Uma empresa menor pode ser melhor que uma gigante?

Na Nova Economia, um grande conglomerado pode ser menos competitivo do que uma startup especializada; Diego Barreto, VP de inovação do iFood, explica por quê.

Na Nova Economia, a especialização é o segredo do sucesso, explica Diego Barreto, VP de finanças e estratégia do iFood

 

Uma empresa gigante, com braços em diversas atividades diferentes, é necessariamente melhor ou mais bem-sucedida do que uma que segue focada em seu modelo de negócio principal? Na lógica da Nova Economia, a resposta é: não.

Em um artigo escrito para o MIT Technology Review, Diego Barreto, vice-presidente de finanças e estratégia do iFood, explica que nesse novo cenário os negócios mais especializados são mais eficientes do que os grandes conglomerados do passado —especialmente os que ao longo dos anos foram agregando modelos de negócio descolados das vantagens competitivas da empresa.

Diego, que também é autor do livro “Nova Economia: Entenda Por Que o Perfil Empreendedor Está Engolindo o Empresário Tradicional Brasileiro”, aponta que vivemos uma era de desagregação desses negócios gigantes.

“Os negócios que estão escalando a economia mundial operam em uma lógica que, por essência, demanda agilidade”, escreve. “Não há modelo estático, inflexível e burocrático que possa realizar essa antiga pretensão totalizante.”

Seguindo essa lógica, algumas grandes empresas brasileiras (como a Rede Globo) se desfizeram de alguns modelos de negócio e reduziram seu tamanho para se adequar aos novos tempos. Esse desapego permitiu a essas companhias se especializar e se concentrar no que podem fazer de melhor, aponta Diego, ressaltando a mudança da Globo para se tornar uma mediatech.

Afinal, na Nova Economia, a tecnologia impulsiona o surgimento de negócios mais especializados, e esses novos players começaram a ganhar espaço no mercado fazendo melhor o que uma empresa gigante fazia “mais ou menos”, pois tinha que dividir sua atenção entre braços diversos de negócio.

Ele dá outro exemplo: um modelo guarda-chuva, como o das seguradoras, que oferecem as mais variadas coberturas, também está em risco. Isso porque novas startups estão surgindo com soluções específicas, pontuais, que ganham em eficiência e em satisfação do consumidor. Dessa forma, Diego deixa a reflexão de que na Nova Economia menor pode ser, sim, sinônimo de melhor.

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