O uso de inteligência artificial (IA) em uma operação de delivery alavanca não só a logística, mas todo o ecossistema – restaurante, entregador e consumidor. No iFood, a IA permeia diferentes áreas, desde a maneira como é feita a mensuração interna dos dados ao planejamento das entregas. “A inteligência artificial tem potencial para entrar em todas as áreas e em todos os processos possíveis, sendo um catalisador para agregar mais valor às nossas operações”, explica Benjamin Mariotti Feldmann, head de Desenvolvimento Logístico do iFood.
Na logística da FoodTech, modelos estatísticos e de pesquisa operacional, em diferentes níveis de complexidade, são usados, por exemplo, para prever quantos pedidos devem chegar durante um turno, em uma cidade, e quantos entregadores parceiros precisam estar disponíveis no período.
Segundo Feldmann, modelos matemáticos, que visam à otimização, permitem ainda prever a roteirização dos pedidos e a alocação dos entregadores. “Isso só para citar alguns exemplos. A cada ciclo que passa, nós mapeamos mais e mais oportunidades para inteligência artificial, com novos modelos e novas melhorias implantadas constantemente.”
Em relação ao delivery, o especialista explica que equilibrar os três pilares do iFood (restaurante, entregador parceiro e consumidor final) é o principal desafio. “Todos têm diferentes demandas – o que pode parecer em alguns momentos um paradoxo. Como que eu faço para entregar com eficiência e agilidade e, ao mesmo tempo, reduzir o tempo de espera do entregador no restaurante? A inteligência artificial entra justamente para quebrar esses aparentes paradoxos, ajudando e otimizando as alavancas de cada um. Por exemplo: ter um modelo preciso de tempo de preparo do prato permite que o entregador chegue no exato momento em que o pedido fica pronto, sem afetar a experiência do cliente na ponta, que ainda recebe sua comida em um tempo curto.”