Fazer compras pela internet nunca esteve tão em alta como nos últimos dois anos.
Nos primeiros meses de 2021, cada consumidor online fez em média três compras e gastou em média R$1.340, segundo relatório da consultoria Neotrust.
Portanto, entenda mais sobre segurança das compras na internet, quais são seus benefícios, como realizá-las e quais os direitos do consumidor online.
Fazer compras pela internet, é seguro?
Fazer compras pela internet é seguro sim, mas alguns cuidados devem ser tomados. Primeiramente, vamos verificar se o site onde está sendo realizada a compra é confiável.
Além disso, sempre utilizar sites conhecidos de e-commerce. Evite clicar em links suspeitos. Em vez disso, escreva o nome do site no navegador.
Procure informações sobre o endereço físico, nome da empresa, número do CNPJ, telefones, e-mail de contato e das redes sociais, como Instagram e Facebook.
Por fim, outra dica é sempre ler os comentários de outros usuários no site de compras, ou fazer uma pesquisa da loja virtual no site Reclame Aqui.
Benefícios das compras pela internet
Os benefícios das compras pela internet são vários, da comodidade de comprar sem ter que se deslocar a lojas e shoppings, até a praticidade de pesquisar preços em diversos locais.
Promoções, cupom de descontos, clubes de assinaturas e avaliação de outros usuários nos sites, por exemplo, também são vantagens de se fazer compras pela internet.
Como funcionam as compras pela internet?
As compras pela internet funcionam de forma simples e sem complicações. Apesar de os sites de lojas virtuais serem diferentes entre si, os processos, em geral, são muito semelhantes.
Dessa forma, a maioria segue um passo a passo que consiste em buscar o produto, colocá-lo no carrinho e seguir para a finalização da compra.
Uma vez realizado e aprovado o pagamento é gerado um código. Assim, vai encaminhar a nota fiscal ao e-mail ou segue junto com o produto quando ele for entregue.
Estatística de compras pela internet
O ano de 2021 foi de faturamento alto para o e-commerce brasileiro, que arrecadou R$150,8 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Esse crescimento nas vendas online representou 35% a mais do que em relação a 2020, segundo a Câmara Brasileira de Economia Digital.
As perspectivas são as melhores para o setor do comércio eletrônico.
O total de pessoas fazendo compras pela internet deve passar de R$79,1 milhões, em 2021, para R$83,7 milhões em 2022, segundo a ABComm.
E na esteira da alta de consumidores online vem o crescimento do ticket médio, que deve passar de R$450 em 2021, para R$460 em 2022.
Compras pela internet: como saber se um site é confiável?
Sites seguros usam criptografia digital em suas transações e possuem páginas protegidas com as letras http ou https – hypertexts transfer protocol secure, além da imagem de um cadeado.
As políticas de privacidade de sites confiáveis são claras e devem ser de fácil acesso ao consumidor. Nelas, a empresa informa como usar os dados dos clientes e o que faz com eles.
Sites seguros para compras possuem um Selo de Segurança, recurso que indica que o site é confiável para que sejam compartilhados dados pessoais e de pagamentos.
Como fazer compras pela internet?
Neste caso, é necessário realizar um cadastro com dados pessoais e criar um login com senha no site. Feito isso, o site direciona o usuário para a seção de pagamento.
Em geral, as opções de pagamento são cartão de crédito, débito, cartão virtual, pix, boleto e, em alguns casos, transferência bancária.
Compras pela internet: quais os direitos do consumidor?
Fazer compras pela internet já faz parte da rotina de milhões de brasileiros. Da comida que pedimos pelo iFood, a roupas novas, praticamente qualquer coisa pode ser adquirida online.
Mas você sabe quais são seus direitos de consumidor?
Veja abaixo quais são os direitos do consumidor quando faz compras pela internet:
Ter informações sobre os produtos e serviços
Devem constar na descrição dos produtos e serviços às suas características, os riscos à saúde e à segurança destes aos consumidores.
O preço à vista do produto ou serviço, o preço total a prazo com o número de parcelas, juros, se houver, periodicidade e valor das prestações precisam estar bem claros.
Também é necessário conter despesas adicionais ou acessórias, como as de entrega e seguros, e encargos financeiros da compra.
Todas as condições da oferta devem estar bem explícitas como modalidade de pagamento, disponibilidade, forma e prazo de execução do serviço ou da entrega.
Prazo de desistência
De acordo com o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor, o consumidor pode desistir do contrato de compra no prazo de 7 dias a contar da assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço.
Isso vale para a contratação de serviços ou fornecimento de mercadoria que aconteça fora do estabelecimento comercial, ou seja, pela internet, telefone ou a domicílio.
Chamado de “direito de arrependimento”, ele determina que o consumidor deve ser ressarcido e não pode ser cobrado pela devolução, ficando os custos do frete por conta da loja.
Devolução e troca
O consumidor tem direito à devolução ou troca sem custo de qualquer produto que apresente dano, imperfeição ou defeito ainda que já tenha passado 7 dias da compra.
O direito está previsto no artigo do Código de Defesa do Consumidor.
Cumprimento da oferta
A empresa tem o dever de cumprir toda oferta anunciada em site, e-mail marketing ou banners. O consumidor pode recorrer em caso da empresa se recusar a manter ofertas.
As três formas para recorrer a uma oferta anunciada são:
- Exigir que a oferta anunciada seja cumprida;
- Aceitar outro produto ou serviço equivalente àquele adquirido;
- Rescindir o contrato com direito à devolução do pagamento feito e possíveis perdas e danos.
Pagamento seguro e tratamento de dados
São direitos do consumidor acesso a métodos seguros de pagamentos e tratamento transparente dos dados pessoais.
O iFood protege os dados de pagamentos via cartão de débito e crédito com a tokenização, mecanismo de transformação de um ativo real em ativo digital por meio da criptografia.
A Lei Geral de Proteção de Dados estabelece que as lojas online disponham de Políticas de Privacidade e Proteção de Dados explícitas e acessíveis ao consumidor.
Os dados dos consumidores devem estar seguros e protegidos de fraude, perda, vazamento e acesso não autorizado.
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