Quanto ganha o entregador do iFood? Conheça mitos e verdades

Saiba quais são os ganhos de quem trabalha como entregador aqui no iFood e mais detalhes sobre cálculo de valores, gorjetas e afins.

Desde a popularização do trabalho intermediado por plataformas digitais, muitas dúvidas começaram a surgir acerca do modelo de atuação desses profissionais e também sobre seus ganhos — com muita gente se perguntando quanto ganha o entregador do iFood, por exemplo.

A profissão de entregador iFood se tornou uma alternativa popular para quem busca uma fonte de renda flexível e autônoma. 

Seja como atividade principal ou complemento financeiro, muitos brasileiros têm encontrado no iFood uma oportunidade para trabalhar de forma independente. 

Por ser o delivery mais usado do Brasil e ter um grande número de entregadores parceiros cadastrados, o iFood busca constantemente esclarecer esse tema e debater mitos e verdades sobre os ganhos dos seus entregadores parceiros.

No artigo de hoje, vamos abordar quanto ganha um entregador iFood e mais uma série de tópicos relevantes nesse assunto: fatores que influenciam os ganhos, a dinâmica de trabalho, as taxas aplicadas e como a empresa tem contribuído para maximizar a renda dos entregadores.

Acompanhe abaixo e boa leitura.

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Quanto ganha um entregador do iFood?

Quando se fala no trabalho intermediado por plataformas, uma dúvida frequente é sobre quanto um entregador ganha por hora (ou por mês) — e a resposta não é simples, dada a natureza do trabalho. 

O tempo dedicado ao aplicativo varia muito: quanto mais os entregadores se engajam, mais recebem. Mas a pesquisa mais recente sobre o tema joga luz sobre sua remuneração média. 

Em abril de 2023, o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) divulgou a pesquisa “Mobilidade urbana e logística de entregas: um panorama sobre o trabalho de motoristas e entregadores com aplicativos”, que traz, entre outros dados, os ganhos médios dos entregadores. 

Para estimar essa renda, o Cebrap levou em conta dois cenários: um de uma jornada de 40 horas em entregas por semana, incluindo tempos ociosos de 10%, 20% e 30%, e outro de uma jornada de 20h, incluídas as mesmas margens de ociosidade.

Assim, a pesquisa estimou ganhos líquidos, ou seja, descontados os custos médios para se exercer a atividade (por exemplo, gasolina e manutenção):

  • Jornada de 20h semanais (abaixo da jornada tradicional de trabalho no país): de R$ 807 a R$ 1.325
  • Jornada de 40h semanais (mais próximo à jornada integral): de R$ 1.980 a R$ 3.039.

Confira mais detalhes no infográfico abaixo:

quanto ganha o entregador do ifood

Sobre esses valores, a head de Políticas Públicas do iFood, Debora Gershon, comenta: “É sempre muito difícil falar em ganho mensal nas plataformas digitais porque o trabalho não tem natureza recorrente”.

“O exercício feito pelo Cebrap, nesse sentido, é bastante interessante, porque parte das horas efetivamente trabalhadas nas plataformas e adiciona a elas uma espécie de tempo de espera para o recebimento de um pedido”, destaca.

Fatores que influenciam os ganhos

Para quem trabalha com aplicativos, o valor recebido não é fixo, pois os ganhos dos profissionais variam, entre outros fatores, conforme seu engajamento no trabalho, o que dificulta a percepção de ganho mensal. 

No caso dos entregadores, algo que precisa ser levado em conta é que a dedicação ao app não é sempre exclusiva: quase metade desses trabalhadores (48%) exerce outra atividade profissional concomitante à dos apps de delivery, segundo a mesma pesquisa Cebrap.

“Os ganhos dos entregadores estão atrelados às horas engajadas no aplicativo”, comenta também Debora. “Qualquer discussão que façamos sobre ganhos, e precisamos fazê-la, precisa considerar essa realidade do setor”.

A média aferida pela pesquisa Cebrap é de R$ 23 líquidos por hora trabalhada para 2023 — valor, inclusive, quatro vezes superior ao do salário mínimo por hora (R$ 5,50).

Ainda, como em qualquer área de trabalho, as próprias particularidades do setor também influenciam o valor final recebido, como:

  • localização geográfica: grandes centros urbanos geralmente têm maior demanda e melhores valores por entrega;
  • promoções e incentivos: o iFood também oferece bônus ou valores adicionais para entregadores em determinadas regiões ou períodos;
  • horários de trabalho: picos de demanda, como horários de almoço e jantar, oferecem mais oportunidades e, frequentemente, valores maiores;
  • gorjetas: a generosidade dos clientes também contribui para o valor total recebido.

Quanto trabalha um entregador de aplicativo?

Como começamos a discorrer nos tópicos acima, a jornada de trabalho de um entregador iFood é altamente flexível, permitindo que ele escolha os horários e dias em que deseja trabalhar.

Essa, inclusive, é uma das características do modelo de trabalho que mais agrada os profissionais, com 90% dos entregadores destacando a vantagem que é ter mais flexibilidade e autonomia sobre quantas horas por dia podem trabalhar.

No entanto, isso significa que os ganhos também dependem da dedicação de cada profissional.

Carga horária média

No Brasil, os entregadores trabalham, em média, de 13 a 17 horas (ou uma média de 3,3 dias) por semana. Essa também é outra das conclusões do estudo divulgado pelo Cebrap.

O número de horas trabalhadas varia porque, conforme mencionado, é calculado considerando também uma estimativa de tempo ocioso na plataforma, de 30% a 10% respectivamente — que seria o tempo em que o entregador está logado no aplicativo aguardando para receber um pedido. 

Confira essa explicação ilustrada no infográfico:

Quanto o entregador do iFood ganha no mês?

Impacto da demanda e flexibilidade

A dinâmica flexível da jornada de trabalho dos entregadores do iFood permite maior controle das horas de trabalho — e, como mencionamos, isso impacta os ganhos do profissional no final do mês.

Demandas em horários de pico, como no almoço, no jantar e nas entregas à noite nos finais de semana, ainda, geram rendas adicionais significativas, mas é somente se o entregador optar por trabalhar nessas faixas de horário.

Vale também reforçar o ponto destacado pela pesquisa Cebrap: o de que metade dos entregadores possui outro trabalho além de sua atuação com os aplicativos.

Ou seja: o arranjo de horas dedicadas ou não aos aplicativos, definido pelos entregadores em seu dia de trabalho, passa não apenas por outras atividades realizadas em conjunto com os aplicativos, como também outros trabalhos para os quais eles se dedicam.

O iFood cobra uma taxa do entregador?

Essa é uma dúvida comum quando o assunto é quanto ganha o entregador do iFood: e é mito. O iFood não cobra taxas dos entregadores que atuam na plataforma.

O iFood não fica com nenhum percentual do que o entregador ou a entregadora recebem para fazer a entrega. Os ganhos em cada rota são informados no app do entregador e vão 100% para eles.

Muita gente pode se confundir porque este é o modelo dos aplicativos de transporte, no qual se paga um valor pela corrida e a empresa fica com um percentual do valor que os motoristas recebem.

No iFood é diferente: a taxa de entrega que aparece no app para um cliente não é igual ao que o entregador ou a entregadora vão ganhar pelo serviço de delivery. 

Isso porque o ganho do entregador é calculado de acordo com a sua rota.

Esse cálculo se baseia principalmente em fatores como:

  • coleta: quantas vezes o entregador ou a entregadora fazem paradas para pegar um ou mais pedidos;
  • entrega: número de entregas feitas na mesma rota;
  • distância: quilômetros percorridos desde o aceite até a entrega final.

E tem mais: quando esse cálculo dá menos de R$ 6,50 ou R$ 1,50 por quilômetro rodado (os valores mínimos pagos por rota e quilometragem, respectivamente), o iFood completa a quantia para chegar a esses mínimos.

Como o iFood tem contribuído para maximizar a renda do entregador?

Ser uma plataforma intermediadora entre restaurantes, clientes e entregadores é apenas uma pequena parcela da atuação do iFood — que, no âmbito de suporte aos profissionais de entrega, sempre fornece recursos para que a jornada de trabalho seja mais rentável.

A empresa organiza promoções regionais que oferecem valores adicionais por entrega em áreas específicas.

Ainda, com parcerias com outras empresas e estabelecimentos, oferece ao entregador descontos em combustível, manutenção de veículos e seguros para reduzir custos operacionais.

E, além de gerar emprego e renda para milhares de brasileiros e buscar, contínua e ativamente, soluções para melhorar as condições de trabalho desses profissionais, o iFood também se preocupa com a segurança e bem-estar dos entregadores.

São medidas como:

  • central de apoio contra discriminação;
  • pontos de apoio e descanso para os entregadores;
  • descontos e seguros por meio do programa Delivery de Vantagens.

O iFood também acredita na educação como potencializador da renda desses profissionais: e, pensando nisso, oferece, por meio do Meu Diploma do Ensino Médio, preparação para que os entregadores façam a prova do ENCCEJA e obtenham seu certificado de conclusão do ensino médio.

Ainda, a assistência à saúde, um dos pilares do programa Delivery de Vantagens, também faz parte da jornada segura que o iFood proporciona aos entregadores e às entregadoras que atuam na plataforma.

Como o iFood faz o pagamento para o entregador?

Como o iFood paga o entregador?

Como mencionamos, o ganho do entregador iFood é obtido através da sua atuação, levando em conta os fatores apresentados acima, que impactam diretamente esses ganhos.

Na hora do repasse, é feito o cálculo que mencionamos para recebimento do valor de acordo com a rota percorrida, levando em conta informações de coleta, entrega e distância.

Vale reforçar que, além desses fatores, existem outros componentes adicionais na remuneração dos entregadores, como promoções e taxas por tempo de espera e entregas extras.

Confira mais detalhes no vídeo:

Como funcionam as gorjetas no iFood?

A gente já começa esclarecendo o mito de que o entregador não recebe 100% da gorjeta: o iFood não mexe nas gorjetas dos entregadores, e o valor enviado pelo cliente é repassado totalmente para o profissional.

O entregador ou a entregadora recebem as gorjetas por meio de uma transferência bancária, feita junto com o repasse referente às entregas realizadas.

E, se não aparecer no aplicativo a opção de dar gorjeta, não é bug, não: é porque só pode dar gorjeta pelo aplicativo para entregadores que estão cadastrados na plataforma do iFood.

Por isso, a opção de dar gorjeta não aparece se esse profissional trabalhar para o estabelecimento cadastrado no iFood. 

Hoje, mais de 60% dos pedidos são entregues nesse modelo, com entregadores de fora do iFood.

Para continuar acompanhando mais informações sobre a jornada de trabalho dos entregadores iFood, continue aqui no iFood News.

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