7 lições que as empresas devem levar para o pós-pandemia

Como se atualizar com os novos tempos para atender aos novos desejos dos consumidores

É um fato que a pandemia fez todo mundo mudar seus hábitos —da higiene às compras online. Mas como esses novos comportamentos podem influenciar o sucesso das empresas em um mundo pós-pandemia?

O estudo “Brasil 2022 – Abismos e Pontes: O Futuro das Pessoas e das Organizações no Pós-Pandemia”, da Ipsos, mostra como essa experiência mudou a relação dos consumidores com as empresas e o que os empreendedores podem fazer para cativar o público daqui em diante. Confira, a seguir, sete lições que os negócios podem levar da experiência para crescer no futuro.

Agir pela transformação social


Em uma pesquisa, a Ipsos identificou que as empresas foram mais bem avaliadas do que os governos na pandemia. As pessoas viram um desempenho positivo das marcas durante a crise, e isso mostra como é necessário que as empresas assumam um papel mais ativo na recuperação da economia e nas questões sociais.

Com isso, cresce a importância de as empresas se posicionarem como agentes de transformação social, por seu peso na economia do país e por impulsionar novos comportamentos e hábitos. Dessa forma, inspiram o público a promover uma transformação positiva no mundo.

Os brasileiros estão esperando: 50% dos entrevistados na pesquisa “Ipsos Essentials”, de 2021, disseram que estão cansados de ver marcas que só oferecem solidariedade e apoio e não colocam em prática, seu discurso.

Mostrar resultados em sustentabilidade


Três em cada quatro brasileiros acham que se as empresas não agirem para combater as mudanças climáticas, elas estarão falhando com as pessoas, ressalta o Ipsos em um estudo de 2020.

O resultado do Brasil é maior do que o de países como Reino Unido e Estados Unidos, e 78% das pessoas concordam em sacrificar a conveniência para consumir produtos mais saudáveis (em 2016, eram 69%).

Citando Ken Pucker, ex-COO da Timberland, o estudo conclui que as empresas vão precisar mostrar resultados reais, e não fazer greenwashing, uma “maquiagem verde” dos resultados e das ações. Daqui para frente, afirma o executivo, as empresas serão cobradas para demonstrar impactos positivos reais.

Praticar a diversidade na comunicação


A pandemia jogou luz sobre a importância de saber se colocar no lugar das pessoas antes de se comunicar. A atitude que se espera das empresas é o omotenashi, uma palavra japonesa que significa se colocar no lugar dos outros para recebê-los melhor, com respeito e escuta.

Isso tem a ver com a inclusão: para se comunicar de forma realmente inclusiva, é preciso ter uma equipe de marketing e design realmente diversa, que traga diferentes pontos de vista para a mesa. E, se for se comunicar com um público não representado pela equipe de marketing, o ideal é contratar um/a consultor/a para trazer sua experiência, em primeira pessoa, para participar do processo —e não só para dar palpite.

O estudo traz mais um ponto de atenção: evitar o tokenismo, ou seja, incluir uma pessoa de grupos não representados apenas para parecer mais diverso.

Não ficar em silêncio


Em vez de se isentar de falar sobre temas considerados “sensíveis”, é melhor estudar e se posicionar, pois as marcas estão sendo cada vez mais cobradas por isso (e ficar em cima do muro pode ser negativo).

O medo do cancelamento não é mais uma justificativa plausível para não se posicionar sobre temas polêmicos: no estudo “Ipsos Reputation Council 21”, de 2020, 78% dos entrevistados disseram que as empresas devem apoiar causas. É preciso perder o receio de assumir posições e fazer isso de modo autêntico, em sintonia com seus valores.

Investir no virtual


Os hábitos de consumo adquiridos por muitos na pandemia devem permanecer. Um exemplo são as compras online, pois 47% dos brasileiros realizaram mais compras pela internet em comparação com o período de antes da pandemia, de acordo com o estudo “Shopping During the Pandemic”, realizado pela Ipsos em 2021.

Mesmo com a reabertura do comércio, o estudo aponta que vale a pena investir na tecnologia e no comércio online para, ter maior alcance na prospecção de novos
clientes, já habituados com o consumo virtual. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil tem 78,3% da população conectada e ocupa o 3º lugar no ranking mundial de uso diário de internet.

Cuidar da saúde da equipe


Outra pesquisa da Ipsos, de 2021, mostrou que 37% dos trabalhadores de pequenas e médias empresas tiveram sintomas de moderados a extremos de esgotamento desde a adoção do home office (e outros 33% sentiram indícios leves).

O período prolongado de pandemia tem sido puxado para muitos, por isso será essencial acompanhar a saúde física e mental dos colaboradores para evitar sofrimentos que vão desde dificuldade de concentração até problemas de sono e sensação de
solidão.

Apostar na indulgência


A pandemia despertou nos brasileiros a vontade de se mimar mais. Tanto que 81% dos entrevistados pela Ipsos em todo o país disseram que estão se permitindo realizar
mais indulgências porque isso é fundamental para o bem-estar.

Algumas marcas perceberam esse movimento e apostaram em produtos mais prazerosos, que trazem satisfação imediata aos consumidores —e a comida ocupa o topo do ranking das indulgências. Essa é uma demanda que vale a pena explorar, pois esse novo padrão de consumo não deve se dissipar tão cedo.

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