No dia 10 de novembro, chega ao final a primeira edição da Maratona Tech, uma espécie de gincana escolar para despertar o interesse dos jovens pela tecnologia. Mais de 80 mil alunos dos ensinos médio e fundamental participaram da maratona, vindos de 649 escolas, públicas ou privadas de 25 estados.
No final, a Maratona Tech vai premiar 222 pessoas com bolsas em tecnologia oferecidas por Gama Academy, Kenzie, Neps, Programadores do Amanhã e Teu Futuro.
As bolsas serão distribuídas às 150 pessoas que receberem medalha de ouro ou de prata e para as 72 que ficarem com as de bronze. Mentorias com profissionais do mercado também estão entre os prêmios.
A iniciativa é do Movimento Tech —plataforma de investimento social privado em educação que tem como objetivo capacitar e empregar pessoas na área da tecnologia— em parceria com a Associação Cactus. O iFood é um dos patrocinadores, com empresas e organizações como XP, Vtex, Arco Educação, Buser, Fundação Behring e Telles Foundation.
Nas duas primeiras fases da Maratona Tech (realizadas entre maio e setembro), os estudantes vivenciaram aulas com foco em profissões do futuro e pensamento computacional. Na segunda etapa do projeto, desenvolveram jogos relacionados às suas perspectivas para os próximos anos.
Os 50 professores vencedores receberão reconhecimento do projeto. E todos os participantes que completaram a segunda fase da Maratona Tech receberão um certificado digital.
Mas o que os jovens participantes acharam da experiência? O iFood News conversou com alguns dos participantes da Maratona Tech, e eles contaram quais foram as lições que vão levar desse aprendizado para suas vidas.
“Há muita coisa para aprender em tecnologia”
Ana Carolina dos Santos Silva, de 17 anos, é estudante de Ribeirão das Neves (MG), município próximo a Belo Horizonte. Ela conta que as aulas e os desafios propostos ao longo do programa trouxeram grandes ganhos para duas de suas competências: a de pensamento lógico e a de organização.
“Tivemos que montar estratégias bem definidas em grupo para entregar os projetos dentro dos prazos estabelecidos”, afirma. Ela gostou de ter conhecido “muita gente nova”. E também disse que a Maratona Tech “aguçou seu potencial de criar jogos”.
Agora, Ana diz que pretende seguir na área de programação. Nessa trajetória, ela quer levar também muita orientação para outros jovens. “Há muita coisa para aprender em tecnologia”, afirma. “Não adianta querer estudar tudo de uma vez. É preciso ter calma, objetivo e foco.”
Foco na robótica e na programação
Essa também foi uma das principais lições que Rafaela Valentina Kage, estudante de 15 anos de Valinhos (SP), tirou de sua participação na Maratona Tech. “Tudo na vida deve ser conquistado em etapas”, diz.
Rafaela lembra que começou a se interessar pela área de exatas com objetivos grandiosos. “Queria descobrir algo para ajudar o mundo e ser reconhecida por isso, como a cientista polonesa Marie Curie, que pesquisou a radioatividade e ganhou dois prêmios Nobel.”
Mas, para percorrer uma maratona de vida como a que Marie Curie encarou, é preciso muita paciência, dedicação e perseverança. E reconhecer que tudo tem seu tempo.
O passo dado por ela na Maratona Tech foi o de tentar chegar ao melhor resultado possível na construção de um jogo. Em sua avaliação, foi extremamente gratificante ter contribuído para a criação de algo. Outros desafios estão em seu radar: está estudando robótica e deseja seguir firme na trilha da programação.
Despertar motivações como essas é o objetivo da Maratona Tech. “Quando a gente pensa em tecnologia, vem logo a palavra futuro à cabeça. Só que pouca gente pensa nas pessoas”, afirma Gustavo Vitti, VP de Pessoas e Sustentabilidade do iFood.
“Queremos que todos tenham conhecimento em tecnologia para conseguirem melhores oportunidades. Isso começa nas escolas. É assim que vamos dar novo sentido à velha promessa de viver em um país do futuro.”