Pesquisa aponta como podemos mudar nossos hábitos
de consumo para frear o aquecimento global
Sabe aquela roupa que você compra por impulso? Se você resistir a essa tentação e não levar a peça pra casa, pode ajudar a reduzir em 64% as emissões de gases do efeito estufa até 2050. Comprar menos itens de vestuário, aliás, é a mais importante das seis atitudes listadas pelo movimento Take the Jump para quem quer mudar seus hábitos de consumo para frear essas emissões.
O movimento se baseia em uma pesquisa realizada pela Universidade de Leeds (Inglaterra) em parceria com a ONG C40 Cities Climate Leadership Group e a consultoria Arup. Seu objetivo é determinar onde e como as emissões globais devem ser reduzidas para garantir que o aquecimento global seja mantido em níveis seguros (ou seja, um aumento médio de temperatura da Terra que seja abaixo de 1,5oC por ano).
Os pesquisadores reconhecem que governos e empresas ainda têm uma responsabilidade maior na redução das emissões, pois podem redefinir as matrizes de energia e as cadeias de suprimentos. Mas eles ressaltam que existe um potencial significativo para as pessoas reduzirem as emissões ao adotar um consumo mais consciente —especialmente nos países mais ricos. E os seis passos para isso são:
Otimizar os eletrônicos
Estender a vida útil dos eletrônicos para ao menos sete anos é uma atitude que poderia reduzir as emissões em um terço até 2050.
Comer de maneira equilibrada
Manter hábitos saudáveis de alimentação, com uma dieta rica em vegetais e com menos carne, já cortaria as emissões em 45% em 28 anos. Ao eliminar o desperdício de comida, o número chega a 60%.
Comprar menos roupa
O ideal seria limitar a compra de vestuário a três peças por ano (consegue?). Só isso já baixaria o volume de emissões em 64% até 2050.
Deixar o carro de lado
Aqui a sugestão é apostar nos modais não poluentes e deixar o carro na garagem o máximo possível, evitando usar o veículo para o transporte individual. Com isso, a redução das emissões seria de 31% até 2015.
Pensar em férias sem avião
O ideal, segundo a pesquisa, seria pegar um voo curto a cada três anos. Voo longo, então, só um a cada oito anos. Se o número de voos for reduzido no mundo, as emissões caem 31% até 2050.
Mudar ao menos um hábito
Por fim, a organização pede para as pessoas abraçarem ao menos uma dessas mudanças de hábito para dar uma chacoalhada no sistema e incentivar a mudança em larga escala.
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