Consultoria de tendências WGSN traça o perfil e
os novos hábitos dos consumidores
Novas realidades exigem novas estratégias para conquistar o público. Para ajudar empreendedores e empreendedoras a se atualizar com as mudanças trazidas não só pela pandemia como também pela tecnologia, a consultoria WGSN, especializada em tendências, publicou um estudo que traça o perfil dos consumidores do futuro e indica seis estratégias para conquistá-los.
Para dar o contexto, a WGSN identificou alguns sentimentos que estão remodelando o dia a dia das pessoas. Um dos principais é o medo, que se manifesta, por exemplo, na ecoansiedade: já em 2019, 90% dos entrevistados pela consultoria no mundo disseram sentir insegurança ao pensar na crise climática. Por isso, começaram a mudar os hábitos para reduzir seu impacto ambiental.
Outro sentimento que vem emergindo é o da dessincronização social, quando as pessoas fazem as mesmas coisas, mas não na mesma hora. Isso porque ao usar a tecnologia para trabalhar ou se divertir nos momentos mais convenientes do seu dia, cada um segue seu ritmo individual, reduzindo as interações em tempo real com os outros.
Ao mesmo tempo, a resiliência (a capacidade de se adaptar a mudanças e se recuperar) vem se tornando uma prioridade emocional, ao lado do otimismo radical, que busca deixar a negatividade para trás para tentar enxergar os progressos do mundo e onde há espaço para fazer o bem.
Neste contexto, a consultoria divide os consumidores do futuro em três perfis e mostra como as empresas podem contemplar cada um deles:
Estabilizadores querem uma experiência simples
Esse grupo reúne a geração X (nascidos entre 1960 e 1980) e os Millenials (nascidos entre 1981 e 2000) e engloba quem prioriza a estabilidade em resposta ao sentimento de falta de certezas e sincronia.
São pessoas que estão deixando de lado o culto à produtividade e partindo para a aceitação radical. Em vez de tentar otimizar todos os aspectos da vida, os estabilizadores identificam exatamente quais pontos precisam melhorar e dedicam tempo a isso de acordo com suas prioridades.
Para atender a esse tipo de consumidor, as empresas devem simplificar as decisões na experiência de compra, abolir os excessos e focar em embalagens concisas. Melhor ainda se proporcionarem uma experiência zen nas lojas físicas, sem estresse ou ansiedade.
Comunitários fomentam o comércio local
Cansados do excesso de trabalho, esses consumidores da Geração X e Millenials estão colocando limites entre a vida pessoal e a profissional. Passando menos horas no trabalho, consomem mais, especialmente perto de casa —e estão mais preocupados em incentivar a comunidade ao seu redor.
Um exemplo disso são os brechós, uma vez que as pessoas estão comprando menos roupas novas e mais interessadas em fomentar a sustentabilidade ambiental e da economia de sua comunidade. O comércio social de venda entre pessoas tende a ganhar destaque nesse cenário.
Novos otimistas estão de olho no live commerce
Esse grupo é formado por pessoas de todas as idades, que perseguem seus propósitos (como proteger o meio ambiente ou combater o preconceito contra os mais velhos) de maneira mais positiva. Um reflexo disso é que eles abraçam o “celebracionismo”, ou seja, festejar suas conquistas com experiências marcantes e divertidas.
É um público que adora fazer compras em transmissões ao vivo (live commerce) e tem curiosidade para usar recursos de realidade aumentada e virtual nesses momentos de consumo. E gostam de uma experiência simplificada nos aplicativos de compra.
Identificados os perfis, as seis estratégias vencedoras de compras definidas pela WGSN são:
1 – Simplifique o processo de compra porque os consumidores estão exaustos.
2 – Invista no comércio em livestream (live commerce) para promover as vendas.
3 – Crie plataformas que permitam compras e entregas coletivas ou locais.
4 – Adote uma comunicação unificada, prática e consistente em todos os canais.
5 – Use recursos de realidade aumentada e realidade virtual em testes de produtos.
6 – Aposte no poder do coletivo e promova o engajamento online ou nas lojas de rua.
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