Os benefícios flexíveis são uma maneira objetiva de abordar a saúde emocional e financeira dos colaboradores. Pautas que estão em alta após as transformações nas lógicas de trabalho provenientes da pandemia.
As novas relações de trabalho estão em um processo de adaptação. Nesse sentido, as pessoas estão repensando suas carreiras. Segundo pesquisa da Bain & Company de 2021 com trabalhadores de 10 grandes economias, 58% dos entrevistados sentem que a pandemia os forçou a repensar a balança entre vida pessoal e trabalho.
Assim, as empresas estão tendo que se adaptar a essa nova realidade do dia para a noite. Por isso, a opção por benefícios flexíveis. Eles podem ser adaptados aos gostos e necessidades dos trabalhadores, trazendo vantagens às pessoas em meio a esse processo.
Portanto, saiba o que é e tire todas as suas dúvidas sobre benefícios flexíveis e veja a aplicabilidade, seguindo as leis trabalhistas, desse planejamento.
O que são benefícios flexíveis?
Primeiramente, os benefícios flexíveis são vantagens adicionais que um colaborador recebe, além do seu salário líquido e demais benefícios determinados por lei. É um modelo que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e vem conquistando adeptos pelo mundo.
Dessa forma, muitas companhias têm pensado em táticas para melhorar o desempenho das equipes e reter os melhores talentos do mercado. Em um momento em que quase 2/3 dos trabalhadores questionam seu futuro laboral, é um artifício a ser considerado.
Ainda de acordo com o relatório Bain & Company, entre dez opções listadas, bom salário e benefícios possuem 23% da preferência dos entrevistados. Oferecer vantagens que se adaptam a cada perfil de trabalhador é uma maneira inteligente de um time de RH conseguir envolver os profissionais na cultura da empresa.
Portanto, todo benefício oferecido por uma empresa, que tende a se adaptar às necessidades dos colaboradores e não seja obrigatório, pode ser considerado um benefício flexível.
De acordo com a 30º Pesquisa de Benefícios Corporativos publicada em julho de 2021 pela consultoria Mercer Marsh Benefícios, subiu de 17% em 2019 para 48% em 2021 o total de empresas que vão incluir nas políticas de RH esse modelo.
Exemplos de benefícios flexíveis
Os benefícios flexíveis são organizados para atender necessidades de diferentes aspectos da vida de um colaborador. Assim, da cultura à educação, passando pela saúde e bem-estar, a lista de vantagens possíveis é vasta e cabe ao RH desenhar o melhor plano para cada perfil.
Vamos ver alguns exemplos:
Saúde e bem-estar
Uma forma de cuidar da saúde do funcionário e reduzir índices de absenteísmo é oferecer bons planos de saúde. Geralmente, eles possuem altos valores, por isso, são um atrativo bastante utilizado pelas empresas.
Além disso, existe uma gama de benefícios inclusos na esteira deste tópico, como o auxílio odontológico, auxílio terapia, gympass, entre outros. Tudo aqui preocupa-se com a saúde do colaborador, ou seja, vai mantê-lo mais ativo e mais produtivo.
Educação
Profissionais que querem se qualificar ou ascender nas suas carreiras estão interessados principalmente em bolsas de estudo. Com um valor definido pela empresa, o colaborador decide se investe em um novo idioma, graduação, pós-graduação ou participação em treinamentos.
Alimentação
Cartões com a funcionalidade de refeição e alimentação podem ser usados em estabelecimentos como restaurantes, mercados e padarias. Em exemplos como o iFood Benefícios, também podem ser utilizados para pagamento de delivery.
Finanças pessoais
Benefícios como a previdência privada são um diferencial nesse quesito. Com ela, é possível complementar a previdência social e ajudar o colaborador a planejar os rumos de sua vida financeira.
As possibilidades não se esgotam facilmente e, em um período pós-pandemia, novos modelos começam a surgir. Recentemente, o “auxílio home-office” tem sido uma tendência para ajudar o custo de manutenção do espaço de trabalho nos lares dos colaboradores.
Neste valor, pode-se considerar ajuda de custos para conta de luz, compra de materiais para melhor ergonomia e aquisição de melhores equipamentos. Este tipo de auxílio pretende colaborar com os valores de manutenção do escritório próprio.
Qual a diferença entre benefícios flexíveis e fixos?
Os benefícios fixos são aqueles que constituem os direitos dos trabalhadores, como as férias, aposentadoria e 13º salário. Não há possibilidade de discussão de mudanças nesse tipo de benefício, pois operam de acordo com o que é dito na legislação.
Enquanto isso, os benefícios flexíveis fazem parte de políticas internas das empresas ou são alinhados com os sindicatos, podendo gerar mais adequações. Contudo, ainda assim, devem respeitar a legislação aplicável a cada um dos benefícios, já que cada um possui funcionamento específico.
Assim, cada empresa pode determinar quais opções flexíveis mais se adaptam à sua realidade e ao seu perfil de colaborador. É uma maneira de satisfazer equipes com recursos além das vantagens.
Quais são os objetivos dos benefícios flexíveis?
O objetivo dos benefícios flexíveis é gerar um ambiente mais atrativo para colaboradores, onde visualizem uma carreira sólida e frutífera. É uma maneira de setores de RH evitarem um alto turnover (taxa de rotatividade de funcionários).
Atualmente, os perfis dentro das companhias são mais diversos, o que representa pessoas com idades, gostos, e perfis muito diferentes entre si. Atender a cada perfil de maneira única é um dos principais objetivos aqui.
Imagine um homem de 30 anos, que pretende casar e ter filhos em breve, necessitando de um período de trabalho remoto. Em contrapartida, uma mulher de 23, que acaba de terminar a faculdade e pretende crescer na empresa.
São perfis muito diferentes com necessidades e desejos para a carreira também distintos. É aqui que os benefícios flexíveis se destacam para criar uma cultura que traga vantagens seguindo cada personalidade e momento de vida.
É evidente que, com isso, o desafio das empresas é disponibilizar esse pacote de benefícios com isonomia entre todos. Os valores precisam chegar a um denominador comum, sem distinção de perfil ou hierarquia.
Quais são as vantagens de adotar benefícios flexíveis?
É necessário que se olhe as vantagens dos benefícios flexíveis sob duas óticas concomitantes. A do colaborador, que consegue personalizar a sua experiência de acordo com o que faz mais sentido para ele.
E, em segundo lugar, a visão da organização, cujas vantagens estão mais na estrutura e no planejamento a longo prazo. A criação de uma cultura de bem-estar e motivação vai gerar um ambiente confortável, onde a otimização de resultados e o ganho de produtividade seja apenas uma consequência natural.
Os benefícios flexíveis também são benéficos para as empresas que surgem 100% inseridas no mundo digital. Para Paula Rabello (Diretora de Growth do iFood), enquanto algumas companhias precisavam se reinventar e operar no mundo digital, uma empresa tecnologia e inovação já estava pronta para se adequar às novas demandas:
“Poxa, nós somos uma empresa digital, de tecnologia, já atuando no mercado corporativo com algumas soluções , então por que não criar uma solução com a inovação ao centro para inventar a melhor solução em alimentação ao colaborador” – Paulo Rabello, (Diretora de Growth do iFood) do iFood.
Como funcionam os benefícios flexíveis?
Uma empresa pode colocar inúmeras possibilidades, de acordo com a legislação aplicável, para o colaborador, que indica quais são suas prioridades. Abre-se mão de algumas opções em proveito de outras. O funcionamento se dá com um inventário de vantagens e regras de distribuição que são determinadas pelas empresas.
A regra mais comum de distribuição é um cálculo com base no valor de cada benefício flexível e, ao final, a ideia é que cada pacote personalizado tenha o mesmo impacto para a organização. Assim, decide-se se o projeto é sustentável ou não.
Uma das principais formas encontradas no mercado é o sistema de pontos, cujo propósito é quantificar o resgate de cada produto em troca de pontos adquiridos pelo colaborador. Dessa maneira, o beneficiado escolhe como utilizar “seus pontos” como se estivesse em um estande de uma loja.
Cada aplicação vai precisar ter o seu destino de acordo com o propósito. Há ações que não são permitidas dentro desse modelo de flexibilização. Por exemplo, usar o crédito de um vale-refeição no pagamento de uma conta de luz.
Benefícios flexíveis no Brasil: o que diz a legislação?
Ainda não existe uma lei especificamente conjecturada para a questão dos benefícios flexíveis. No entanto, as regras são vinculadas ao art.468 da CLT. Quando existe a intenção por parte de uma empresa de utilizar benefícios flexíveis, é ideal que seja feito através de um Acordo Coletivo de Trabalho.
Cabe salientar, além disso, que cada renovação das vantagens a serem adquiridas pelo colaborador sejam devidamente documentadas. É preciso que ele esteja ciente, de maneira clara e concisa, do que está sendo oferecido a ele.
Qualquer empresa pode ter benefícios flexíveis?
Sim. Desde que respeite as determinações previstas pela lei 5.452, art. 461 da CLT, qualquer empresa pode ter benefícios flexíveis.
Basta somente uma política igualitária. A lei diz que “todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá a igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade”.
Torna-se imprescindível, perante a referida lei, que os responsáveis por criar os pacotes de vantagens para os colaboradores monitorem os valores gastos em cada sessão para não haver ocorrência de problemas trabalhistas.
Como implementar os benefícios flexíveis nas empresas?
Implementar benefícios flexíveis depende do equilíbrio de uma balança que contém, de um lado, o poder de oferta da empresa e, do outro, as demandas dos colaboradores.
A fim de alcançar o equilíbrio mais preciso, é fundamental a realização de um diagnóstico do público interno. O primeiro passo é perceber como os colaboradores se sentem na organização e o que “lhes falta” para ter maior bem-estar no local.
Após isso, caminha-se para a parte operacional: mapear fornecedores, levantar custos, quantidades e qualidade das ofertas. A procura por parcerias pode ser um caminho para facilitar acessos e reduzir custos.
Algumas empresas optam pela terceirização do planejamento. O ponto positivo é pagar um único valor pelo serviço e contar com a bagagem de tecnologia da contratada.
Há diversas empresas especializadas na gestão e implementação de benefícios flexíveis. Para cada setor e perfil, é possível que haja aquela que faz mais sentido. No que toca à alimentação, o iFood se destaca pela praticidade e o número de regiões e estabelecimentos que cobre.
A experiência do iFood Benefícios traz todos os restaurantes parceiros como possibilidade aos colaboradores das empresas parceiras. Paula Rabello explica a funcionalidade dos aplicativos:
“Nós temos um aplicativo do iFood Benefícios que é integrado ao iFood e este é focado na experiência e jornada do usuário de benefícios. Ele propicia uma gestão empoderada e de autosserviço. Em caso de perda, não há tanta burocracia para que o colaborador possa solicitar um novo cartão” – Paula Rabello, Diretora de Growth do iFood.
Por fim, em um período em que muitas pessoas fazem home office de lugares distintos e com novas formas de trabalho como os nômades digitais, é fundamental um pacote de benefícios que superem barreiras geográficas e acompanhem o usuário.
iFood Benefícios
O iFood Benefícios é o vale-refeição ou vale-alimentação do iFood. Utilizando o cartão físico iFood Benefícios Elo, os colaboradores usam o benefício em restaurantes e mercados no delivery e rede credenciada física com mais de 4 milhões de estabelecimentos por todo o Brasil.
Refeição e alimentação em um só cartão: conheça o iFood Benefícios