Combustível que não emite gás carbônico é atração na F-1

O piloto alemão Sebastian Vettel vai abastecer seu carro com uma fórmula carbono neutro no GP da Inglaterra

O piloto alemão de Fórmula 1 Sebastian Vettel vai correr o Grande Prêmio da Inglaterra (Silverstone), neste domingo (3/7), com um carro histórico. Ele vai competir com o mesmo FW14B, o famoso “Red 5”, com o qual o inglês Nigel Mansell venceu esse GP há 30 anos. “Eu realmente queria pilotar o carro vencedor do campeonato”, conta Vettel em seu site, referindo-se ao único título do britânico na F-1, em 1992.

Mas não é só por isso que Vettel vem chamando a atenção da imprensa. O piloto, que é um firme defensor da causa ambiental, anunciou que vai usar um combustível carbono neutro. Ele conta que, assim que escolheu correr com o modelo antigo, pensou em como seria possível causar o mínimo impacto ao meio ambiente.

“Com pouco tempo e não querendo mudar nada no motor, pensei: ‘poderíamos encontrar um combustível que substituísse o combustível fóssil tradicional?’, explica o piloto. “Deixamos tudo como estava e adicionamos um combustível neutro em carbono, de alto desempenho e que não emite CO2 no ambiente, uma solução totalmente sustentável.”

Esse combustível, produzido pela alemã P1 Fuels, é produzido sem base fóssil, mesclando componentes sintéticos e biocombustíveis. E pode aparecer mais vezes nas pistas de F-1, pois a FIA (Federação Internacional do Automóvel) quer começar a usar combustíveis totalmente sustentáveis a partir de 2026, com novos motores —parte da estratégia de zerar as emissões de carbono das corridas de F-1 até 2030.

Segundo Vettel, o litro desse combustível, para o carro de F-1, custa 5,95 euros. “Ficará mais barato quando houver uma produção mais abundante de energia renovável, usando, por exemplo, ventos offshore na Dinamarca ou energia térmica na Islândia”, completa Vettel.

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