Relatório da Prosus aponta futuro do trabalho na gig economy no Fórum Econômico Mundial

Iniciativas do iFood são mencionadas entre exemplos das melhores práticas das plataformas digitais para oferecer oportunidades e condições justas aos trabalhadores

O avanço da tecnologia vem transformando a gig economy no mundo. Como um novo impulso para o crescimento econômico, essa nova modalidade de trabalho cria mais oportunidades de renda, democratizando o acesso, especialmente para quem busca maior flexibilidade e autonomia. 

O amadurecimento desse ecossistema vem sendo debatido entre a sociedade, os reguladores e as empresas da Nova Economia, para equilibrar a flexibilidade – tão valorizada pelos trabalhadores da gig economy – com a responsabilidade de garantir sua dignidade e proteção social.

Essa discussão sobre como alinhar inovação tecnológica a justiça social e sustentabilidade econômica também se estendeu ao Fórum Econômico Mundial, realizado em janeiro na cidade de Davos (Suíça).

No evento, a Prosus (holding de investimento em empresas de tecnologia) apresentou o relatório “Livelihoods in a Digital World”, que mostra, com exemplos reais, como as plataformas digitais – entre elas, o iFood – estão colaborando para oferecer autonomia e proteção aos trabalhadores da gig economy ao redor do mundo.

O relatório da Prosus foi desenvolvido no âmbito da Good Work Alliance (GWA) – uma iniciativa global que reúne empresas internacionais de diversos setores para promover práticas justas, sustentáveis e inclusivas no ambiente de trabalho, em meio às transformações do mercado nos últimos anos. 

O documento traz exemplos de iniciativas das empresas nas quais a Prosus investe para oferecer oportunidades em cada um dos pilares norteadores da Good Work Alliance: progressão na carreira, educação, desenvolvimento de habilidades e segurança econômica. E, em uma perspectiva mais ampla, reflete sobre as melhores práticas das plataformas digitais para que a gig economy seja mais sustentável e inclusiva. 

O debate em Davos ocorre em meio a uma série de iniciativas internacionais para regular o trabalho por aplicativos no mundo. No Brasil, o setor vem defendendo uma regulação equilibrada em diálogos com o governo federal, o Congresso e representantes de trabalhadores. 

“O relatório da Prosus é um farol e uma oportunidade para que a sociedade e os reguladores conheçam casos e se inspirem rumo à construção de um modelo capaz de equilibrar a oferta de oportunidades com a proteção e a justiça social”, afirma Lucas Pittioni, vice-presidente de assuntos jurídicos do iFood. 

O que o iFood já está fazendo

O iFood foi a primeira empresa brasileira a se unir à Good Work Alliance, e é a única do país a ser mencionada no relatório. Algumas das iniciativas ressaltadas no documento são:

De acordo com o Relatório, o iFood se consolidou como um exemplo significativo no contexto brasileiro, promovendo práticas inovadoras e sustentáveis que contribuem para um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo. 

“Fazer parte da Good Work Alliance e ser citado como referência global em um relatório tão significativo é um grande orgulho para nós, reafirmando nosso compromisso com práticas sustentáveis e justas, alinhadas aos princípios da Alliance. Estamos empenhados em desenvolver soluções que promovam o bem-estar de todos que fazem parte desse ecossistema”, afirma Pittioni. “Nessa pauta, nosso convite é para que outras empresas brasileiras participem dessa movimentação proativa, para que juntos possamos subir a barra do setor.”

A Good Work Alliance convida outras empresas a se unir às discussões e contribuir para o desenvolvimento desses compromissos. O objetivo é, nos próximos 12 meses, cocriar uma carta com princípios e boas práticas que promovam um futuro mais justo e sustentável no trabalho digital.

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