O que é gig economy e seu impacto no mercado de trabalho
Conheça essa modalidade de trabalho, que ganha popularidade na Nova Economia
Com o avanço das novas maneiras de trabalhar e as mudanças trazidas pela Nova Economia, surge a gig economy. Nesse ambiente, os profissionais oferecem seus serviços por meio de plataformas digitais, nas quais prevalecem os contratos flexíveis, ocasionais e não permanentes.
O interesse de empresas e trabalhadores pela gig economy cresceu simultaneamente ao avanço da era digital nos últimos anos. Alguns dos profissionais que já trabalham no modelo são professores, motoristas, entregadores e, publicitários entre outros.
Um exemplo: 31% dos trabalhadores no setor de transporte, armazenagem e correio trabalham nessa modalidade, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em outubro de 2021. Ainda de acordo com o instituto, a ascensão das plataformas de aplicativos para entregas de mercadorias foi um dos principais facilitadores para a realização de mais contratações de curto prazo.
Outro setor que ganhou força com a gig economy foi o de transporte de passageiros. Devido à pandemia de Covid-19, 1,1 milhão de pessoas ocupadas em transporte de passageiros atuavam por conta própria no primeiro semestre de 2021, um valor 37% superior ao do início da série, em 2016.
Uma das principais características da gig economy é a possibilidade da comunicação e da contratação por meios digitais —as plataformas. Antes, para contratar um serviço temporário ou de curta duração, era necessário entrar em contato com os profissionais por telefone ou ir pessoalmente a determinados locais. Hoje é muito mais fácil contratar esses profissionais e seus serviços de qualquer lugar do mundo.
Mitos e Verdades da gig economy
1 – Esse nome é inspirado nas bandas de jazz
VERDADE. O termo apareceu pela primeira vez no começo do século 20, quando os membros das bandas de jazz começaram a usar o termo gig (abreviação de gigante) para se referir às apresentações. Isso porque eles eram parte de uma das poucas categorias que tinham flexibilidade de horários.
2 – Os profissionais só fazem bicos na gig economy
MITO. Os trabalhadores que optam por essa modalidade têm interesses heterogêneos. Alguns prestam serviços por meio de plataformas digitais para complementar a renda, enquanto outros têm nesse tipo de trabalho a sua principal fonte de renda.
3 – A geração Y é uma das mais presentes na gig economy
VERDADE. Para muitos profissionais que estão entre os 18 e 35 anos, uma vontade comum é deixar o trabalho convencional. A flexibilidade e o trabalho remoto são aspectos que despertam a atenção dos chamados millennials.
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