Feira no app: o novo hábito que está cativando os brasileiros

Na pandemia, mais brasileiros passaram a fazer feira e supermercado online. Saiba como apps e varejo se transformaram para garantir a qualidade dos alimentos.

Os brasileiros estão tomando gosto por comer mais alimentos naturais no dia a dia. Durante a pandemia, a frequência de consumo de frutas, hortaliças e feijão aumentou de 40,2% para 44,6%, segundo os resultados iniciais do Estudo Nutrinet, que acompanha os hábitos alimentares no país e é realizado pela USP (Universidade de São Paulo).

O último dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirma essa tendência: entre 2017 e 2018, a porcentagem da população que coloca esses alimentos no cardápio passou de 16% para 21,4%.

E muitas pessoas estão começando a fazer a tradicional feira da semana sem sair de casa. No iFood Mercado, por exemplo, a categoria de hortifruti cresceu 881% em setembro de 2021 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em 2021, mais de 128 milhões de itens de feira já foram pedidos no app.

No geral, a categoria supermercado e hortifruti já é a segunda preferida de quem faz compras online: 65% dos entrevistados na pesquisa “Jornada Omnichannel e o Futuro do Varejo”, da consultoria Social Miner, disseram comprar alimentos virtualmente. E 29% pretendem seguir comprando tanto online como na loja física daqui por diante (um número que ficava na média de 13% antes da pandemia).

A praticidade foi um dos motivos que levou a enfermeira Mayara Morale a passar a fazer feira via aplicativo. “Com a pandemia, o home office e um bebê em casa, minha rotina precisou mudar. Era impossível sair sozinha com o bebê de um lado e a sacola do outro, tendo que escolher os itens, pagar etc… um caos! Fazer escolhas no app durante a soneca do meu filho e receber tudo em casa, no horário agendado, facilita muito”, comenta.

“Não por acaso, os apps criam, cada vez mais, novos hábitos de consumo. Hoje, ao andar pelas feiras de rua, já vemos plaquinhas com os dizeres ‘peça pelo app’ e caixas destinadas à separação dos itens para entrega”, comenta Fatima Bana, mestre em comportamento de consumo digital e CEO da consultoria Rent a CMO.

Segundo ela, a novidade já era prevista pelo mercado e foi acelerada por conta da pandemia. “Em uma pesquisa recente, verificamos que a comodidade e o ganho de tempo proporcionados pelos app são sensações únicas e com impacto direto sobre o novo hábito de consumo, que veio para ficar ”.

Atualmente, a plataforma do iFood conta com mais de 33 mil parceiros do iFood Mercado em mais de 908 municípios. “Além de ter acesso a uma ampla gama de estabelecimentos, o usuário ainda tem a possibilidade de economizar, com ofertas, cupons e entrega grátis em promoções do dia”, explica Mairá Mendonça, gerente de Marketing e Parcerias do iFood Mercado.

Como é feita a escolha dos alimentos?

Se a seleção dos alimentos é uma preocupação do consumidor, a realidade é que essa seleção acontece de forma criteriosa: frutas, legumes e verduras chegam fresquinhos à casa do comprador. “Eles sabem escolher melhor do que eu. Assim, a gente come melhor e o bebê também”, comenta Mayara.

“A comodidade, rapidez e praticidade do app são fatores decisivos, claro. Mas a qualidade da entrega também é fundamental para o consumidor, que espera que os produtos cheguem com a mesma qualidade da compra que ele faria presencialmente. Por isso, o cuidado na seleção e na entrega também são pontos de atenção redobrados na operação do iFood e seus parceiros”, explica Mairá.

O dia a dia no mercado

Os varejistas acompanham essa transformação digital – e também de hábitos de consumo. Por exemplo: no Natural da Terra, que tem 76 lojas em 4 estados (RJ, SP, MG e ES), os pedidos digitais respondem por 16% do faturamento. Parceira do iFood Mercado, a rede quer atingir a marca de 20% a 25% das vendas em canais digitais no quarto trimestre de 2021. “Temos de 150 mil a 200 mil pedidos por mês no ambiente online, com um tíquete médio que hoje já é mais do que o dobro das lojas físicas”, diz Fábio Amorim, diretor de marketing da rede.

Para o Natural da Terra, os pedidos online ainda trazem outra vantagem: ao oferecer o serviço na palma da mão do comprador, é possível chegar a públicos que, presencialmente, talvez estivessem fora de seu raio de atuação. “As lojas conseguem aumentar o diâmetro de atuação de uma determinada área em até 8 vezes. Além disso, com os recursos do ambiente digital, o estabelecimento pode sistematizar, saber o que cada cliente compra mais e oferecer promoções personalizadas, por exemplo”, aponta Fatima.

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