Jornalista e antropóloga, a FoodLover Taisa Silveira é coordenadora criativa da in-House, que trabalha focada em performance – e a personagem deste “História Reais”. Confira!
Prestes a completar o seu primeiro ano como FoodLover, a jornalista e antropóloga Taisa Silveira compõe a equipe da in-House, time criativo focado em Performance do iFood. Em resumo, ela explica que sua equipe é a responsável por criar a estratégia criativa das propagandas que vão para a internet para atrair novos clientes.
Nascida em Salvador, mas morando atualmente em Lucena – PB, ela conta que é uma pessoa solar – “Definitivamente! Baiana que sou, meu lugar no paraíso é na praia”, e busca estar sempre perto do mar.
Ela compartilhou com a gente um pouco de sua história até chegar no iFood, e como contribui para alimentar o futuro do mundo. Acompanhe:
“Cresci numa família matriarcal e pequena na capital baiana, e sempre morei muito próxima da praia – tanto que, agora adulta, eu moro numa praia na Paraíba.
Sempre achei que fosse trabalhar com comunicação. Uma curiosidade sobre minha infância: fui a primeira da turma de alfabetização a ler, porque já tinha tido contato com as letras e palavras escritas numa escola construtivista que frequentei.
Falar da escola pra mim traz um misto de sentimentos, porque foram os melhores e piores anos da minha vida. Ser uma menina negra num ambiente majoritariamente branco e de classe média alta fez com que eu experimentasse diversas violentas racistas que deixam marcas profundas na psique e auto estima.
Por outro lado, ter estudado nessa escola construtivista quando mais nova, sem sombra de dúvidas foi um presente. Era um espaço acolhedor, desafiador em que tive minhas habilidades e limites testados de modo muito cuidado e amoroso.
Eu sou uma pessoa extremamente curiosa e com sede de aprendizado. Você sempre vai me encontrar fazendo algum curso, porque eu amo estudar. Sou extremamente apaixonada pela minha profissão de comunicadora e todas as diferentes lentes que uní-la à antropologia me proporcionaram.
Cheguei ao iFood pela Mari Reis, a primeira Redatora da empresa. Eles estavam reorganizando a in-House, local em que ocupo o cargo de coordenação criativa. Baiana como eu, Mari me entrevistou para uma outra posição, a qual eu recusei.
Sim! Eu recusei vir pro iFood da primeira vez. Quando eu lembro disso, fico impressionada com a minha coragem e o senso de propósito com o meu desenvolvimento profissional, porque a vaga na época não era de gestão, como eu queria. Recusar uma proposta de uma empresa como o iFood, porque a vaga não era o que eu queria no momento, me deu muito medo. Ficam passando aquelas perguntas na cabeça, né? “Taisa, você tá maluca? É o iFood! Pode ser sua única chance!”. Mas é importante saber o que você quer –e ser fiel a isso.
Com a recusa, continuei a trabalhar onde estava, como head de inbound marketing numa consultoria de design e inovação. Três meses depois, lá vem a Mari de novo falar comigo, mas dessa vez trouxe para o papo a Karina Frabetti, gerente da in-House.
Era para uma vaga de gestão. Fiquei completamente encantada com a proposta, e não tive como recusar. E fico muito feliz de ter dito SIM para o iFood, que chegou como um presente (o meu kit de onboarding chegou no meu aniversário!).
O que me inspira a alimentar o futuro do mundo são as mudanças estruturais, e, no iFood, há espaço para isso. O iFood tem um trabalho de educação e inclusão de minorias muito relevante, especialmente quando falamos do apagão tecnológico que vivenciamos no Brasil.
O programa iFood Inclui Pessoas Negras é um exemplo disso. Eu, como mulher negra, sempre me incomodei de ser a única pessoa negra a sentar nas cadeiras que sentei dentro das empresas e isso é absurdo quando falamos de uma proporção de 56% do país negro.
Alimentar o futuro do mundo é equilibrar o poder, o acesso e as oportunidades. Dirimir as desigualdades, neste país, precisa começar pela extinção do racismo estrutural.
A minha mensagem é: seja fiel a você e aos seus sonhos. Prepare-se, confie, você faz parte da mudança.
E para profissionais negros e negras, eu gostaria de dizer: continuem. Se a estrutura quer esmagar você, continue se reerguendo. Vocês são a anti-estrutura. Aquilombem-se.”
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