No mundo todo, a principal razão para pedir comida é não ter que cozinhar —essa foi a resposta de 25% dos entrevistados em uma pesquisa realizada pela consultoria Kantar. No Brasil, essa pode ser a realidade em um futuro bem próximo.
“Minha visão para daqui a 5 ou 10 anos é que pedir uma comida de qualidade e saudável vai ser tão barato quanto fazer em casa”, afirma Fabricio Bloisi, CEO do iFood. “O aplicativo do iFood tem os melhores restaurantes e também tem opções baratas, para resolver o almoço do dia a dia, por exemplo.”
Essa mudança de comportamento já aparece na lista dos mais pedidos do iFood. Em 2023, as marmitas foram as mais pedidas no aplicativo —pratos com massas (3o lugar), carnes (4o lugar) e frango (5o lugar) também ficaram bem colocados na preferência dos brasileiros.
Para muita gente, essa transformação veio com a pandemia. No auge do confinamento, 66% dos brasileiros pediam delivery de comida ao menos uma vez por semana —antes disso eram 40%, de acordo com a pesquisa Consumo Online no Brasil, realizada pelo PayPal em 2021.
Mas Fabricio pondera que a pandemia foi o momento de consolidação de um hábito que já estava se popularizando entre os brasileiros: o de pedir comida para consumir no conforto do seu lar. “Essa é uma tendência que começou alguns anos antes da pandemia e que continuou crescendo”, afirma o CEO do iFood.
No Brasil, a penetração do delivery aumentou de 80% em 2020 para 89% em 2022, segundo a consultoria Kantar. “O iFood hoje tem uma penetração enorme nas classes mais altas, mas também está ficando cada vez mais popular. Queremos ter novos consumidores porque isso nos ajuda a entregar uma comida cada vez mais barata, distribuída de maneira mais ampla”, diz Fabricio. “Isso é fundamental para continuarmos crescendo.”