Organização e o planejamento permitem ter mais tranquilidade financeira em um negócio
Todo empreendedor sonha com o dia em que terá um caixa saudável. No entanto, para melhorar o resultado financeiro da empresa é preciso ter planejamento e estratégias bem definidas. “O financeiro é o resultado de todas as ações e decisões que você toma em um negócio”, explica Felipe Chiconato, consultor financeiro e de estratégia do Sebrae-SP.
Problemas financeiros podem encurtar a sobrevivência de uma nova empresa –tanto que no Brasil menos de 40% delas conseguem superar a marca de cinco anos de existência, aponta a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo divulgada pelo IBGE em 22 de outubro. Com dados compilados até 2019, o levantamento ainda não contempla o cenário durante a pandemia, mas já demonstra os desafios desse cenário tanto para novos empreendedores como para os veteranos.
São dois os pontos de partida para começar a organização financeira de uma empresa:
1. Traçar um Plano de Contas
O Plano de Contas estabelece a fonte e o destino do dinheiro em um caixa. “O plano é como você agrupa as suas contas. Ele é essencial para otimizar o trabalho do financeiro, para permitir tomadas de decisões mais assertivas e, principalmente, para entender o que se passa com o seu negócio”, diz Felipe.
2. Definir os regimes de Caixa e de Competência
Segundo o consultor, o regime financeiro de uma empresa pode ser trabalhado de duas formas: Caixa e Competência. “Ambos funcionam, mas cada um tem uma premissa diferente”. O primeiro tem como objetivo gerir a informação de quando o dinheiro entra e quando sai — como em um extrato de banco. Entram nessa categoria ferramentas como o Controle de Caixa, Contas a Receber, Contas a Pagar e o Fluxo de Caixa. Já no segundo, a intenção é avaliar o custo, o quanto foi vendido em um negócio. Para isso, os principais pontos de controle são o Registro de Vendas, o Demonstrativo de Resultado do Exercício e o Balanço Patrimonial.
Entender a diferença entre controle e fluxo de caixa também é fundamental para seguir com o planejamento. De acordo com Felipe, o controle de caixa possibilita uma análise do passado e do presente do negócio. Com o fluxo, é o oposto: ele permite tempo para tomadas de decisão futuras.
“É importante também saber que um fluxo de caixa negativo não é exatamente um problema. É um sintoma: se o financeiro é a relação ‘fim’ do negócio, o fluxo negativo indica que há algo a ser tratado. Você precisa entender a origem do problema”, ressalta.
Semana do Empreendedorismo iFood
Em parceria com o Sebrae – SP, a foodtech realizou uma série de lives sobre o tema, abertas ao público geral. A primeira foi “Organização e planejamento financeiro”, que pode ser conferida, na íntegra, no vídeo abaixo: