Frente parlamentar começa a discutir políticas públicas para que isso aconteça
Será que no futuro será uma cena comum ver trafegando nas cidades carros, caminhões e motos que não são abastecidos com combustíveis como gasolina, diesel e álcool? Essa é uma discussão que acaba de ser aberta no Congresso brasileiro.
No dia 10 de março, o Senado aprovou a criação da Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade, uma iniciativa para promover debates e desenvolver políticas públicas e medidas que estimulem a eletromobilidade, ou seja, o uso de veículos movidos a eletricidade, como carros e motos elétricas.
Segundo o autor do projeto, o senador Rodrigo Cunha, essa mobilidade elétrica deve utilizar fontes de energia renováveis (como a eólica e solar) e vai exigir uma transformação tanto do setor automotivo como do energético. Por isso, será preciso estimular não só a produção desse tipo de modal não poluente como também promover a infraestrutura necessária para que eles possam circular pela cidade.
Essa nova frente parlamentar, composta por senadores e deputados federais, vai discutir ações para o desenvolvimento sustentável do país, especialmente com o uso de inovações tecnológicas para tornar realidade a cidade inteligente, que usa fontes renováveis de energia em benefício de toda a sociedade.
Isso porque ao trocar os combustíveis fósseis pela eletricidade, os carros, caminhões e motos que circulam pela cidade deixam de emitir gases e, com isso, melhoram os índices de poluição do ar. E seus motores silenciosos podem colaborar para reduzir também a poluição sonora.
Enquanto isso, o interesse dos brasileiros por carros elétricos está crescendo. Em 2021, 34.990 desses veículos, 100% eletrificados ou híbridos, foram comercializados no país, e as vendas aumentaram 77% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Em 2022, o iFood deve ter 10 mil motos elétricas circulando pelo país, produzidas especialmente pela Voltz para os entregadores. Pelo mundo, estima-se que 1,1 milhão de motos e scooters elétricas tenham sido vendidas em 2021 e que esse segmento cresça 32% entre 2021 e 2030, aponta um estudo da Quince Markets Insights.
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