Cultivar alimentos dentro das cidades é uma saída para levar comida a quem mais precisa e combater um grave problema social brasileiro: a insegurança alimentar, ou seja, a dificuldade de acesso a alimentos de boa qualidade e na quantidade necessária para ter uma boa nutrição.
O Dia Mundial da Alimentação é uma data que suscita uma reflexão sobre como combater esse problema, uma vez que acabar com a fome está no topo da lista dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que os países devem alcançar até 2030.
Uma das propostas para combater a insegurança alimentar são as hortas urbanas, áreas criadas para plantar alimentos em espaços coletivos, como escolas e comunidades –ou mesmo em casa ou no quintal.
Esse tipo de cultivo combate também outras dores sociais: além de proporcionar alimento sustentável e de qualidade em grandes centros, a horta ocupa locais por vezes abandonados e ociosos e se transforma em um espaço de educação para estimular a consciência ambiental nas comunidades em que estão inseridas.
Além disso, ela pode beneficiar as comunidades ao seu redor, especialmente famílias em situação de vulnerabilidade, que podem receber doações de alimentos, principalmente em regiões periféricas das cidades.
Pensando nisso, o iFood começou a investir em hortas urbanas em 2021 como uma solução que tem potencial para gerar um impacto positivo na vida de muitas famílias afetadas pela insegurança alimentar. Primeiro, com uma fazenda urbana instalada no topo do prédio de sua sede em Osasco, na Grande São Paulo, fruto de uma parceria com a startup Begreen, especializada em hortas verticais.
Com uma área de 950 m², a fazenda gera cerca de 1,7 tonelada de alimentos por mês, destinados ao Banco de Alimentos do município. Produtos orgânicos, como alface, rúcula, tomate e abobrinha, são cultivados ali numa estufa climatizada e protegida da poluição, e distribuídos a três mil famílias em situação de vulnerabilidade.
Complemento à merenda escolar
Para aumentar o impacto positivo na comunidade, o iFood também financia a criação de hortas urbanas em três escolas da rede pública nas cidades de São Paulo (SP) e Ferraz de Vasconcelos (SP). Em parceria com a ONG Cidades Sem Fome, o projeto Hortas Escolares leva agricultura sustentável a áreas sem uso nas instituições. Dessa forma, os alunos não só participam do processo de plantio, mas estudam sobre preservação do meio ambiente e temas transversais, como nutrição e sustentabilidade da cadeia produtiva. Além disso, o alimento complementa a merenda escolar e o excedente é doado às famílias dos estudantes.