A cada ano mais brasileiros usam a internet para se alimentar. Pelo menos uma vez por semana, 9% dos consumidores compram comida online —quase o dobro do percentual registrado em 2018, que era de 5%, revela um resumo da pesquisa Taste of Tomorrow 2022.
O levantamento ouviu 3.200 pessoas no Brasil e outros países da América Latina e foi realizada pela Puratos, multinacional do mercado de panificação, chocolate e confeitaria.
No Brasil, um em cada dez consumidores compra itens frescos pela internet pelo menos uma vez por semana, enquanto 15% preferem pedir alimentos que já vêm prontos para o consumo, aponta um artigo sobre a pesquisa publicado na Fast Company. No iFood, sete itens de mercado são pedidos no app a cada segundo.
O delivery é percebido como algo essencial para a maioria das pessoas entrevistadas na pesquisa: 82% acham que as lojas e os restaurantes precisam ter estrutura para entregar produtos em casa.
A automação da entrega foi outra tendência captada pela pesquisa: 48% das pessoas gostariam que o serviço de delivery fosse automatizado —e os drones são a máquina favorita deles para esse fim.
Mas existe uma exceção: quando se trata de comprar pães e outros produtos de confeitaria, os brasileiros ainda preferem ir à padaria, pois receiam que o produto perca a qualidade no caminho da entrega e preferem seu pão bem fresco.
Essa, aliás, é uma peculiaridade do Brasil; nos outros países da América Latina, as pessoas preferem comprar pão no supermercado e em lojas de conveniência.
Tecnologia melhora experiência de compra
Em busca de ter uma alimentação mais balanceada, cresce o interesse por alimentos saudáveis e também pelos plant-based, feitos com matérias-primas vegetais. No Brasil, 36% das pessoas disseram que consomem esse tipo de alimento toda semana.
É uma taxa inferior à registrada na América Latina: ficamos na frente apenas do Chile (28%) e da Colômbia (36%). A líder nesse quesito é a Argentina, onde a preferência chega a 51%.
Outra preferência captada pela pesquisa foi a do uso da tecnologia para melhorar a experiência de compra, até mesmo nas lojas físicas. Em geral, os consumidores buscam uma loja online para centralizar suas compras e não ter que procurar os produtos em muitos estabelecimentos.
Além disso, as pessoas entrevistadas na pesquisa se mostraram abertas a ter uma ajudinha da inteligência artificial na hora da compra: 61% acham que ela deve ajudar na indicação do que comprar —até mesmo mapeando as micro expressões da face para identificar o que mais interessa.
