O futuro do trabalho está menos previsível depois da pandemia. Tudo mudou depois que as pessoas passaram a trabalhar de casa. Agora, precisam lidar com a readaptação ao presencial e os efeitos da crise econômica provocada pela Covid-19.
Em paralelo, temas como diversidade e preservação ambiental dominam cada vez mais os discursos corporativos.
Em meio a tantas transformações, a fundadora da consultoria de recursos humanos Future Forward Strategies, Angela Jackson, que também é palestrante sobre empreendedorismo e inovação na Universidade Harvard, apontou 5 tendências para o futuro do trabalho em um artigo para a Fast Company.
Confira a seguir o que a especialista espera para a vida no escritório – “caseiro” ou não – já para 2023 e além.
1 – Avanço da gig economy
A gig economy segue em alta com sua oferta de trabalho sob demanda. Se os empregos em tempo integral escassearam, uma alternativa para compor a renda dos trabalhadores passa a ser a da contratação para um projeto específico ou uma missão pontual.
Mesmo profissões mais tradicionais, como as de enfermagem e advocacia, têm adotado o formato em maior escala nos Estados Unidos. Angela arrisca dizer que a força de trabalho por demanda será maior que a por tempo integral já em 2027.
O que é ter sucesso no trabalho? As novas gerações têm redefinido esse conceito. Assim, os mais jovens passam a valorizar muito mais a flexibilidade e o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.
Também querem realizar funções com propósito e não miram apenas ganhos financeiros.
De sua parte, as empresas se veem obrigadas a acompanhar esses movimentos. Os talentos do mercado buscam vagas em corporações cujos valores coincidem com os seus. E que estão focados em “fazer a coisa certa”, o que significa preocupar-se com questões ligadas à inclusão e às mudanças climáticas, por exemplo.
3 – Cardápio variado de benefícios
Será que quem trabalha de casa não prefere que parte do que recebe em auxílio-transporte seja convertida em pacote para a sua internet?
Esse tipo de flexibilidade passa a ser visado tanto por empregadores como por colaboradores. Afinal, as necessidades entre diferentes perfis de trabalhadores tornam-se cada vez mais variadas.
Notebook, celular e apoio psicológico estão entre as modalidades que ganham relevância como benefícios oferecidos aos profissionais.
4 – Mais diversidade e inclusão
Três quartos dos funcionários e candidatos a vagas de emprego afirmam que uma força de trabalho diversa é um fator fundamental para escolherem uma empresa para atuar profissionalmente, segundo Angela Jackson.
Esse viés de pensamento tem sido adotado por líderes e estratégias organizacionais. Nas empresas, tais propósitos passaram a ser tratados sob a sigla DEI – Diversidade, Equidade e Inclusão.
O iFood apresentou em 2021 metas de diversidade relacionadas a mulheres e pessoas negras. Elas incluem ter 50% de mulheres e 30% de pessoas negras na liderança e 40% de pessoas negras no quadro geral de funcionários.
5 – Empregadores como portas para a educação
As necessidades de aprendizado de uma força de trabalho em rápida evolução nem sempre são supridas por faculdades e universidades.
Dessa maneira, os empregadores preenchem lacunas na formação dos profissionais, aprimorando e requalificando seus quadros por meio de benefícios como o de bolsas para cursos de especialização.