Geração solar já é a terceira maior fonte de energia do país

Eletricidade vinda de placas solares supera a originada em termelétricas na matriz brasileira graças à produção em casas e no comércio

Em agosto de 2022, três fontes de energia renovável passaram a ocupar o top 3 da matriz elétrica brasileira (conjunto de fontes para produção de eletricidade). Ao atingir a marca de 17 GW de potência instalada, a energia solar desbancou as termelétricas movidas a gás natural e biomassa e agora fica atrás apenas da hidrelétrica e eólica, aponta a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

De acordo com a entidade, esses 17 GW gerados levam em consideração a produção de energia em grandes usinas e em residências e pequenos negócios, como restaurantes. A potência instalada de fonte solar dos segmentos geração centralizada (GC) e distribuída (GD) correspondem a 8,4% da matriz elétrica brasileira. Aliás, são os representantes da GD os responsáveis por esse desempenho.

Geração distribuída é o termo utilizado para se referir à energia que é produzida perto ou no mesmo local onde é consumida. Os painéis solares em casas, comércios e propriedades rurais que optaram por gerar a sua própria energia para diminuir os custos, respondem por 11,9 dos 17 GW de potência instalada. O restante entra na conta das usinas solares de grande porte. De acordo com o Canal Solar, a tecnologia solar é a mais utilizada nas conexões de geração própria do país, chegando a 98% dos casos.

Essa potência instalada “caseira” é quase a mesma da Usina Hidrelétrica de Itaipu (14 GW). Segundo artigo da revista Exame, a fonte solar como um todo deve dobrar a capacidade da maior usina hidrelétrica do país em fevereiro de 2023. Desde o segundo mês de 2022, a energia fotovoltaica cresce 1 GW por mês. Ao final de 2022, estima a Absolar, a capacidade instalada será de 25 GW.

“A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, disse Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar, à Exame. 

Segundo a entidade, graças ao aumento da participação da energia solar na matriz elétrica, cerca de 25,5 milhões de toneladas de CO2, decorrentes da operação de geração de energia elétrica, deixaram de ser emitidos na atmosfera. 

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