indica que a adoção da tecnologia, em especial da IA, é um caminho sem volta. Por isso, compreender que essas tendências e oportunidades são cruciais é fundamental para que as empresas do setor se mantenham competitivas e alinhadas às demandas do mercado.
Com a aplicação correta dos recursos e/ou obtenção de aportes, indústrias de alimentos podem investir na criação de software internamente ou na aquisição de uma IA já existente para otimizar a produção e continuar a inovar cada vez mais no desenvolvimento de novos produtos alimentícios.