Qual é a melhor receita para definir o preço ideal dos pratos de um restaurante? Na área de alimentação, esse é um desafio complexo, porque cada um deles leva diferentes ingredientes. E calcular errado afeta a saúde do negócio: subestimar o valor reduz o lucro; superestimá-lo prejudica as vendas –dois fatores que, em longo prazo, comprometem a viabilidade da empresa.
Precificar corretamente é o melhor caminho para os empreendedores usarem a margem de lucro a favor. Quando a margem de lucro é muito baixa, dar um pequeno desconto pode ser muito danoso. Por outro lado, quando ela é folgada, o restaurante pode criar promoções para vender mais e aumentar o faturamento.
Para chegar mais perto do equilíbrio na precificação, o programa Vantagens do Chef do iFood oferece aos parceiros a plataforma Price-R, que faz os cálculos para chegar ao real custo de cada item do cardápio.
Funciona assim: os gestores informam os custos diretos do restaurante –como o preço de cada ingrediente e outros itens ligados à produção– e a Price-R calcula automaticamente o melhor valor para cada prato, mostrando onde é possível aumentar o lucro.
Em um painel personalizado, é possível cadastrar todos os ingredientes necessários para preparar cada prato e informar a quantidade e o preço de venda. Para isso, basta tirar uma foto do QR Code da nota fiscal (ou escanear essa imagem).
A plataforma também mostra gráficos e tabelas que permitem visualizar melhor o balanço de gastos com compras e quais são os pratos mais e menos rentáveis do restaurante, por exemplo. Além disso, analistas de precificação ajudam os empreendedores a fazer uma melhor gestão de preços.
Novo preço, novas estratégias
Um dos parceiros do iFood que já estão usando o Price-R é o José Reges, proprietário de seis dark kitchens em Maceió (AL). Ele conta que já namorava softwares de precificação, mas ainda não tinha adotado nenhum por causa do alto custo. “Estou sempre de olho no Vantagens do Chef. Um dia, vi a Price-R e resolvi adotar na pizzaria, onde era mais fácil organizar os preços dos ingredientes”, conta José.
Assim que começou a informar os valores desses insumos à plataforma, ele identificou que o custo real das pizzas de mussarela e de calabresa era 40% menor do que o que ele havia calculado. Ele não mexeu no preço, mas aproveitou a vantagem descoberta para criar um combo com refrigerante, como isca para converter mais vendas. “Mantive a margem individual, mas passei a vender mais por causa da ‘promoção’”, explica o empreendedor.
Por outro lado, ele também se assustou ao descobrir que o real custo do bacon era o dobro do que sua pizzaria usava como base. “Como ele perde água, o peso real utilizado é bem menor do que pensávamos. Por isso, antes a gente fazia as contas e nunca dava certo”, diz José.
Em um mês de uso da plataforma, ele conta que desenvolveu uma visão mais clara das melhores estratégias de preço para ter um negócio mais rentável. “A precisão dos cálculos é muito boa. Quando vimos a margem real de lucro, descobrimos que uma pizza que vendemos muito não é viável porque o lucro é muito baixo. E agora sabemos o melhor momento de fazer promoções quando o preço de um ingrediente cai.”
O programa Vantagens do Chef em parceria com a Price-R aliado a outras ferramentas que o iFood vem desenvolvendo para os restaurantes parceiros, como as ferramentas de marketing, consegue potencializar ainda mais o desempenho do negócio.
4 passos para precificar bem
1. Conheça todos os custos
Liste todos os custos ligados à compra e à produção dos pratos vendidos. Depois, adicione os custos indiretos, como despesas com marketing e com a gestão do negócio, por exemplo.
2. Entenda o valor para o cliente
É importante saber qual é a percepção de valor dos clientes sobre o que você vende. Uma maneira de fazer isso é perguntar quanto eles estão dispostos a pagar; outra é verificar como a variação dos preços afeta a demanda.
3. Avalie os competidores
Pesquise qual é o preço praticado pelos restaurantes que operam no mesmo modelo que o seu. Essa é uma boa base (mas não a única) para decidir um preço competitivo.
4. Teste a sensibilidade do público
Alguns segmentos de consumidores são mais sensíveis ao preço do que outros. Ao definir seu preço, avalie essa sensibilidade, que será útil para futuros reajustes ou elevações de preço.
Fonte: Sebrae