Muita gente se pergunta o que é educação inclusiva e por que esse tema tem sido mais debatido nos últimos tempos. Esse conceito, na verdade, resume um direito básico de todos: o direito ao ensino.
Para garantir esse acesso, porém, é preciso assegurar a igualdade de oportunidades contemplando diversidades étnicas, sociais, culturais, de gênero, físicas, sensoriais e intelectuais dos seres humanos.
Por isso, um dos maiores desafios da educação inclusiva é o da integração dos estudantes que têm necessidades especiais em escolas regulares.
De acordo com essa abordagem humanística, todos os alunos e alunas têm suas particularidades, e elas devem ser consideradas como diversidade, e não como problema.
O ponto principal da educação inclusiva é possibilitar que todos os estudantes desenvolvam ao máximo suas potencialidades. Assim, poderão se tornar pessoas ativas na economia e na sociedade.
Para tanto, o sistema de aprendizagem deve prezar pela autonomia e pela valorização de todos e todas que frequentam o ambiente escolar.
Atingir esse resultado só é possível com a quebra de barreiras de aprendizado que dizem respeito não apenas à acessibilidade física nos ambientes escolares.
Os obstáculos muitas vezes estão nas atitudes das pessoas. Ou em metodologias de ensino que não preveem as diferenças entre os perfis dos estudantes.
Foco na educação básica
O Plano Nacional de Educação (PNE), lei nº 13.005/2014, apresenta entre 10 metas para o desenvolvimento do país ao longo de dez anos uma que se refere especificamente à educação inclusiva.
Trata-se da meta número quatro. Ela estabelece que “o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado” deve ser universalizado para “a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”.
Ainda segundo o texto do plano, isso deve ser feito “com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados”.
O papel das empresas na educação inclusiva
As empresas também têm um papel importante no incentivo a uma educação mais inclusiva. Afinal, na medida em que as companhias acenam com políticas de inclusão de populações diversas em seus quadros, ajudam a disseminar e sedimentar essa cultura inclusiva também no campo educacional.
A própria atuação mais direta das empresas em práticas educacionais, como ao conceder bolsas de estudo para grupos específicos, também funciona como um mecanismo de construção de um meio mais igualitário.
No iFood, por exemplo, uma das metas em educação é justamente proporcionar mais oportunidades para grupos que hoje são sub-representados na área de tecnologia. Assim, temos mulheres e pessoas negras ou de baixa renda, por exemplo.
Para isso, uma de suas metas em educação é formar e empregar 25 mil pessoas de públicos sub-representados em tecnologia, contribuindo para a redução do apagão tecnológico no Brasil.
Um de seus principais programas em educação, o Potência Tech, oferece bolsas para cursos em tecnologia e divulga vagas de emprego focando nos grupos sub-representados. Esse foco inclui homens transexuais, mulheres (cis ou trans), e pessoas negras, indígenas, LGBTQIAP+ ou com deficiência.
Em seu primeiro ano de atuação, o Potência Tech recebeu mais de 32 mil inscrições, das quais 96% vieram de grupos sub-representados.
No nível da educação básica, o iFood lançou em 2022 o Maratona Tech, uma espécie de gincana escolar de tecnologia para alunos do nono ano e do ensino médio. Mais de 80 mil estudantes participaram; além da competição, eles puderam desenvolver o raciocínio lógico e o pensamento computacional.