Quem completa o ensino superior tem boas chances de conseguir um emprego, com salário acima da renda média nacional, tão logo pegue seu diploma. Na área de tecnologia ou engenharia, essa chance é ainda maior (e o salário também), segundo a primeira edição do Indicador ABMES/Symplicity de Empregabilidade (IASE), estudo feito pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior com 1.989 recém-formados de 10 instituições no primeiro trimestre de 2022.
A pesquisa mostra que 7 em cada 10 estudantes que acabaram de sair do ensino superior conseguem um emprego entre 9 e 15 meses depois da formatura. Na área de Computação, a taxa é mais elevada: 8 em cada 10 formandos (82%) são empregados nesse período.
Ter um diploma do ensino superior também indica uma melhor remuneração em comparação com a média brasileira, que é de R$ 2.548, e com o salário-mínimo, que vale R$ 1.212 em 2022.
Uma pessoa recém-formada ganha R$ 3.799 por mês, em média, mas esse valor pode ultrapassar a casa dos R$ 5.000, dependendo do curso. Quem se forma em Computação ganha os melhores salários: R$ 5.269, em média.
Maiores salários
Computação – R$ 5.269
Hospitalidade – R$ 4.550
Engenharia – R$ 4.477
Saúde – R$ 3.913
Comunicação – R$ 3.715
Direito – R$ 3.687
Negócios – R$ 3.325
Educação – R$ 2.733
Humanidades – R$ 2.643
Engenharia tem bom desempenho
A área de Engenharia também se destaca nos quesitos empregabilidade e renda. Entre os alunos que acabaram de se formar, 77% estão empregados (segundo melhor número) e ganhando cerca de R$ 4.400 de salário (terceira melhor média).
Quase todo mundo que se forma em Engenharia (93%) acaba trabalhando com isso. Os ex-estudantes de cursos de Saúde ficam em segundo lugar, com 85%. A área de TI fecha o top 3 com 77%. Mas é interessante notar que, a despeito do conhecido déficit profissional da área e dos salários mais atrativos, quase um quarto dos formandos em TI (23%) afirmou não trabalhar com o que acabaram de estudar.
As áreas de conhecimento com o menor match com emprego foram humanidades (30% trabalham com o que estudaram) e hospitalidade (20%).
Ensino presencial x EAD
A pesquisa também revela uma diferença na renda entre quem fez curso presencial e a distância. Apesar de ambas as modalidades apresentarem a mesma taxa de empregabilidade geral (69%), o salário médio de quem saiu de casa para estudar foi ligeiramente maior —R$ 3.907, contra R$ 3.564 de ex-alunos de EAD.
Mas, como observa o jornal Valor Econômico, quando se excluem dessa análise os cursos de Medicina e de Engenharia (na maioria dos casos, presenciais), o salário médio entre as duas modalidades de ensino é igual.