Inteligência Artificial: conheça 6 robôs que foram para a cozinha

Receber na mesa uma refeição preparada por um robô já é realidade em alguns restaurantes; saiba como a tecnologia melhora a operação e a experiência do cliente.

Além fritar batatas, as máquinas ajudam a reduzir custos e desperdício; saiba como elas funcionam

Já pensou em pedir uma pizza, um hambúrguer ou uma refeição que foram totalmente feitos por um robô, sem (muita) ajuda de seres humanos na cozinha? Não precisa mais pensar: isso já está acontecendo.

Restaurantes, bares e até máquinas de venda estão combinando inteligência artificial, robótica e automação para melhorar a sua operação. Além de preparar a comida, os robôs ajudam a reduzir custos, diminuir o desperdício, ganhar produtividade, evitar a contaminação de comida e suprir a falta de mão de obra. 

E podem até fortalecer a relação com os clientes, pois os funcionários que são liberados dessas tarefas repetitivas podem se dedicar a fazer aquilo que as máquinas ainda não conseguem.

Quer saber o que os robôs estão fazendo na cozinha e no salão? Aqui vão alguns exemplos:

Comandando a chapa

Hambúrguer com batata frita é uma ótima combinação para quem come, mas nem tanto para quem prepara. O robô Flippy é um assistente de cozinha que se encarrega desse serviço: coloca a carne na chapa, vira na hora certa, põe no pão e ainda frita a batatinha para ficar crocante e sequinha. 

O Caliburguer, hamburgueria da Califórnia (Estados Unidos), acredita que com o robô a empresa vai melhorar os produtos que vende, diminuir o tempo de espera, garantir a segurança do alimento e liberar funcionários para se relacionar com os clientes.

Montando o hambúrguer

Pense na lógica da linha de montagem de um carro. Primeiro uma peça entra, depois outra, depois mais outra e lá no fim, o automóvel está pronto para rodar. Alex Vardakostas usa esse conceito para montar os hambúrgueres que oferece em sua loja, a Creator, também na Califórnia. Lá, a própria máquina seleciona e corta os pães, coloca os acompanhamentos e molhos, grelha a carne e corta os tomates e cebolas na hora (o que ele diz ser o toque especial do lanche). Os humanos só aparecem na hora de embalar o produto para o cliente levar.

Gerenciando os pedidos

No Spyce, um restaurante criado por alunos de engenharia mecânica da Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, quase todo o preparo dos pratos é feito por robôs. Uma equipe de humanos é responsável por preparar os ingredientes em uma outra cozinha e dar os toques finais do prato. Mas o “miolo” é todo de responsabilidade da máquina, que recebe o pedido feito por terminais de autoatendimento, escolhe os ingredientes e entrega o prato montado. Importante lembrar: a expertise culinária é humana e leva a assinatura do chef Daniel Boulud. O restaurante fez tanto sucesso que recentemente foi comprado pela cadeia de “fast-salad” Sweetgreen.

Preparando a pizza perfeita

Uma das coisas que se preza em uma pizza é o equilíbrio entre a quantidade de massa, molho e ingredientes que vão neste prato tão querido. Dois estabelecimentos nos Estados Unidos usam a tecnologia para tentar chegar ao match perfeito.

Na praça de alimentação da loja de departamentos Costco todo mundo pode ver o passo a passo da produção da pizza montada mezzo por humanos, mezzo pela máquina. Primeiro os funcionários pegam a massa; em vez de abri-la no rolo, colocam em uma máquina já configurada com a espessura desejada. Depois os humanos levam a redonda para outra máquina, que vai espalhar o molho de um jeito tão uniforme que traz até paz para os corações mais aflitos. E aí outra pessoa finaliza adicionando queijo e levando para o forno. Tudo rapidinho!

Uma empresa de tecnologia, Picnic, criou uma linha de montagem equipada com inteligência artificial capaz de produzir até 100 pizzas por hora. O sistema usa módulos que vão liberando os ingredientes (queijos, molhos, legumes fatiados, proteínas), em quantidades pré-especificadas, conforme a massa vai passando por eles. Todo o processo pode ser feito por uma única pessoa, responsável por reabastecer os módulos e finalizar o prato.

“Garçom, aqui nessa mesa de bytes…”

Para driblar a falta de mão de obra, um restaurante de comida chinesa do estado de Michigan (Estados Unidos) conta com dois robôs para fazer as funções de levar o pedido até a mesa dos consumidores: Bela e Hola. São como estantes rolantes, mas têm uma interface que lembra gatos. Inclusive, quem faz carinho até recebe um ronrom de volta.

Bela e Hola têm quatro bandejas, uma tela sensível ao toque e uma câmera infravermelha para navegar pelo salão do restaurante. Um ser humano carrega as bandejas com os pedidos, insere o número da mesa e os robôs levam a comida até os clientes. 

As funções de anotar pedidos, receber o pagamento, tirar dúvidas sobre o menu ou servir pratos com líquido quente ainda são realizadas pelos funcionários de carne e osso. “Pode derramar”, admitiu um garçom. 

Quem também ajuda na administração do salão de restaurantes é um robô feito pela companhia japonesa Smile Robotics que, além de servir, usa o seu braço robótico para levar de volta para a cozinha a louça suja utilizada pelos clientes.  

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