O comportamento dos consumidores, impactados por fatores como alta dos preços e redução do poder de compra, impôs novos desafios para as startups de alimentos e bebidas, que ainda estavam se recuperando dos problemas decorrentes da pandemia e da guerra na Ucrânia.
Para sobreviver em meio à competitividade, e diante da atual desaceleração da economia em 2023, muitos empreendedores já perceberam que mais do que criar produtos de alta qualidade, precisam investir em estratégias de varejo e marketing para atrair e fidelizar clientes.
Neste artigo, apresentamos as principais boas práticas que podem ser usadas por empresas que desejam se destacar cada vez mais no mercado.
Boas práticas de varejo para empresas de alimentos e bebidas
Mesmo com todos os desafios da economia em 2023, ainda é possível transformar o cenário de crise em oportunidades para startups de alimentos e bebidas. Para isso, é importante seguir boas práticas de varejo e marketing, como as listadas abaixo e que podem fazer a diferença:
Fique de olho nos novos hábitos de consumo
A pandemia mudou radicalmente o comportamento dos consumidores brasileiros, que hoje realizam boa parte das suas compras de forma online, sem precisar sair de casa. Além disso, também vimos um aumento considerável na busca por mais qualidade de vida.
Portanto, uma das boas práticas indicadas é investir em produtos mais saudáveis, fornecendo ainda acesso fácil com venda por meio de aplicativos e, sempre que possível, experiências que fomentem a satisfação do cliente em consumir seu produto.
Adote práticas de consumo consciente
Considerado uma das tendências do novo comportamento dos consumidores brasileiros, o consumo consciente, também conhecido como “consumo verde”, tem ganhado cada vez mais espaço e exigido das empresas que invistam em práticas de ESG (Environmental, Social and Governance, ou “ambiental, social e governança”, em português).
Quando adota práticas sociais e sustentáveis, a empresa melhora sua visibilidade no mercado, garantindo retorno para sociedade, reduz os custos, engaja colaboradores, faz publicidade positiva, além de conquistar novos mercados e consumidores, inclusive aqueles mais exigentes que estão em busca de empresas conscientes.
Amplie e diversifique seus canais de venda
Ter um ponto de venda físico já foi um pré-requisito para comercializar alimentos e bebidas. Mas hoje, apesar de ainda terem sua relevância, são os canais digitais que estão contribuindo com o crescimento do ramo alimentício.
Os consumidores muitas vezes percorrem vários caminhos, seja físico ou online, antes de tomar uma decisão de compra, o que reforça a importância de ter uma página na internet, perfil nas redes sociais e, em muitos casos, um aplicativo de vendas.
Os marketplaces também estão entre as plataformas de vendas mais usadas hoje em dia. Não por acaso, segundo estudo feito pela fintech Ebanx, os dez sites que são mais acessados no Brasil e geram maior volume de negócios são marketplace.
Tenha competitividade logística
Se por um lado uma empresa de alimentos e bebidas deve diversificar seus canais para alcançar mais clientes, por outro precisa investir em competitividade logística pela mesma razão. De nada adianta aumentar o volume de vendas se o negócio não garantir uma entrega que seja eficiente, rápida e, se possível, com menor custo.
De acordo com pesquisa da CX Trends, 65% dos consumidores já desistiram de uma compra online por conta do frete alto e 44% desistiram por causa do prazo longo de entrega. Portanto, é imprescindível contar com uma boa estrutura e com soluções que além de ampliar sua cobertura logística, também aumentem sua competitividade.
Como desenvolver estratégias de marketing eficazes para sua startup?
Toda empresa que atinge um certo ponto de crescimento precisa buscar novas formas de lucro se quiser continuar ampliando seu negócio. Mas, além de ganhar novos clientes, expandir é uma forma de se posicionar e manter sua relevância no mercado, sobrevivendo à concorrência.
Como a indústria alimentícia é uma das mais diversificadas que existem, englobando grandes marcas, cadeias de restaurantes, lojas de fast-food, distribuidores, produtores, entre outros players, é fundamental investir em estratégias de marketing digital. Afinal, hoje boa parte dos consumidores escolhem sua comida usando um aplicativo ou site.
Ter um canal de venda digital não basta. Você precisa também de estratégias digitais como anúncios em vídeo, já que a comida geralmente atrai pelo visual; presença forte em redes sociais; ações com influenciadores; técnicas de SEO; e e-mail marketing.
Conclusão
O mercado alimentício segue aquecido no Brasil. Para sobreviver à competitividade do mercado, as startups de alimentos e bebidas devem investir em boas práticas de varejo e marketing.
Para atrair novos clientes e fidelizar os já existentes, as empresas devem ficar de olho no comportamento do consumidor, apostar no consumo consciente, adotar práticas ESG, aumentar os canais de vendas e fortalecer sua operação logística.
Além disso, as startups também precisam ampliar suas estratégias de marketing digital se não quiserem ficar para trás, já que o mercado de alimentos e bebidas é dinâmico e diversificado com a presença de vários players de todos os tamanhos.
