O que são veículos autônomos?

Descubra toda a tecnologia envolvida para que carros, motos e outros meios de transporte rodem por aí sem motoristas, entenda mais sobre os veículos autônomos.

O que são veículos autônomos?

Um veículo autônomo é um meio de transporte que não depende de condutores humanos para ir de um ponto a outro em segurança. Em vez disso, ele usa a tecnologia para criar mapas de seus arredores para se localizar com precisão e tomar decisões inteligentes ao volante.

Apesar de estarmos longe da automação completa, já existem veículos autônomos andando por aí e que nos dão um gostinho do que pode ser o futuro da mobilidade. Na verdade, andando em algumas poucas ruas e rodovias dos Estados Unidos, Europa e Ásia, em situações de testes. No Brasil, esse futuro ainda está distante, por conta da legislação, da infraestrutura e do preço de um veículo com tanta tecnologia.

A imagem mais próxima que temos de veículos autônomos são os carros para uso pessoal. Mas já existem exemplos de outros modais, como moto, caminhão, trator, ônibus, trem e avião, que contam com alguma autonomia para substituir os humanos ou para apoiá-los na condução.

E há também pequenos veículos usados no delivery, como a ADA, a robô inteligente do iFood, que já apoiou entregas em um shopping de Ribeirão Preto (SP) e agora está sendo testada em um condomínio da mesma cidade.

Como funcionam os veículos autônomos? 

Há diversos componentes que garantem o funcionamento de um veículo autônomo. Tudo isso vai trabalhar para que o carro tenha todas as percepções para orientar a direção de uma forma segura. 

Dessa forma, os veículos funcionam com câmeras, sensores e radares que vão ser uma espécie de “olhos” do carro. Assim, eles vão detectar obstáculos, sinais de trânsito, semáforos, pessoas, lombadas, entre outros fatores. 

Além disso, esses veículos contam com uma série de algoritmos que o ajudam a direcionar e enxergar todos os obstáculos. 

Carros autônomos: vantagens e desvantagens

Umas das maiores vantagens dos carros autônomos é a sua segurança, já que o veículo faz uma varredura 360° graus, enxergando mais do que um olho humano. 

Outro fator vantajoso é a diminuição da emissão de gases poluentes já que esses carros são movidos a energia híbrida, além de ter um sistema que evita recargas desnecessárias. 

Por outro lado, os veículos autônomos possuem algumas desvantagens. A principal dela é que não será algo acessível para todos pelo preço que esses carros vão ter. 

Um carro elétrico ou híbrido já possuem um preço elevado. Assim, já que os autônomos usam uma tecnologia ainda maior, a tendência é que o preço aumente ainda mais. 

Além disso, outra desvantagem é que muitos especialistas enxergam os veículos autônomos como um serviço, não uma propriedade.  

Utilização dos veículos autônomos no Brasil

Aqui no Brasil já existem veículos autônomos em circulação, mas nada que todos consigam notar. Os mais comuns são os veículos híbridos e elétricos. 

No entanto, assim como foi dito anteriormente, alguns especialistas apontam que a tendência é que esses carros sejam utilizados como uma forma de serviço, não uma propriedade. 

Por fim, não há dados concretos de quando esses veículos vão se tornar uma tendência no país. O mais provável é que híbridos e elétricos ganhem espaço antes dos autônomos.

As tecnologias que movem o veículo autônomo

Veículos autônomos precisam de uma série de tecnologias para funcionar, e que podem estar embarcadas ou no lado externo, como:

Sensores, radares e sonares

Permitem que o veículo “leia” o seu entorno.

Câmeras

Dão noção de profundidade e permitem ao veículo “enxergar” em ambientes com pouca ou nenhuma luz. Servem também como complemento do GPS e facilitam o funcionamento de sistemas que exigem manobra.

Inteligência Artificial

É o que substituirá os humanos atrás do volante na tomada de decisão. A Inteligência Artificial capta os dados internos e externos e alimenta os sistemas dos veículos autônomos (como o de mudança de faixa ou o controlador de velocidade) para conduzi-los —e também para sinalizar a necessidade de manutenção.

GPS de alta resolução

São mais avançados do que aqueles presentes nos carros não-autônomos: conseguem fazer a leitura a 2 cm do veículo (hoje ela é feita entre 4 e 5 metros à frente de um automóvel).

Conectividade

Importante para a transmissão de dados gerados e consumidos pelo veículo. O 5G, a rede móvel de quinta geração, deve resolver a questão da latência (quanto tempo uma ação leva para ser realizada assim que o comando é feito). Com a conexão, essa resposta será mais rápida. Outro ponto importante: a conectividade deve potencializar a comunicação entre os veículos (V2V) e com a infraestrutura existente (V2I).

Apesar de importante, não significa que a conexão à internet será vital para a completa autonomia de um veículo. O MIT Technology Review explica que alguns carros, como o Waymo, do Google, serão autônomos mesmo sem uma conexão. 

“Os sistemas cruciais estão todos armazenados em computadores locais a bordo do carro. Como esses sistemas realizam o mesmo trabalho dos humanos, ou seja, recebem informações da estrada para tomar decisões, não há necessidade de extrair dados da nuvem a cada curva”, diz um trecho da matéria.

Os seis níveis de autonomia 

Alguns veículos mais sofisticados já contam com algum nível de autonomia para ajudar motoristas a conduzi-los. Eles não são 100% autônomos, mas são capazes de dividir com uma pessoa o controle, por exemplo, dos volantes e dos pedais. Até a autonomia completa, existem seis níveis:

Nível 0

Nenhuma automação. É a pessoa quem tem o total e único controle sobre o veículo.

Nível 1 

O veículo conta com um sistema avançado de assistência à condução (ADAS, na sigla em inglês), que poderá ajudar os motoristas com a direção ou na frenagem e na aceleração, mas não simultaneamente. Exemplo desse tipo de assistência: controle de velocidade, estabilidade e os freios ABS.

Nível 2

Nesse nível, o ADAS pode controlar a direção e os pedais simultaneamente em algumas circunstâncias. Uma pessoa precisa ainda se manter atenta ao ambiente e assumir o controle se a automação falhar. Os carros autônomos da Tesla e da Volvo estão nesse nível.

Nível 3  

Conta com um sistema de condução automatizada (ADS, na sigla em inglês) que dá à máquina o controle do ato de dirigir. Os motoristas humanos só assumem o controle quando o veículo assim solicitar — geralmente em situações em que a tecnologia não consegue seguir sozinha. 

Em 2021, a Mercedes Benz recebeu autorização para implantar um sistema de direção sem as mãos na Alemanha, e a Honda lançou seu primeiro carro que dispensa motoristas em situações de congestionamento e tráfego lento.

Nível 4 

É o estágio de alta autonomia, quando o ADS realiza todas as tarefas de condução e monitoramento do ambiente, ou seja, é capaz de fazer (quase) tudo sozinho. Nesse nível, os veículos ainda contam com volantes e pedais para um humano assumir o controle quando (e se) necessário.

Nível 5 

É a autonomia total. Aqui o veículo realiza a condução sob qualquer circunstância. Nesse nível, as pessoas que estiverem dentro do veículo são consideradas passageiros e não se envolvem com a direção do automóvel.

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