Luanna Luna, gerente de educação do iFood, fala sobre como as iniciativas nessa área podem fazer a diferença na inclusão social
A educação é uma poderosa ferramenta de inclusão social, e avançar nesse campo pode fazer a diferença para superar desigualdades históricas e construir um país mais próspero e menos desigual. Mas, para chegar lá, é preciso superar desafios como a melhoria da qualidade do ensino e incentivar que mais pessoas sejam inseridas no campo da tecnologia.
Em entrevista ao iFood News, Luanna Luna, gerente de educação do iFood, explica por que é importante que as empresas participem dessa transformação da educação brasileira e fala sobre as iniciativas do iFood nessa área.
iFN: Qual é a importância da educação para a inclusão social?
Luanna: Quando falamos em inclusão, vemos que desde a idade escolar até a entrada no mercado de trabalho, todas as estatísticas são piores quando olhamos para as mulheres e as pessoas negras.
No nível escolar, por exemplo, cerca de 69 milhões de brasileiros que têm mais de 19 anos não concluíram o ensino médio. Destes, 88% são pretos e pardos. Já no mercado de trabalho, em 32% das áreas de tecnologia nas empresas não existe nenhuma pessoa negra, e em 21% dos casos não tem nenhuma mulher.
Tudo isso acontece hoje como resultado de questões históricas. Para mudar esse cenário, as empresas precisam levar de forma intencional as oportunidades educacionais para as pessoas mais vulneráveis, menos incluídas na sociedade e de perfis que hoje são sub-representados nas empresas. Afinal, é a educação que vai promover a transformação em direção a uma maior inclusão social.
iFN: Por que o iFood tem investido em ações como Meu Diploma do Ensino Médio?
Luanna: A estratégia de educação do iFood olha para dois públicos importantes. Um deles são as pessoas de baixa renda e perfis sub-representados na sociedade. Para eles, nosso objetivo é levar oportunidade de acesso à educação visando ao aumento da renda. Fazemos isso levando bolsas de ensino em tecnologia que permitam o ingresso no mercado de trabalho na área.
O segundo público é o ecossistema do iFood: entregadores e entregadoras, restaurantes e mercados. Queremos apoiá-los desde o ensino básico até a jornada de trabalho junto ao iFood e também trabalhar outros aspectos para além do delivery, abrindo novas portas e viabilizando escolhas para aqueles que desejem seguir por outros caminhos.
O Meu Diploma do Ensino Médio é uma dessas iniciativas de base, que facilita o acesso para quem quer retomar os estudos, pois dá uma bolsa para o curso preparatório para fazer o exame e ter o diploma. Foi uma ação que surgiu depois que nós identificamos que 27% dos entregadores e entregadoras não haviam concluído o ensino básico. Neste momento, o iFood está oferecendo mais 700 bolsas neste programa.
iFN: Qual é o papel das empresas nos esforços para melhorar a educação no Brasil?
Luanna: O papel das empresas no investimento social privado para melhorar a educação é extremamente relevante para fomentar projetos, iniciativas e materiais que, depois de serem testados e terem seus impactos comprovados, serão implementados pelos governos.
As empresas têm o papel de acelerar o desenvolvimento de boas iniciativas de fomento à educação. No Brasil, o investimento privado em educação é enorme, superando R$ 1 bilhão. Mas ainda há desafios, como coordenar melhor os nossos esforços para que os recursos sejam bem alocados para que as mudanças de fato aconteçam.
O Todos pela Educação é um dos parceiros do iFood que tem esse perfil e que faz um trabalho muito relevante influenciando políticas públicas para a melhoria da educação básica pública.
iFN: Em quais ações o iFood apoia o Todos pela Educação e por quê?
Luanna: O iFood, como uma grande empresa, pode impactar a vida de muita gente, mas não temos know how para mudar a educação do Brasil sem fazer parcerias. Por isso, escolhemos fazer parcerias com as organizações que já atuam na área de educação há muito tempo.
O Todos pela Educação é uma instituição que hoje atua para influenciar as políticas públicas em prol da melhoria da educação pública básica brasileira. O iFood resolveu se tornar um dos mantenedores dessa instituição para provocar essas mudanças de forma mais estruturante. Já vimos avanços nos últimos anos, mas queremos chegar ainda mais longe. E quem quiser pode nos ajudar fazendo doações para o Todos Pela Educação no aplicativo do iFood.
