Por trás de um simples clique para fazer um pedido de delivery de refeição ou de compras no aplicativo, existe um sofisticado modelo de tecnologia e negócio no iFood.
Isso porque a empresa é uma plataforma digital que conecta três públicos distintos: os clientes, os entregadores e os restaurantes e demais parceiros do varejo (que vendem itens de mercado, de conveniência, de farmácia e para pets).
O aplicativo do iFood funciona como um canal de vendas adicional às operações habituais dos parceiros, mas não o único. Os restaurantes, por exemplo, podem vender por meio do Cardápio Digital, uma plataforma integrada ao iFood, na qual o menu é digitalizado e vira um link ou QR Code que o estabelecimento pode divulgar em seus canais (saiba mais no quadro abaixo).
Outro ponto importante do modelo de negócio do iFood é que nem todas as entregas são feitas por entregadores cadastrados na plataforma da empresa. Na verdade, a maioria delas (61% dos pedidos em 2022) é realizada pelos restaurantes e estabelecimentos parceiros, que são responsáveis pela gestão dos entregadores e definem o preço do frete.
Essa é modalidade Marketplace, uma das maneiras de organizar como as entregas são feitas no app do iFood. Na Marketplace, os parceiros contratam os serviços do iFood para expor o seu estabelecimento na plataforma. Dessa forma, eles ficam responsáveis pela logística de entrega (saiba mais no quadro ao final deste texto).
A outra modalidade existente é a Full Service, ou Entrega Parceira, que abrangeu uma fatia de 39% dos pedidos em 2022. Nela, a inteligência logística é operada pelo iFood para que entregadores conectados à plataforma (entregadores parceiros) realizem as atividades de entrega.
Nesse caso, a empresa utiliza seus sistemas e sua inteligência para calcular o tempo de entrega e a alocação dos entregadores disponíveis, por exemplo.
Entregadores OL e nuvem
Para fazer as entregas de maneira ágil e eficiente, há duas categorias de entregadores que operam com o iFood: nuvem (entregadores autônomos) ou OL (sigla para Operador Logístico). Essas modalidades se complementam para que a demanda seja suprida, oferecendo a melhor experiência para os clientes e os restaurantes.
Os entregadores e as entregadoras nuvem trabalham de forma independente e flexível, pois podem fazer as entregas nos horários e nos lugares que desejarem. Além disso, todos podem trabalhar para outros aplicativos ou empresas.
Já os OL são empresas com expertise em logística e, via de regra, realizam as atividades de entrega em locais específicos (como shoppings) e em horários determinados (como os de alta demanda). Cabe aos OLs o relacionamento com os entregadores que fazem parte de sua frota, incluindo, a definição dos repasses que eles têm a receber.