Quem é Serena Williams? Conheça a história da principal palestrante do iFood Move

Conheça a carreira e o lado empreendedor da ex-tenista, que virá ao Brasil compartilhar suas experiências no maior encontro para debater o futuro dos negócios de food delivery da América Latina

Ninguém precisa entender muito de tênis para já ter ouvido falar da tenista Serena Williams, afinal ela é considerada uma das maiores atletas de todos os tempos – em qualquer modalidade.

Serena, hoje com 42 anos, já aposentou as raquetes. Mas continua sendo uma grande influência dentro e fora das quadras tanto para jovens tenistas como para o público em geral, por trabalhar duro e sempre buscar a excelência.

Em quadra, a ex-tenista norte-americana impôs sua personalidade e revolucionou o tênis feminino. Com um estilo de jogo poderoso, alta capacidade atlética e mentalidade extremamente competitiva, ela é a recordista feminina em títulos de Grand Slam individuais – foram 23, contra 24 do recordista masculino, Novak Djokovic, ainda em ação.

Ao lado da irmã, Venus, causou um forte impacto no mundo do tênis – até então predominantemente branco – com seu jeito ousado e acrescentou à sua galeria de troféus 14 títulos de duplas do Grand Slam.

Com as medalhas de ouro nas Olimpíadas de 2000, 2008 e 2012, elas são a dupla mais vencedora da história olímpica. 

Afinal, quem é a tenista Serena Williams?

Nascida nos Estados Unidos, Serena Williams atuou durante 27 anos como tenista profissional e é considerada uma das maiores da história. Ela conquistou 72 títulos de simples na carreira, marca superada somente por quatro atletas: Martina Navratilova (167), Chris Evert (154), Steffi Graf (107) e Margaret Smith Court (92).

Depois de tantas conquistas, a tenista Serena Williams encerrou sua carreira em 2022. Mas não parou por aí sua trajetória de sucesso. Fora das quadras, ela se define como uma tenista que virou empreendedora: já lançou linhas de roupas e de jóias, abriu duas escolas no Quênia e atua como Embaixadora da Boa Vontade da Unicef

Além disso, em 2014 fundou uma empresa de capital de risco, a Serena Ventures, que investe em empresas de tecnologia fundadas ou lideradas por mulheres e pessoas negras.

Agora ela vem ao Brasil para contar a sua história de empreendedorismo e resiliência e compartilhar sua experiência como empresária com os empreendedores que participarão do iFood Move, o maior encontro para debater o futuro dos negócios de food delivery da América Latina. 

A ex-tenista e atual empreendedora é a palestrante principal do evento, que será realizado nos dias 25 e 26 de setembro.

Como Serena Williams começou no tênis?

O curioso é que a mais nova das cinco filhas da família Williams passou a infância vendo o pai, Richard, apostar suas fichas na irmã, Venus, para ser uma grande tenista, como bem mostra o filme “King Richard”. 

Ele não era esportista: com ajuda da esposa, Oracene, aprendeu sobre o esporte vendo vídeos e lendo livros e ensinou tudo às filhas.

Desde os três anos de idade, Serena treinava com Venus e o pai – e dava duro para chegar ao nível da irmã, sempre mais rápida e melhor nas raquetes. Ainda na infância, Serena começou a fazer parte do time júnior da Associação de Tênis dos Estados e, aos dez anos, ficou em primeiro lugar na divisão. 

O pai então percebeu que as meninas eram pra lá de competitivas e investiu em um treinamento profissional para as irmãs, com o técnico Rick Macci. O problema é que Rick, ao contrário da família Williams, não queria que elas começassem a jogar como profissionais antes do tempo. 

Ele tinha razão. Contra a vontade do técnico, Serena fez sua estreia em 1995, aos 14 anos. E sofreu uma derrota tão dura que ela só voltou às quadras como profissional dois anos depois.

No final de 1997, seu primeiro ano como profissional, Serena ficou em 99ª posição no ranking mundial – nada mal para uma jovem estreante. O ano seguinte seria meteórico: em 1998, disparou para a 20a posição e se tornou a tenista mais rápida a registrar cinco vitórias contra as dez melhores jogadoras.

Seu primeiro grande título (vitória em um Grand Slam) veio em 1999, em casa, quando ela venceu o Aberto dos Estados Unidos. Ela terminou o ano em quarto no ranking e com um contrato de patrocínio de US$ 12 milhões.

Anos de glória e de dificuldades

A partir do primeiro título, a carreira de Serena deslanchou, e ela se tornou a tenista número 1 do mundo em 2002. No Aberto dos Estados Unidos daquele ano, ela também chamou a atenção ao usar um macacão. Fã de moda, ela ficou famosa por usar roupas arrojadas e que destacavam sua força física, desafiando os conservadores códigos de vestimenta dos torneios.

Em 2003, Serena Williams venceu seu primeiro Aberto da Austrália, e com isso se tornou uma das seis mulheres a completar um Grand Slam de carreira (no qual uma jogadora vence todos os quatro campeonatos principais) na Era Aberta.

O ano de 2003, porém, foi marcante também por outros motivos. Além de passar por uma cirurgia no joelho, Serena perdeu sua irmã mais velha, Yetunde, que foi assassinada. A lesão e a perda de sua irmã afetaram demais a ex-tenista, que nos anos seguintes foi caindo no ranking até chegar à posição 139 em 2007.

A volta por cima viria em 2008, com mais um título do Aberto dos Estados Unidos –depois na Austrália e em Wimbledon– e a volta ao primeiro lugar no ranking mundial. 

Anos depois, em 2011, um novo problema de saúde começou a preocupar Serena: coágulos no pulmão, que a perseguiriam dali por diante. Ela passou quase um ano sem jogar, mas não parou. Pelo contrário: continuou conquistando títulos e medalhas olímpicas até que, em 2017, chegou à tão sonhada 23a vitória em Grand Slams. 

Ao vencer o Aberto da Austrália, ela bateu o recorde de títulos no tênis ao superar a marca anterior, que pertencia à alemã Steffi Graf. Missão cumprida? Não para Serena, que em seguida anunciou ter realizado um outro sonho: estava esperando sua primeira filha, Alexis Olympia (que, aliás, já estava ali na sua barriga quando ela venceu o Aberto da Austrália).

O legado da tenista Serena Williams

Agora mãe, Serena voltou a competir em 2018, partindo do 549º lugar. A volta às quadras, dessa vez, foi mais difícil. Apesar de chegar a finais de Grand Slam, ela não voltou a ganhar títulos relevantes. Após perder a semifinal do Aberto dos Estados Unidos para a jovem Naomi Osaka e prejudicada fisicamente por lesões, Serena decidiu parar. 

Em 2022, ela anunciou sua aposentadoria, aos 41 anos, após 27 anos como profissional. Conhecendo a garra de Serena, a palavra “aposentadoria” passa longe de parar de trabalhar. 

“Talvez a melhor palavra para descrever o que estou fazendo seja evolução. Estou evoluindo do tênis para outras coisas que são importantes para mim. Há alguns anos, fundei a Serena Ventures, uma empresa de capital de risco. Logo depois, comecei uma família. Eu quero fazer crescer essa família”, escreveu a atleta à revista Vogue na época. Dito e feito: em 2023, nasceu sua segunda filha, Adira.

Hoje, ela segue à frente da Serena Ventures e seu portfólio de investimentos tem 79% de empresas cujos fundadores vêm de grupos sub-representados, 54% foram criadas por mulheres e 47% por pessoas negras. Dessas, 14 já foram consideradas unicórnios.

Serena segue sendo uma defensora dos direitos das mulheres e da igualdade racial, e usa sua visibilidade para promover causas importantes e inspirar empreendedores, como os que participarão do iFood Move.

Em breve, ela vai contar sua história em uma nova série de documentários, “In the Arena: Serena Williams”, que vai ao ar em julho nos Estados Unidos.

Por que trouxemos a Serena Williams para palestrar no iFood Move

Essa quem responde é o CEO do iFood, Diego Barreto: “A Serena, além de ser tenista, é uma pessoa que reúne uma série de características que falam com as pessoas do nosso ecossistema”, explica o executivo. 

“Ela não nasceu com a vida ganha nem com todos os elementos de que ela precisava para se tornar a melhor profissional no seu esporte. Ela passou por inúmeros desafios em um esporte de altíssimo desempenho e teve que várias vezes voltar e recomeçar.” 

Para Diego, esses são alguns dos elementos que Serena Williams que estão presentes também nos empreendedores brasileiros e também nos entregadores, nos garçons e outros profissionais da área de alimentação.

“Eles enfrentam dificuldades que ela também encarou. Vamos trazer uma pessoa que tem algo para nos contar. Se conseguirmos absorver um pouquinho disso, o amanhã será um pouco melhor”, afirma Diego.

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