Em live para as entregadoras, Adriana Barbosa, da Feira Preta, e time do iFood dão dicas para quem quer alcançar o sonho grande
Aos 55 anos, Elaine não só é mãe solteira de dois filhos: ela também trabalha como entregadora do iFood e, depois de 30 anos fora da escola, voltou a estudar. Em janeiro de 2022, ela começou as aulas, depois de receber uma das 2.000 bolsas do programa Meu Diploma do Ensino Médio, voltado para as entregadoras e entregadores parceiros que querem completar os estudos.
O sonho de Elaine, agora, é se formar em Enfermagem. “Quero muito poder dar uma vida de qualidade para os meus filhos. Sempre quis terminar meus estudos, mas não tenho renda suficiente. Tenho muitos propósitos, mas, para resumir, quero ter mais oportunidades e ser um exemplo para eles.”
A história da Elaine —assim como a da ex-entregadora Jennifer, que foi contratada pelo iFood e quer seguir carreira na área de arquitetura de dados— foi contada por Sylmara Ramon, do time de Educação para Parceiros do iFood, logo no começo da edição 2022 do Encontro com Elas, realizado no dia 7 de março e disponível para todos aqui, no canal do iFood para Entregadores no YouTube.
Nesse encontro com as entregadoras parceiras, mediado por Natasha Gabrieli, do time de Diversidade e Inclusão do iFood, a empreendedora Adriana Barbosa contou para as participantes a sua trajetória, que começou também como entregadora nas ruas de São Paulo (SP) —mas das coxinhas e marmitas preparadas pela bisavó para aumentar a renda em casa. Hoje, ela está à frente da Feira Preta, a maior feira da América Latina a reunir empreendedores, artistas e pesquisadores de cultura negra.
“Venho de uma família de mulheres negras, e foi com a minha bisavó que eu aprendi a ter uma atitude empreendedora baseada em três pontos: o que eu sei, o que eu tenho em mãos e o que eu sou capaz de fazer”, contou Adriana. “Ela tinha uma visão tremenda. Quando começou a vender comida, me pediu para fazer um cartão de visita e entregar nas obras para divulgar.”
E assim Adriana foi aprendendo o que ela chama de “sevirologia”. “A necessidade também faz a oportunidade”, diz a empreendedora. Alguns anos depois, ela abriu seu primeiro negócio: um brechó de suas próprias roupas. “Recorri à atitude empreendedora da minha bisavó e comecei a trocar peças com os amigos para ter mais tamanhos para oferecer”, lembra.
Dicas para as empreendedoras
Dessa experiência nasceu a Feira Preta, em 2001. “Ela veio de um sonho de reunir mais gente: empreendedores, artistas, pesquisadores, todo mundo ligado na produção de cultura negra. Eu tinha zero real no bolso, mas muito brilho nos olhos e energia no coração”, diz.
Fazer o negócio crescer e se estabelecer não foi fácil, especialmente no campo financeiro. Por isso, a empreendedora deu algumas dicas sobre como organizar as finanças para não ter problemas nem se endividar em excesso —como estabelecer metas, ter uma reserva de emergência e usar a tecnologia para organizar esses planos.
Para Adriana, os empreendedores devem combinar atitude (ou seja, proatividade para resolver questões), visão (entender como resolver o problema e ler a realidade a partir de diversos ângulos) e colaboração. “Esteja em rede, não tenha medo de pedir ajuda”, afirma.
Seu conselho para quem quer começar a virar o jogo da sua vida é seguir três passos. “Escreva hoje qual é seu sonho. Ele pode ser pequenininho, pode ser comprar uma bicicleta. O importante é caber na sua vida, no seu propósito. Depois, mapeie as pessoas com quem você pode contar. E converse muito com as pessoas, busque conhecimento”, enumera Adriana.
Tudo isso, para ela, alimenta o espírito de fazer diferente e de escrever sua própria narrativa de vida. “Atitude empreendedora é você ser dona da própria história, é saber que é você que dá as cartas.”
O que o iFood oferece para as entregadoras
Na live, Sylmara destacou os principais programas do iFood para o desenvolvimento profissional das entregadoras parceiras: o Meu Diploma do Ensino Médio (que tem 167 mulheres entre os beneficiados), o Potência Tech (que visa formar e empregar pessoas de grupos sub-representados em tecnologia) e os cursos do iFood Decola, que abarcam variados temas, como educação financeira e empreendedorismo.
“Temos esse olhar que vai desde a educação básica, com programa para apoiar quem não tem diploma do ensino médio, até a empregabilidade no futuro”, afirma Sylmara. “Acreditamos no poder de transformação da educação. E o nosso pilar de inclusão abre as portas para mais mulheres.”
Bruna Cristina, da área de Vantagens e Parceiros do iFood, também conversou com as entregadoras no evento. Ela listou algumas iniciativas da foodtech que beneficiam as mulheres, como o seguro contra acidentes pessoais e auxílio de saúde específicos, como a indenização de R$ 10 mil em casos de diagnóstico de câncer de mama ou colo do útero, além do auxílio maternidade de R$ 500.
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