Inauguração contou com a presença de Edu Lyra, da Gerando Falcões
“Quando eu tinha 2 anos, quase morri desnutrido. Certamente eu não teria passado por isso e talvez até tivesse uma primeira infância melhor se tivesse uma horta na minha escola”, é o que respondeu Edu Lyra, o fundador da Gerando Falcões, quando perguntado sobre a importância de projetos como hortas urbanas em regiões periféricas.
Ele esteve presente na inauguração do projeto Horta na Escola, idealizado pelo iFood com o apoio da Elo, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A iniciativa tem como objetivo investir no no fomento à alimentação saudável desde a primeira infância e no combate à insegurança alimentar na comunidade. A ação conta com o gerenciamento da Gerando Falcões.
Conversamos com o Edu, um dos grandes nomes do ativismo pelas favelas, para entender a importância de projetos como este. Confira:
iFN: Como as hortas contribuem para a segurança alimentar?
EL: A missão é combater a fome. Queremos evoluir, com sistemas sustentáveis que possam contribuir para a cadeia alimentar e tirar as pessoas da fome. Quando eu tinha 2 anos, quase morri desnutrido. Certamente eu não teria passado por isso se tivesse uma horta urbana na escola.Talvez eu tivesse uma primeira infância melhor.
iFN: Qual a importância de iniciativas como esta, do iFood, para combater a insegurança alimentar?
EL: O iFood tem uma importância muito grande na economia do Brasil, na logística, na mobilidade e também uma importância em fazer parte dos debates que mais importam no Brasil. O combate à fome e à insegurança alimentar são fundamentais. Entregar segurança alimentar nas favelas brasileiras é também promover o combate à pobreza e a redução da desigualdade. A gente só vence se tiver um trabalho em rede – coordenado e em rede. A gente “constrói” os nossos problemas em rede. Portanto, a gente só vai vencê-los em rede também.
iFN: Qual é o grande sonho do Edu e da Gerando Falcões?
EL: Meu sonho é um Brasil sem pobreza. Pobreza da favela só no museu. Ninguém nasceu pra viver de resto. Ninguém nasceu pra morar ao lado do esgoto a céu aberto. As pessoas nasceram pra exercer o direito à dignidade humana.