Eventos que buscam soluções para problemas reais são oportunidades de aprendizagem, networking e até de um novo emprego
Se isso fosse um hackathon e estivéssemos no momento do pitch, o iFood News teria entre três e cinco minutos para dar uma resposta para a questão proposta pelo título dessa matéria. Será que conseguimos?
Topamos o desafio e começaremos dizendo que são três os fatores que devem motivar estudantes e profissionais de tecnologia e startups a participar de um evento como esse: aprendizado, networking e exposição.
Para começar, um hackathon é uma maratona de programação, na qual as equipes têm tempo contado (em geral um final de semana, no máximo) para encontrar a melhor solução para um problema de uma empresa —pode ser sobre como usar melhor uma tecnologia, como aprimorar um processo já existente ou dar nova finalidade a algo que já existe. E as três razões pelas quais participar desse evento pode ajudar na sua carreira são:
Você vai aprender mais rápido
“Às vezes, você aprende em um hackathon coisas que demoraria um ano para aprender. É muito aprendizado. Todo mundo tinha de participar de vários hackathons na vida”, afirma Alessandra Montini, diretora do LabData da FIA Business School.
Em um hackathon, os participantes aprendem a pensar para achar soluções e tiram lições dos feedbacks recebidos dos colegas, dos mentores que auxiliam as equipes e dos jurados (técnicos e de negócios) que analisam as propostas.
Afinal, todo mundo que participa mostra não só a solução mas todo o racional por trás dela. “É aí que está o melhor aprendizado, porque você passa a ver a resposta para um problema sob diferentes ângulos”, diz Montini.
Dá para fazer networking no modo turbo
Hackathons reúnem muita gente. Além do pessoal da sua equipe, existem os concorrentes, os jurados e os mentores —todos juntos em um mesmo lugar e por um bom tempo.
Participar de um evento é, portanto, uma oportunidade para que os profissionais não só ampliem a sua rede de contatos como consigam mostrar seus conhecimentos e competências para outras pessoas.
É uma vitrine para vender suas ideias
Ricardo Fortes, professor nos cursos de MBA da FIAP e responsável pelos hackathons promovidos pela instituição, frisa que esse tipo de evento pode colocar os participantes em evidência. “É uma oportunidade para serem reconhecidos pela ideia que querem desenvolver”, diz.
Esse reconhecimento pode vir na forma de dinheiro (há hackathons com premiação financeira ou empresas que investem na ideia), de uma contratação ou uma mudança de área dentro da própria organização.
“Vemos grandes soluções no mercado que saíram de hackathons. Muita coisa nasce ali e quem se beneficia é o profissional, a startup e o participante que está começando a alavancar sua carreira”, diz Fortes.
Extra: participe mesmo se não for da área de TI
Os hackathons nasceram no ambiente de tecnologia da informação, mas já extrapolaram essa fronteira e chegaram a áreas como Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento e Marketing. E aceitam participantes de qualquer cargo e nível. “Hackathon é um campeonato em que pessoas vão resolver um problema. E podem resolver problemas falando, sem colocar um dedo no computador. Porque na verdade quem trabalha é a mente, a cabeça”, diz Montini.
No iFood, por exemplo, os dois últimos hackathons foram tocados pela área de inovação. O mais recente deles, realizado em fevereiro de 2022, lançou como desafio o uso de Inteligência Artificial para a criação de novos produtos. E a equipe vencedora contou apenas com um profissional mais ligado à TI.
O grupo que venceu (você pode assistir os pitchs dos participantes aqui) deu a ideia de usar a Inteligência Artificial para ajudar as pessoas a fazerem receitas com os ingredientes que têm em casa (e pedir no iFood Mercado aquele item essencial que está faltando).
“Os competidores puderam mostrar suas hard skills, desenvolver as soft skills, trabalhar em equipe, se comunicar, desenvolver o pitch. É uma oportunidade para o participante se desafiar, mostrar liderança e fazer networking. Isso tudo é o que está além do desafio proposto”, comenta Júlia Meireles, estagiária de community management da área de open innovation do iFood.