Trabalho remoto: conheça diferentes tipos e força de atuação no Brasil

 O trabalho remoto é uma modalidade de trabalho que já vinha sendo implementado , principalmente startups e empresas de tecnologia. Com a pandemia de Covid-19, milhões de trabalhadores do mundo todo – de instituições públicas e privadas – apagaram a luz de seus escritórios e passaram a trabalhar de casa.

Portanto, conheça mais sobre o trabalho remoto, como funciona no Brasil e no mundo e quais são suas vantagens.

 

O que é trabalho remoto?

O trabalho remoto consiste na realização de serviços em regime não presencial, ou seja, fora do ambiente de trabalho, e em lugares fixos, como residências, praças, parques, cafés, hotéis e espaços de coworking.

Além disso, pode ser realizado em cidade, estado ou país diferente da sede do empregador. A modalidade, chamada de anywhere office ou WFA (work from anywhere), que significa escritório em qualquer lugar e trabalho de qualquer lugar, tem ganhado cada vez mais adeptos, especialmente depois da pandemia da Covid-19.

Estimativas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que, em novembro de 2021, 7,3 milhões de brasileiros trabalhavam de forma remota.

Assim, esses trabalhadores têm sexo, cor e idade. Assim, mais da metade é composta por mulheres brancas, com idade entre 30 e 39 anos, nível superior e ocupadas no setor formal.

Vantagens do trabalho remoto

Existem diversas vantagens do trabalho remoto, tanto para empresa como para o empregado em atividades que vai exercer remotamente. Qualidade de vida e gestão do tempo configuram entre as principais vantagens.

Das empresas que adotaram o trabalho remoto no Brasil durante a pandemia da Covid-19, 60% dos gestores acreditam que esse tipo de trabalho contribui para melhorar sua eficiência e produtividade. E 80% dos entrevistados afirmaram que o home office contribuiu para o desenvolvimento da resiliência e flexibilidade.

Os dados fazem parte da pesquisa “Como conciliar o home com o office?“, da ISE Business School, que ouviu 518 executivos entre abril e maio de 2020.

Aumento da produtividade, retenção de talentos, flexibilidade de horário e cumprimento de tarefas estão entre as vantagens da adoção do trabalho remoto. Outras são a redução de custos imobiliários, como aluguel, condomínio, água, luz e limpeza.

Dessa forma, distribuição de equipes em diferentes locais e colaboradores em diferentes fusos horários podem gerar um ecossistema empresarial mais rico e dinâmico.

Qual a diferença entre home office e trabalho remoto?

O trabalho remoto é prestar um serviço fora das dependências da empresa ou organização, ou seja, não prestar na unidade física do empregador.

Trabalho remoto pode ser tanto teletrabalho como home office.

Definido pelo artigo 75 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), esse tipo de trabalho é realizado por meio de tecnologias da informação ou comunicação, como a internet.

O home office, por sua vez, pode ou não ser considerado teletrabalho ou trabalho remoto e significa que o trabalhador está exercendo de casa suas atividades e por um período determinado.

No home-office pode haver o controle de jornada, mas no teletrabalho esse controle não é obrigatório.

Trabalho remoto na pandemia: o que mudou?

A pandemia da Covid-19, com o isolamento social e lockdown, impulsionou o trabalho remoto no mundo todo. Muitas empresas se viram obrigadas a adotar o modelo de trabalho à distância por questões sanitárias e de saúde.

Em 2020, 11% das pessoas ocupadas no Brasil trabalhavam de forma remota. Em sua maioria, esses trabalhadores têm nível superior completo e estão vinculados ao setor privado.

E, depois de quase dois anos de pandemia da Covid-19, os brasileiros querem permanecer em home office e se consideram satisfeitos com a qualidade e comprometimento do trabalho.  Dessa forma, segundo a pesquisa Satisfação e Desempenho com Home Office da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

Conheça os tipos de trabalho remoto

Profissionais da área de Tecnologia da Informação (TI), das ciências, intelectuais, técnicos de áreas administrativas, diretores e gerentes podem fazer seu trabalho remotamente em qualquer país que tenha acesso à internet.

Outras profissões que exigem o contato direto com o público, como professores, médicos e vendedores, precisaram se adaptar às mudanças ocorridas durante a pandemia da Covid-19.

Nesse sentido, existem três tipos de trabalho remoto: CLT, freelancer e autônomo.

Na categoria de CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), o trabalhador tem a carteira de trabalho assinada. No entanto, os mesmo direitos dos trabalhadores que atuam nas instalações físicas das empresas, como férias, décimo terceiro salário e seguro desemprego.

Enquanto isso, nas modalidades freelancer os profissionais são contratados por prestação de serviço como pessoa jurídica. Isso ocorre geralmente sendo Microempreendedor Individual (MEI), com uma ou mais empresas e, também, com flexibilidade de horário.

O trabalhador autônomo é aquele que trabalha por conta própria, ou seja, sem vínculo empregatício com a empresa. Vai realizar o trabalho eventualmente.

Trabalho remoto Brasil

A Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) trouxe um capítulo especial dedicado ao trabalho remoto ou teletrabalho.

Pela lei, o teletrabalho é definido como “a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo”.

Desta forma, funções externas, como as de vendedor, motorista, ajudante de viagem e outros que não têm um local fixo de trabalho não são consideradas teletrabalho.

O Brasil tem cerca de 22,7% de pessoas em potencial de teletrabalho, o que corresponde a 20,8 milhões de pessoas.

Trabalho remoto internacional

O trabalho remoto tem ganhado força no mundo todo. O custo do isolamento e confinamento é mais alto em países em que a adoção do home office é baixa ou nula, apontam especialistas.

Dessa forma, países desenvolvidos destacaram-se entre os que mais se valeram do trabalho remoto, principalmente durante a pandemia da Covid-19.

Em uma lista de 86 países, Luxemburgo teve a maior proporção de teletrabalho (53,4%); e Moçambique a menor participação, com 5,24%. Nessa relação de países, o Brasil ocupou a 45ª posição, com 25,65% de teletrabalho.

Os dados fazem parte da pesquisa How many jobs can be done at home? do National Bureau of Economic Research.

Ainda segundo a pesquisa, 37% dos trabalhos nos Estados Unidos podem ser feitos remotamente.

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