O papel dos robôs no futuro do trabalho

Especialistas comentam como será o futuro do trabalho em um cenário com maior uso de robôs e de outras tecnologias inteligentes.

Especialistas comentam como o uso da tecnologia e de máquinas inteligentes transformará os empregos daqui por diante

Pode parecer controverso, mas quanto mais máquinas existirem entre a força de trabalho, mais ele deve ser humanizado. É o que apontam especialistas ouvidos pelo iFood News.

A automação é um caminho sem volta, segundo Luiz Fernando Barosa, consultor da consultoria empresarial Deloitte. Os dados confirmam: 70% das empresas já usam (ou avaliam usar) tecnologias novas em seus processos, mas só 12% colocaram máquinas para fazer trabalhos que antes eram feitos por pessoas, segundo a pesquisa Global Human Capital Trends Deloitte 2020.

“A tecnologia não veio para ‘roubar’ empregos, e sim para ampliar a força de trabalho. Se a máquina faz um processo repetitivo e exaustivo com precisão, sobra mais tempo para a sua equipe desenvolver habilidades que não podem ser supridas pela tecnologia, como criatividade, tomada de decisão ética e colaboração entre equipes”, explica Luiz.

A maioria das organizações entrevistadas (58%) respondeu, no levantamento, que concentra o uso da automação no aumento de consistência e qualidade do produto ou do serviço final.

Em breve, vamos ter mais robôs como colegas de trabalho –e talvez vagas diferentes de emprego, pondera o professor Flavio Tonidandel, coordenador do curso de engenharia de robôs da FEI.

“Os robôs devem auxiliar os humanos nos mais diversos serviços. Entretanto, embora alguns postos de trabalhos possam ser reduzidos, outros tantos surgem com a necessidade de novos profissionais, por vezes com qualificação superior. Caberá à sociedade requalificar os cidadãos que perderam seus empregos para os robôs para que possam atuar em outras áreas”, reforça.

Para o acadêmico, o futuro passa, necessariamente, pelo uso de robôs inteligentes nos mais diversos setores. “Os carros autônomos, por exemplo, são robôs móveis inteligentes que já estão prestes a revolucionar a sociedade e a mobilidade mundial.”

E nem é preciso imaginar um cenário tão distante para encontrar os “robôs”. Eles já estão no nosso cotidiano. Tecnologias como a realidade virtual, o metaverso, chatbots e os wearables, como os smartwatches, estão entre nós há algum tempo.

“No bolso, o seu smartphone é um robô. Com o filtro da rede social, você usa a realidade aumentada para tirar uma foto, baixa um ou dois aplicativos por dia e já usa; os drones já estão por aí. Tudo isso faz parte dessas novas tecnologias”, conclui Luiz.

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