A cada ano tem mais gente celebrando o Dia do Motociclista em 27 de julho. No primeiro semestre de 2022, o número de frota de motos licenciadas no país (636.565) aumentou 32% em relação ao mesmo período de 2021 —o melhor desempenho desde 2015, segundo a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
“Temos um mercado com tendência de alta, com o avanço dos serviços de delivery e maior uso da motocicleta nos deslocamentos urbanos, além do fator aumento dos preços dos combustíveis”, explica Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
A associação estima que chegaremos ao final de 2022 com 1,26 milhão de motos licenciadas (8,9% a mais do que em 2021). Ao final do ano, o Brasil deve ter uma frota de 30,5 milhões de motos. Isso significa que, se esse cenário se concretizar, um em cada quatro veículos que circulam no país serão motocicletas.
Hoje, as motos de baixa cilindrada, muito utilizadas por entregadores parceiros do iFood e para deslocamentos urbanos, correspondem a 83% do mercado. No primeiro semestre foram vendidas mais de 100 mil motos dessa categoria, e há uma fila de espera de cerca de 30 dias para recebê-las.
Quem faz delivery, então, também é motociclista?
Sim, entregadores são motociclistas. No dicionário, a definição é simples: motociclista é toda pessoa que dirige uma motocicleta, o que inclui quem faz delivery de comida, compras, documentos, presentes e o que mais couber na bag.
Mas entre os motociclistas há também aqueles que usam esse veículo de duas rodas motorizado para praticar esporte, para se deslocar pela cidade ou para o lazer. Portanto, é um grupo bem mais amplo.
Hoje o Brasil tem 35,2 milhões de pessoas habilitadas para conduzir motos, segundo a Abraciclo. O número de motociclistas brasileiros é expressivo: supera a população de países como Peru, Venezuela, Angola, Austrália e Portugal.
Os homens são a maioria dos motociclistas (76,5%), mas as mulheres têm aumentado a sua representação nesse universo. De 2012 para cá, o aumento da presença delas foi de 83,7% —hoje elas são um contingente de 8,3 milhões de motociclistas. Segundo a Abraciclo, o aumento das mulheres pilotando motos aconteceu porque elas passaram a utilizá-las como instrumento de trabalho e fonte de renda.
Fonte: Abraciclo
