Tem muito amor nessas bags: conheça o Casal iFood

Motores e corações acelerados turbinam a história de Henrique e Edilaine Tunin, que aquecem a relação cruzando olhares nos restaurantes do delivery

Ah, são tantos os caminhos que o amor percorre. E ele muitas vezes escolhe diferentes meios de locomoção para chegar aos seus destinos. No caso do Henrique, de 44 anos, e da Edilaine Aparecida Tunin, de 39, podemos dizer que as rotas de entrega do delivery têm tudo a ver com as trilhas da união entre ambos. Afinal, os dois formam o Casal iFood.

“Foi uma vizinha que nos deu esse apelido ao nos ver emparelhados nas motos e com as bags do iFood”, conta Edilaine. Ela e o Henrique moram e fazem entregas em Jundiaí, no interior de São Paulo.

Mas calma, que precisamos voltar um pouco nessa estrada pra contar melhor a história sem queimar a largada.

Aceleramos, então, no tempo, rumo a 2009. Naquele ano, o Henrique trabalhava dirigindo carreta. A Edilaine já era funcionária da rodoviária de Jundiaí, onde é balconista até hoje.

Tudo começou em um sábado. Uma colega de trabalho na rodoviária convidou Edilaine para ver um grupo de rapazes que ia andar de carrinho de rolimã naquela tarde.

Sim, era esse mesmo o programa: assistir às pilotagens de uma turma a bordo de seus carrinhos de brinquedo, em um loteamento que estava sendo construído na região.

“Eu não estava muito animada, tinha acordado às quatro e meia da manhã e já eram duas e meia da tarde quando veio o convite”, recorda Edilaine. “Mas resolvi pegar o meu filho Gabriel, que tinha um ano e seis meses de idade, pra irmos assistir às corridas de carrinhos de rolimã.”

Henrique explica que, naquela tarde, ele, amigos e primos resolveram aproveitar que o asfalto do loteamento estava novo. “Meu primos tinham feito o serviço de terraplanagem ali”, ressalta. “Lembro que levamos os carrinhos de rolimã pra lá em caminhões.”

A memória de Edilaine puxa as imagens dos homens descarregando seus brinquedos, em um alvoroço de movimentos e diversão.

A certa altura, um dos rapazes se aproximou dela. Puxou conversa. E logo começou a brincar com o pequeno Gabriel, que, segundo a mãe, “não ia com ninguém”.

Mas com aquele rapaz ele foi. Era o Henrique, que logo estava colocando o menino a bordo de um trator que por ali se encontrava, trazendo para esta narrativa mais um tipo de veículo.

Motores do destino

No mesmo dia, Henrique e Edilaine combinaram de sair para jantar. “Ela quis comer hot-dog”, relembra ele. “Eu adoro”, confirma sua companheira. “Desde então, não nos separamos mais”, frisa o marido, orgulhoso.

De lá para cá, o romance foi turbinado por alguns motores do destino – e de escolhas que ele proporcionou ao Casal iFood.

Em um acidente com a carreta, Henrique quebrou um osso da mão. Duas cirurgias foram necessárias, e ele acabou não retomando a atividade de condução daquele veículo.

Passou, então, a ser vigia de rua no bairro onde mora, a Vila Santa Maria. Faz a ronda de moto, durante a noite. Em março deste ano, decidiu complementar o orçamento com o trabalho no delivery.

Não demorou muito para que a empolgação do marido com a iniciativa contagiasse a mulher, que já tinha a sua moto para se deslocar até o trabalho na rodoviária, por ser um modal mais ágil no trânsito. “Com ela, posso sair um pouco mais tarde de casa e não tenho que acordar tão cedo”, confabula Edilaine.

Assim, sobretudo em seus dias de folga na rodoviária, onde é contratada pelo regime de 12 horas trabalhadas por 36 horas de descanso, ela também começou a fazer entregas pelo iFood.

Rotas de flerte

Por sinal, não são só as vias que se cruzam pela cidade de Jundiaí nos dias em que Henrique e Edilaine se dedicam ao delivery nos mesmos horários. Os olhares dos dois também se encontram, eventualmente, enquanto buscam pedidos nos restaurantes.

Esses momentos fugazes de flerte são mais que bem-vindos. Afinal, há dias da semana em que ambos mal se veem mesmo no ambiente doméstico.

“Quando trabalha na rodoviária, ela sai de casa às cinco e meia da manhã e volta e chega às cinco da tarde, e eu saio às seis da tarde para o trabalho de vigia e só retorno às cinco da manhã”, relata Henrique.

Para arrematar esta narrativa sobre o Casal iFood, mais um tempero propiciado pelas veredas do destino: Edilaine já buscou pedidos no mesmo estabelecimento de hot-dog em que comeu com Henrique no primeiro encontro.

Para o jantar do casal no Dia dos Namorados deste ano – comemorado por aqui em 12 de junho, uma data para a ocasião tão brasileira quanto o iFood –, ela sinaliza que o cardápio pode mudar, mas não entrega qual vai ser.

Ah, e uma informação pra lá de amorosa: além do Gabriel, que já está com 15 anos e é chamado pelo Henrique de “filho do coração”, o Casal iFood tem a Bianca, que está com 12 anos.

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