Saiba como a pipoca virou um estrondoso sucesso gastronômico

Ela começou como um milho estourando, e hoje tem sabores inusitados, como caramelada com vinho e paçoca

Seu sucesso é um verdadeiro estouro em momentos festivos e, em especial, nas salas de cinema. E sua história, por si só, daria um belo filme. Estamos nos referindo à pipoca, esse delicioso petisco feito de grãos de milho que estouram quando aquecidos.

A pipoca atravessou os tempos e ganhou novas caras e novos sabores. Hoje em dia, são muitos os “efeitos especiais” que fazem dela um quitute gourmet, salgado ou doce.

Entre as novas receitas, tem pipoca caramelada com vinho. Com leite em pó e chocolate branco. Pode ser feita também com Nutella ou Ovomaltine. 

As novidades chegaram até ao app do iFood, onde tem pipoca de lemon pepper (tempero à base de pimenta e limão), de Ninho com Nutella, de paçoca, de abacaxi —e até pipoca doce de cinema.

A criatividade dos enredos é ilimitada. E inclui ainda coadjuvantes como churros, paçoca, morango, amendoim, leite condensado, limão, coentro, azeite de dendê e bacon.

Mas voltemos ao roteiro básico e à estrela deste espetáculo: a pipoca. As primeiras referências a ela precedem em milênios o nascimento do próprio cinema.

Os primeiros vestígios arqueológicos

Em 1948 e 1950, pesquisadores descobriram vestígios arqueológicos da pipoca no centro-oeste do estado americano do Novo México, em um local chamado Bat Cave.

Não, não se trata da caverna do Batman. Porém, o fato é que esses resquícios de pipoca encontrados datariam de 3.600 anos antes de Cristo. Isso significa que alguém já estava fazendo pipoca 5.600 anos atrás.

Porém, um rastreamento mais bem documentado da iguaria aponta para seu consumo há cerca de 2.000 anos.

Nessa época, colonizadores da América se depararam com a pipoca como um tipo de alimento consumido pelos indígenas. Mas não só. Entre os povos originários do continente, o milho estourado também era usado como enfeite de cabelo.

Como a pipoca estoura? 

Percebemos que a sofisticação da pipoca já é coisa antiga. Sua forma de preparo, no entanto, mudou bastante desde os primórdios, quando as espigas de milho eram colocadas inteiras sobre o fogo.

A prática evoluiu para o aquecimento dos grãos sobre as brasas e, mais tarde, para o cozimento em panelas de barro com areia quente.

O estouro acontece por conta da ebulição da água que fica dentro do grão. Ao ser aquecida, ela se transforma em vapor. Este exerce pressão na casca, junto com a dilatação do próprio amido que, de sólido, passa a ser gelatinoso com o aquecimento.

Por sinal, o milho usado para fazer pipoca é bem específico. As espigas são menores e os grãos, pequenos, contendo amido duro ou cristalino.

Pipoca moderna

Ao longo do tempo, esse simples fenômeno físico se expandiu e virou um hábito em diversos países. E a pipoca se tornou uma companheira prática e saborosa não só em cinemas, mas também parques, circos, praças e eventos esportivos.

Em muito contribuiu para essa amplitude a invenção do carrinho de pipoca. Um dos primeiros de que se tem notícia foi desenvolvido por Charles Cretors em Chicago, nos idos dos anos 1880.

A pipoca vai muito bem em casa também. À frente da TV, tornou-se um clássico, sobretudo com o advento do micro-ondas. Ela pode inclusive ser pedida pelo delivery do iFood.

E tem a sua data comemorativa: o Dia da Pipoca, celebrado em 11 de março. Ela merece esse reconhecimento. Afinal, não é toda guloseima que dá tantos saltos através de séculos sem perder a sua essência: a de um alimento que, acima de tudo, está associado a bons momentos.

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