Live do iFood debate importância de preservar a Mata Atlântica

Fundação SOS Mata Atlântica é a convidada para falar sobre como conservar e restaurar esse bioma é possível e essencial para manter o equilíbrio climático do planeta

Quando descreveu a Mata Atlântica em 1560, o padre José de Anchieta contou que na Capitania de São Vicente (onde hoje fica parte do Estado de São Paulo) via “pinheiros de altura estupenda”, “árvores de frutos excelentes” e variadas ervas de uso medicinal. 

Nessa Carta a São Vicente, ele também descreve diversos animais, como a capivara, a anta, o tatu, macacos e cobras como a “sucuryúba de maravilhoso tamanho”. “Não é fácil dizer quanta diversidade há de aves ornadas de várias cores”, escreveu o jesuíta espanhol.

Naquela época, essa floresta ocupava 1,3 milhão de quilômetros quadrados ao longo de toda a costa, uma área equivalente a três Alemanhas. Hoje, só restam 12,4% da cobertura original em todo o país —e, na capital paulista, apenas 17%, segundo a ferramenta Aqui tem Mata?, criada pela Fundação SOS Mata Atlântica.

No dia 27 de maio, celebra-se o Dia Nacional da Mata Atlântica —uma data escolhida em homenagem a essa carta de Anchieta, escrita “no fim do mês de Maio”. É o momento para chamar a atenção para a importância de proteger e regenerar esse bioma. 

Afinal, sua restauração pode contribuir de forma significativa para o sequestro de carbono e para o sucesso da meta, assumida pelos países em acordos internacionais, de limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5°C, aponta a SOS Mata Atlântica.

Para discutir essas questões e os resultados das ações da Fundação em conservar essas florestas tropicais úmidas, que têm a maior biodiversidade de árvores por hectare do mundo, o iFood promove, no dia 30 de maio, uma live com a SOS Mata Atlântica. 

O bate-papo entre Afra Balazina, diretora de mobilização e comunicação da Fundação SOS Mata Atlântica, e Alexandre Lima, gerente de sustentabilidade no iFood, começa às 15h e vai rolar no perfil do iFood News no Instagram.

Ações para regenerar a floresta

Apesar de ser uma das florestas mais biodiversas do mundo, a Mata Atlântica passou por intensos períodos de exploração econômica, que acabaram por torná-la também uma das mais degradadas. Segundo as lentes do recém lançado Atlas da Mata Atlântica, entre os anos de 2020 e 2021 o desmatamento no bioma aumentou mais de 66%. Diante deste cenário, interromper as graves ameaças é imperativo, mas não suficiente.

Por isso, uma das ações prioritárias da Fundação é a restauração. Depois de 28 anos de experiência em campo, a SOS Mata Atlântica está entre as organizações que mais plantaram mudas de árvores nativas, são mais de 42 milhões até hoje.

Em janeiro de 2022, o iFood, em parceria com o Grupo Heineken, uniu esforços à SOS Mata Atlântica para plantar 50 mil mudas de árvores e proteger este que é um dos mais importantes biomas do mundo e onde vive a maior parte dos brasileiros (72%). Nessa iniciativa do iFood Regenera, a cada R$ 16 doados pelos consumidores no app do iFood, uma árvore foi plantada pela foodtech e pela Heineken. Mais de R$ 200 mil foram arrecadados.

O plantio começou pelas cidades de Porto Feliz e Marabá Paulista, no interior de São Paulo, onde restam, respectivamente, apenas 4% e 3,4% da mata nativa —o ideal é chegar a pelo menos 30%, segundo a literatura científica.Nessa ação, as novas árvores serão acompanhadas durante três anos. Além de regenerar uma área equivalente à de 20 campos de futebol, essa iniciativa pode retirar até 8.300 toneladas de CO2 da atmosfera em 20 anos, um volume correspondente a mais de 28 milhões de entregas feitas no delivery.

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