O impacto do iFood na economia brasileira vem crescendo nos últimos anos. Em 2023, as atividades da empresa movimentaram R$ 110,7 bilhões em diversos setores da cadeia produtiva nacional, o que corresponde a 0,55% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) sobre a importância socioeconômica da plataforma.
Essa representatividade cresceu em relação aos anos anteriores: em 2022, o iFood movimentava 0,53% do PIB, e em 2020, 0,43%. “A pesquisa Fipe mostra que nosso impacto também cresceu de forma consistente, indo além do food delivery, já que os novos negócios, como as verticais de Mercado e Farmácia, já representam mais de 6% do nosso efeito multiplicador”, comenta Diego Barreto, CEO do iFood.
O “efeito iFood” na economia brasileira é calculado pela Fipe levando em conta toda a cadeia de valor impactada pela atividade iniciada no app e o Valor Bruto da Produção, referente a tudo o que é produzido nos setores conectados às compras feitas na plataforma.
“O iFood é como uma engrenagem que ativa uma extensa cadeia de produção com as vendas realizadas na plataforma. Um pedido no aplicativo causa um efeito em cascata, que impacta a geração de postos de trabalho, a arrecadação de impostos e a atividade econômica em diversos setores da economia, como comércio, pecuária, agricultura e transporte”
Erica Diniz Oliveira, economista-chefe do iFood.
O que é o “efeito iFood”?
Quando alguém pede um hambúrguer no iFood, por exemplo, essa compra movimenta não só a hamburgueria, mas também todos os setores envolvidos na produção e no delivery – que vão desde a pecuária e agricultura até o combustível consumido na entrega.
Como o iFood é uma plataforma de intermediação da entrega de refeições e compras, esse valor de R$ 110,7 bilhões foi distribuído entre os diferentes segmentos envolvidos na cadeia de valor ativada pelos pedidos realizados no aplicativo em 2023, gerando trabalho e renda em diversas atividades econômicas – e não só para restaurantes, lojas e entregadores.
Por isso, o cálculo do “efeito iFood” na economia é feito levando em consideração esses fatores:
- Efeito inicial: valor gasto no pedido;
- Efeitos diretos e indiretos: impacto em todos os setores relacionados ao pedido (como pagamento dos funcionários da hamburgueria, produção agrícola dos insumos, combustível consumido no transporte e fabricação de embalagens para o delivery);
- Efeitos induzidos: consumo estimulado pelo aumento de renda de todas as pessoas impactadas ao longo da cadeia de valor movimentada a partir das trocas na plataforma.
Levando em conta esse efeito multiplicador, a pesquisa Fipe mostra que cada R$ 1.000 gastos em restaurantes e estabelecimentos que estão no app do iFood, outros R$ 1.390 são gerados na economia brasileira em setores como comércio, pecuária, agricultura e transporte. Além disso, a cada R$ 1.000 de impostos gerados em compras no app do iFood, outros R$ 1.119 são coletados no restante da cadeia.
O impacto do iFood na geração de postos de trabalho
O efeito iFood pode ser observado, também, na geração de postos de trabalho no Brasil. Em 2023, mais de 909 mil postos foram gerados – o correspondente a 0,91% da população ocupada. Para efeito de comparação, são mais pessoas do que todos os habitantes de capitais como Natal e Florianópolis.
Segundo a pesquisa, a cada 100 postos diretos de trabalho gerados pelas atividades econômicas relacionadas ao iFood, outros 67 postos adicionais foram criados no país de forma indireta ou induzida em 2023.
O impacto do iFood no número de postos de trabalho abertos em 2023 pode ser ainda maior, uma vez que a metodologia da Fipe considera um posto de trabalho cada jornada de oito horas de trabalho por dia. Por isso, postos de meio período são agrupados – ou seja, se um restaurante tem dois garçons e cada um trabalha quatro horas por dia, esses dois trabalhadores são contabilizados como um posto de trabalho na pesquisa.
Neste ano, a pesquisa Fipe traz uma novidade: a análise da geração de empregos em restaurantes parceiros da plataforma. Na média, um restaurante que passou a operar no iFood entre 2017 e 2020, gerou 7% mais postos de trabalho formais do que um estabelecimento semelhante fora do aplicativo. Em pequenos restaurantes, com até cinco funcionários, esse impacto foi ainda maior e chegou a 10,2% de incremento na geração de empregos.
“Quando comparamos os restaurantes que estavam na plataforma do iFood com um estabelecimento muito parecido, vimos que o ingresso na plataforma teve um impacto muito positivo para os restaurantes medido em geração de empregos”, explica Erica.
“O aumento das contratações pode ter sido causado para atender à demanda do delivery, por exemplo, ou porque o iFood deu visibilidade para esse restaurante e ele passou a ter mais movimento no salão e precisou de mais garçons ou de mais gente na área administrativa”, completa a economista-chefe do iFood.